No programa Escola do Amor Responde, a aluna Leide contou que amou um rapaz, que, depois, se casou com sua amiga. Por causa dessa desilusão, ela explicou aos professores Renato e Cristiane Cardoso que, por muito tempo, se considerou incapaz de amar novamente. Agora ela está conhecendo uma pessoa, mas tem medo de se machucar.

LEIDE – Há um tempo, eu amei um rapaz, mas ele gostava mesmo da minha amiga, com quem acabou se casando. Pensei que eu não fosse capaz de amar novamente, mas hoje estou quase me apaixonando por um rapaz. Nós estamos nos conhecendo melhor como amigos, mas tenho medo de me iludir de novo. Além de continuar orando, o que eu devo fazer?

CRISTIANE – Leide, você não amou essa pessoa que diz ter amado porque o amor não é algo que você sente por um tempo e depois passa para outra. Isso se chama paixão, que é temporária e pode iludir as pessoas. E, quando você compara o amor com a paixão, pode não ser correspondida e achar que não foi feita para o amor. O amor vem com as lutas. Quando eu conheci o Renato, eu gostava muito dele e ele de mim. Nós nos casamos pensando que amávamos um ao outro, mas descobrimos o que é o amor com a superação das dificuldades.

RENATO – Quando você supera os problemas e permanece com a pessoa, você sabe que a ama porque você conseguiu fazer com que vocês dois funcionassem como um casal. Só o amor faz isso e só ele é capaz de sustentar e salvar um relacionamento. Você está começando a cometer o mesmo erro do passado. Como se apaixonou e não deu em nada, você quer se apaixonar de novo. Tome cuidado, você está confundindo amar com gostar, mas você pode gostar de muita gente e de muitas coisas.

CRISTIANE – O problema da paixão é que ela leva muitos a cometerem loucuras, como deixar de se amar. A pessoa se apega à outra sem que essa outra pessoa se entregue de volta, ou seja, ela dá sua vida para alguém que não a ama. Por isso, você não deve querer se apaixonar, mas procurar conhecer melhor a pessoa conversando, passando um tempo com ela, sem se jogar nesse relacionamento. Procure ver o que ele gosta e o que não gosta, observe tudo sobre ele e, dependendo do que você for descobrindo, você vai gostando mais dele e, assim, nascerá dentro de você a certeza de que ele tem o perfil da pessoa que você gostaria.

RENATO – Se uma pessoa solteira quer fazer boas escolhas e não ficar com o coração partido, ela deve escolher com a cabeça, com a inteligência. Se você está considerando alguém para ser seu cônjuge, você não pode escolher com o sentimento. As pessoas acreditam que não mandam no próprio coração, mas mandam sim! Quando você acorda de manhã e suas emoções dizem para você não se levantar porque a cama está quentinha e você diz a si mesma “Vou me levantar sim, se não perco meu emprego”, você mandou no coração naquele momento. Da mesma forma, você também pode podar um sentimento por alguém que só lhe faz mal. Antes de gostar de alguém, pense se essa pessoa é digna do seu amor ou se tem capacidade para ser um bom marido ou uma boa esposa. Avalie as referências, o histórico e a família dela e, se a sua cabeça der o “sinal verde”, o seu coração tem permissão para gostar dela.

CRISTIANE – Você pergunta o que deve fazer além de orar e a resposta é: você deve continuar conhecendo esse rapaz e, se ele tiver o perfil e as condições para ser um futuro marido, você começa a namorá-lo, mas sem se entregar a ele porque você pode começar e ter que terminar a relação. A entrega acontece somente no dia do casamento, até então você não é dele e ele não é seu. O namoro e o noivado existem para que você conheça e se prepare bem antes de começar uma vida a dois.

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