A reunião de obreiros do último sábado (19) contou com a participação especial do Pastor Walter Barboza e a esposa, Patrícia Barboza, atuais responsáveis pelo grupo Força Teen Universal (FTU), cujo trabalho é dedicado exclusivamente a pré-adolescentes, com idade entre 11 e 14 anos.

O casal compartilhou sua experiência como pais de uma – na época – adolescente que, embora tenha nascido e sido criada na igreja, ou seja, em um ambiente cristão, durante essa fase passou a se rebelar e confrontar tudo aquilo que eles ensinavam.

“Então, chegou um momento que a gente não conhecia mais a nossa filha. Ela ia para a escola e lá as amigas davam roupas decotadas para ela. Ela queria se envolver com amizades, com garotos… Você sabe, chega uma fase que adolescente mente muito, então, perto da gente ela era uma pessoa e longe, outra. Mas o fato é que eu não sabia ser pai de adolescente. Principalmente, sendo pastor; eu tinha tempo para os filhos dos outros e não tinha tempo para a minha filha”, lamenta o Pastor Walber.

A alma dos seus filhos é sua prioridade

Ele reconhece ainda que cometeu o erro que a maioria dos servos de Deus comete. “Achar que pelo fato de servirmos a Deus, Ele tem obrigação de salvar os nossos filhos. Como se Deus fosse o responsável por aquilo que nós, sendo pais, deveríamos fazer”.

Patrícia destaca que a fé não é hereditária. “A gente pode abençoar os nossos filhos, usar a nossa autoridade como pai e mãe, mas a decisão é deles”, diz.

Contudo, você, como pai, como mãe, é responsável por levá-lo à Salvação. Você tem que servir a Deus, sim, ganhar almas, sim, mas a alma do seu filho deve ser sua prioridade.

Mas, não adianta querer corrigir o filho com punição, porque não é assim que se resolve. “Enquanto a gente quis mudar a nossa filha, mais ela se escondia. Enquanto a gente queria punir a nossa filha, pior ela ficava. E o pior: ela nunca era sincera conosco! Então, a gente percebeu que a luta era, acima de tudo, espiritual. Ser pai e servo de Deus não era suficiente. Chega uma hora que a luta tem que vir para o altar”, destaca.

Foi exatamente isso que eles fizeram, lutaram com Deus, foram para o Altar, sacrificaram em prol da transformação da filha. E, claro, reconheceram os erros que vinham cometendo e mudaram a forma de agir com a filha.

E um dos sacrifícios que nós fizemos e que você também deve fazer é renunciar o que você quer, aconselha Patrícia. “Pare de impor ao seu filho o seu jeito; pare de querer impor a maneira que ele deve ser, falar ou agir.”

O Pastor Walber ensina que é preciso olhar do ponto de vista espiritual, porque cada dia que passa – sem o seu filho conhecer a Deus – se torna mais difícil salvá-lo… E na adolescência, o mundo vem com tudo para cima dele. Então, você tem que fazer o seu papel, desde pequeno e, quando chegar à adolescência, você tem que ser pai, mãe, mas, acima de tudo, líder do seu filho.

Hoje a filha do casal está completamente transformada. Tornou-se uma mulher de Deus, está como obreira e ajuda os pais no trabalho do FTU.

3 conselhos para amar os seus filhos

Liderança: Liderar não é dar tudo que ele quer, mas suprir tudo que ele precisa. Liderar o seu filho é mostrar para ele o caminho. O caminho do altar, da sinceridade. Ensiná-lo a fazer as escolhas pela fé. Cuidado para não criar o seu filho da maneira natural. Lidere o seu filho pra Deus, ensine-o verbalmente, ninguém lidera sem falar, sem mostrar.

Exemplo: A melhor maneira de mostrar para o seu filho o caminho é ele vendo você fazendo. E não é fazendo para as pessoas, não, é fazendo para ele; olhando nos olhos dele. O obreiro fica uma hora atendendo uma pessoa, mas quando o filho vem falar de um problema, ele não tem paciência e vai logo dizendo que é demônio. De que adianta o seu filho ver tanto amor e tanta dedicação pelos de fora, se para ele você é implacável?

“Dê exemplo para os seus filhos; exemplo de dependência de Deus, de amor, de paciência, de companheirismo. Mas com disciplina”, aconselha o Pastor.

Disciplina: Disciplina não é punição, é constância. Não somente na hora da bronca, é fazendo sempre. Ou seja, tendo constância na leitura da Bíblia, na oração, no temor a Deus, no respeito. Quando o filho observa os pais fazendo, ele também faz. Suas palavras se tornam muito mais fortes, quando você é o primeiro a fazer!

Uma arma poderosa

Então, se você ama mesmo seu filho, o corrija desde pequeno. Corrigir não é bater. Corrigir é mostrar quando ele erra. “Porque o Senhor corrige a quem ama, e açoita a qualquer que recebe por filho” Hebreus 12.6

“O açoite de Deus, muitas vezes, é silencioso, porque Ele o perdoa, quando você não merece. Então, açoite o seu filho, tendo amor por ele, paciência. Açoite o seu filho, mostrando que você está com ele, torce e luta por ele!”, destaca o pastor Walber.

Portanto, use essa arma poderosa – que é a disciplina -, porque é a mesma que Deus usa conosco. Essa disciplina é para formar o caráter, formar os valores, e para que, futuramente, ele venha negar a vontade dele e as tentações que virão, em prol da Salvação da própria Alma.

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