Presas que se empenham em fazer o bem

Internas de Presídio no Espírito Santo mostraram que estar privada da liberdade não significa que não possam ajudar ao próximo

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Na última quinta-feira (5), o ministério da Justiça divulgou o primeiro relatório nacional com dados sobre a população carcerária feminina do Brasil. Em 2000, o número de mulheres presas era de 5.601, estes algarismos aumentaram 567%, e a atual apuração contabiliza 37.380 presas. A taxa supera o crescimento geral da população carcerária, envolvendo homens e mulheres, que foi de 119% no mesmo período.

Muitas destas mulheres estão presas pelo crime de tráfico, segundo o Departamento Penitenciário Nacional (Depen), ligado ao ministério. Já outras cumprem pena de furto, seguido de roubo e homicídio.

Dos 579.781 presos no sistema penitenciário brasileiro (excluindo as carceragens de delegacias), 6,45% são mulheres. Ao todo, 40% delas estão em unidades abaixo da lotação, enquanto 60% estão em unidades superlotadas. De cada 100 mil brasileiras, 36,4 estão presas.

Os números são realmente alarmantes, e somente quem tem um familiar nesta situação sabe a dor sofrida para tentar mudar a situação vivida pela mãe, filha, irmã ou parente que está atrás das grades.

Apesar de se ver nos noticiários a reincidência de muitos, sabe-se que por outro lado, pessoas de boa fé, dedicam-se em ajudar os encarcerados (as) a serem pessoas melhores. Essas pessoas são os voluntários da Universal, que, diariamente, dedicam um tempo de suas vidas a levar a Palavra de Deus e ajudar socialmente aqueles que estão presos.

O dia de fazer o bem

Recentemente, 215 internas do Centro Prisional Feminino de Colatina, que fica localizado na cidade de mesmo nome, no Espírito Santo, receberam a visita de 18 voluntários do grupo Universal nos Presídios (UNP). O dia comum teve um toque de formosura, as presas puderam elevar a autoestima com cortes de cabelo, escova, penteados, unhas pintadas e maquiagem.

Após a sessão de beleza, as detentas participaram de um desfile de moda com roupas preparadas por elas próprias, durante as aulas de corte e costura que participam na prisão.

Além disso, elas também confeccionaram perucas com os próprios cabelos cortados durante o evento, e todas as mais de 30 peças foram doadas ao Hospital São José em Colatina, que é referência no tratamento de câncer e recebe pacientes das regiões norte e nordeste do estado. Felizes, elas puderam, sim, fazer o bem a quem nunca viram.

Para mais informações sobre o grupo Universal nos Presídios acesse o perfil oficial do coordenador geral em todo o País, bispo Eduardo Guilherme, clicando aqui.

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Colaborador

Por Sabrina Marques / Fotos: Cedidas