Saiba como identificar os distúrbios da tireoide

Alterações na glândula endócrina podem causar hipertireoidismo e hipotireoidismo

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Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 300 milhões de pessoas no mundo têm disfunção na tireoide. Desse total, a metade não sabe que tem o problema. A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia afirma que 15% da população do País possui o distúrbio. A instituição também aponta que ele é mais comum entre as mulheres: ocorre em 10% das que têm mais de 40 anos e em cerca de 20% das que têm acima de 60.

Entretanto os homens também apresentam esse problema.
O médico ortomolecular Thiago Sicsú (foto a dir.)explica que a tireoide é a maior glândula endócrina. Ela está localizada no pescoço, logo abaixo da laringe. “O nome ‘tireoide’ é em razão do seu formato semelhante a um escudo (do grego, thyreos = escudo e eidos = forma). A sua origem está no assoalho da faringe primitiva, migrando a partir de uma estrutura chamada forame cego que está no assoalho da língua. Depois, forma em seu trajeto outra estrutura anatômica chamada ducto tireoglosso, atingindo, por fim, a sua posição permanente: a região cervical”, detalha.
Ela atua no crescimento, na regulação dos ciclos menstruais, na fertilidade, no peso, na memória, na concentração, no humor e até no controle emocional. Isso porque ela é responsável pela produção dos hormônios triiodotironina (T3) e tiroxina (T4) e pela velocidade do metabolismo que interfere no desempenho de órgãos importantes do corpo humano. Dessa forma, garante o equilíbrio do organismo. “A produção dos hormônios T3 e T4 está envolvida com diversos componentes da homeostase (estabilidade) ligados diretamente às funções cerebral, cardiovascular e intestinal, ao metabolismo celular e à produção de calor, entre outros. Por isso, é preciso se preocupar quando eles estão desregulados”, salienta o especialista.
Por causa desse desequilíbrio hormonal, acontecem as doenças mais comuns da tireoide: o hipotireoidismo e o hipertireoidismo. (veja as diferenças delas na foto ao final da matéria).
Causas
O médico esclarece que a doença de Graves (doença autoimune que leva o próprio sistema de defesa do organismo a provocar a hiperatividade da tireoide) é a principal causa de hipertireoidismo. “Ela é responsável por 60% a 90% de todos os estados de hipertireoidismo na prática médica.”
A principal causa do hipotireoidismo é a doença Tireoidite de Hashimoto (doença também autoimune caracterizada pela inflamação da tireoide). Ela faz com que o corpo produza anticorpos que atacam a glândula como se ela fosse nociva ao próprio corpo.
O médico acrescenta que existem outras causas para a doença. “No diagnóstico, cerca de 2/3 dos pacientes são eutireóideos, 1/3 é hipotireóideo e um pequeno percentual é hipertireóideo. Os eutireóideos, que possuem uma produção normal de hormônio, também tendem a evoluir para o caso de hipotireoidismo, principalmente pessoas idosas ou aquelas com hipotireoidismo subclínico (forma branda da doença).”
Ele ainda ressalta que “a doença de Graves também pode resultar no hipotireoidismo, por causa da destruição da glândula ocasionada pelo processo autoimune. Dessa forma, pacientes com hipertireoidismo também podem evoluir para Saúdeo hipotireoidismo.”

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Colaborador

Maiara Máximo / Fotos: Fotolia e Cedida / Arte: Edi Edson