Se for amor, mande um sinal (em Libras)
A sogra, uma foto nas redes sociais e um despretensioso emoji renderam uma história, no mínimo, inusitada ao jovem casal Fernando e Caroliny Gamst
O autônomo Fernando Gamst Júnior, de 21 anos, e a assessora Caroliny Olinto Gamst, de 20, se casaram em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul. Prestes a completarem um ano de casados em 9 de março, eles relembram o início de sua história que é, no mínimo, inusitada.
Caroliny conta como eles se conheceram: “em meu perfil em uma rede social, eu compartilhava conteúdos relacionados às atividades que desenvolvia nos grupos da Universal e ele me observava. Ele até cogitava me chamar para uma conversa, mas resistia por causa de frustrações do passado. Ele tinha medo de se envolver e não dar certo. A mãe dele, sem saber disso, viu uma foto minha e disse: ‘olha, filho, queria tanto que você se casasse com essa menina’. Embora já acompanhasse o que eu fazia, foi só então que ele decidiu me seguir na rede e, cerca de três meses depois, mandou a primeira mensagem”, detalha.
Fernando explica que o incentivo não partiu apenas de sua mãe, mas também de seu pai, o que serviu como um empurrão. “Eu pensei: ‘por que não?’ e tomei coragem. Via que ela era conselheira do FTU (Força Teen Universal) e do Grupo Libras e, para puxar assunto, eu disse a ela que a única coisa que sabia dizer em libras era ‘eu te amo’. Esperei alguns minutos e pensei: ‘peraí, está muito estranho isso.’ Apaguei a mensagem e enviei o sinal em libras de ‘eu te amo’, dizendo que era o único que eu sabia, ou seja, tentando consertar, só piorei as coisas”, resume. Caroliny conta que se divertiu ao ver as tentativas dele: “eu pensei: ‘que menino emocionado!’”
Inspiração
Tanto Fernando como Caroliny afirmam que se inspiraram no exemplo de casamento dos seus pais. “Quando se casaram, meu pai tinha 19 anos e, minha mãe, 17. Eles se casaram cedo e não erraram, servem a Deus e dão testemunho para as nossas famílias”, conta Fernando. Antes de se conhecerem, Caroliny e Fernando tiveram relacionamentos anteriores. “Fui muito guiada pelo coração, porque a pessoa com quem me relacionei me presenteava, me levava para passear e isso me encantava. Era uma pessoa bem mais velha do que eu, o que me fazia me sentir super à frente do meu tempo. Contudo eu percebia atitudes que feriam princípios inegociáveis para mim e fingia não vê-las, até que caiu a minha ficha de que eu precisava terminar e, também, curar o que me fez ficar com aquela pessoa”, diz ela.
Final feliz e começo a dois
Fernando e Caroliny definem o relacionamento deles como um “sacrifício”. Isso porque eles namoraram a distância, já que ele morava em Bento Gonçalves (RS) e ela, em São Paulo (SP). “Não havia carinho, afeto, toque. Nós nos vimos poucas vezes até que nos casássemos. Não deixamos o sentimento subir à nossa cabeça e tivemos esse momento de razão, de pensar, de avaliar: ‘será que compensa?’, ‘quem ele foi no passado?’, ‘ele já se reergueu desses erros?’, ‘se arrependeu?’, ‘mudou?’”, enumera Caroliny. “Também definimos nosso relacionamento como paciente, como uma parceria, pois estamos sempre juntos, queremos fazer as coisas juntos”, continua. Por fim, ela arremata destacando que, desde o início, o casal se apoia no querer Divino. “Nada foi decidido pela nossa emoção, pela afobação, tudo foi pela direção de Deus: tanto que deu em casamento”, finaliza. Hoje, o casal vive na capital paulista, onde começou um novo capítulo dessa história.