Polêmica: filme da Netflix sexualiza crianças

Você sabe o que seu filho tem assistido?

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A hashtag #CancelNetflix ficou em evidência nas redes sociais depois que o filme francês Cuties foi lançado na Netflix.

É importante lembrar que não é a primeira vez que a Netflix se envolveu em polêmica. Em 2019, após o lançamento de “A Primeira Tentação de Cristo”, muitos criticaram a obra por seu conteúdo blasfemo. Milhares de pessoas assinaram petições no Brasil e em outros países solicitando a retirada do filme da plataforma, bem como realizaram campanhas pelo cancelamento da assinatura.

Já todo o embaraço em torno do filme francês é porque se trata de uma garota senegalesa de 11 anos que faz amizade com um grupo de dançarinas pré-adolescentes. Confira o vídeo abaixo:

De acordo com o site Christian Headline, o senador do Texas Ted Cruz, em sua carta ao procurador-geral Bill Barr na sexta-feira (11), disse que o filme “sexualiza garotas, inclusive por meio de cenas de dança que simulam atividades sexuais e uma cena que expõe os seios nus de uma menor”.

Depois de ouvir sobre a reação, Cruz se juntou a outros republicanos no Congresso para pedir ao Departamento de Justiça que investigasse a Netflix para determinar se a empresa violava as leis federais na produção e distribuição de pornografia infantil.

“Não há desculpa para a sexualização das crianças, e a decisão da Netflix de promover o filme Cuties é nojenta na melhor das hipóteses e um crime na pior”, disse o senador republicano Tom Cotton. “Exorto o Departamento de Justiça a tomar medidas contra a Netflix por seu papel em empurrar representações explícitas de crianças para os lares americanos.”

Os criadores do filme, no entanto, dizem que o objetivo do filme é uma crítica à sexualização de meninas pré-adolescentes.

O pôster das garotas em trajes sugestivos foi removido e a Netflix se desculpou, dizendo que “lamentava profundamente a arte inadequada” que “não era representativa do filme”.

O papel dos pais no cuidado dos filhos

Ficar atento ao que os filhos assistem na tv ou em qualquer outro dispositivo eletrônico é fundamental para que a criança não seja influenciada negativamente. Por isso, é importante sempre separar um tempo para os filhos, mesmo diante da correria do dia a dia.

Para a advogada Patricia Alonso, é importante salientar no contexto familiar que a qualidade desse tempo é o que conta. “Estar o tempo todo juntos não significa que somos uma família exemplar, pois muitas vezes estar junto o tempo todo tira de nós a possibilidade de novas experiências e novos informes que, posteriormente, devem ser trazidos, discutidos e se for saudável deve ser incentivado para o enriquecimento psicológico do núcleo familiar”, explica.

A advogada ainda ressalta que os desafios da família moderna são inúmeros, mas as necessidades são as mesmas desde os primórdios. “Portanto, precisamos trabalhar com o fortalecimento do núcleo familiar em todos os ‘braços’ sociais, seja na escola, universidades, igrejas, clubes, etc. Precisamos, realmente, fazer um ‘mutirão’ em fortalecimento da família brasileira”, aconselha.

A psicóloga e responsável da Escola de Mães – projeto que auxilia pais e mães a lidarem com os desafios na criação dos filhos -, Neia Dutra, recentemente, pontuou em uma transmissão, ao vivo, que os pais devem estar atentos ao que os filhos veem nas telinhas.

“É muito difícil as crianças viverem sem a tecnologia, mas é importante que os pais consigam reduzir o uso disso e supervisionar aquilo que a criança está acessando, a fim de reduzir os riscos dela na frente de uma tela, nesse mundão que é a internet”, aconselha.

Além disso, ela ainda esclareceu que, nessa quarentena, os cuidados devem ser ainda mais intensificados por parte dos pais.

Vetar a veiculação

A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, disse que pretende vetar este conteúdo. Para ela, a produção é abominável. Em postagem nas redes sociais, a ministra ainda acrescentou que são inaceitáveis as roupas que as meninas usam no filme e que não permitiria este tipo de conteúdo no País.

(*) Com informações do site Christian Headline

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Colaborador

Redação Unigrejas (*) / Foto: Reprodução