Os riscos de trombose para quem toma anticoncepcional
Por causa do uso da medicação, Viviane Rebechi teve problemas de saúde e quase perdeu a visão. Saiba quais são os riscos que esses medicamentos oferecem
Após uma forte dor de cabeça, a ponto de não conseguir abrir os olhos, a psicóloga Viviane Rebechi (foto ao lado), de 34 anos, teve de ser levada para o hospital. Os médicos fizeram vários exames e constataram que ela estava com trombose profunda em três pontos do cérebro – eventualmente, o problema pode ocorrer em membro superior do corpo, segundo informações da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV). “Cheguei a entrar em pânico, pois não sabia o que aconteceria comigo”, conta.
Foram 26 dias internada fazendo vários exames e tratamento de anticoagulação. A conclusão foi de que ela teve a trombose em razão do uso de anticoncepcionais. Os médicos não garantiam que ela voltaria a enxergar normalmente.
Viviane frequenta a Universal há 24 anos e teve um grande apoio da família, que compartilha da mesma fé que ela. “A minha família fez propósitos e muita oração por mim.” Desde que iniciou a trajetória pela cura, a psicóloga praticava o que aprendia nas reuniões e tomava a água consagrada todos os dias.
Depois de passar quase um mês no hospital, ela teve alta, mas após dez dias teve uma recaída. “Comecei a ter uma sequela perigosa na visão. Fui internada novamente, em outro hospital, para tratar o aumento da pressão intracraniana, que estava comprometendo a minha visão. Os médicos ficaram assustados com o meu estado e não acreditavam na minha recuperação”, lembra.
Viviane passou a confiar ainda mais em Deus e perseverou em busca do milagre. Permaneceu tomando a água e começou a perceber que aos poucos estava recuperando a visão. Quatro meses após o diagnóstico, estava curada. Hoje enxerga normalmente e não tem nenhuma sequela. Nem os médicos acreditaram na sua recuperação Juntamente à família, a fé de Viviane está mais avivada.
O que a medicina diz
Em entrevista à Folha Universal, a obstetra Cristina Guazzelli (foto ao lado), docente da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), esclarece algumas questões sobre o uso de anticoncepcionais. Leia:
Folha Universal (FU): Tomar anticoncepcional aumenta o risco de trombose?
Cristina Guazzelli (CG): Em situações normais, cerca de 2 a 3 mulheres em cada 10 mil correm o risco de ter trombose. Com o uso do anticoncepcional, o número de casos aumenta para 6 a 9 em cada 10 mil mulheres. E o que ocorre se engravidar? O risco passa para 24 durante a gravidez e no puerpério (pós-parto) sobe para 240 casos para cada 10 mil mulheres. A paciente deve ser orientada de que todas as pílulas combinadas aumentam o risco de trombose venosa, mas esse risco é baixo, tendo em vista que na gravidez é maior.
FU: Quais são os efeitos colaterais confirmados pelos médicos?
CG: Os anticoncepcionais hormonais combinados podem causar dor no estômago, dor de cabeça, dores nas mamas e inchaço.
FU: Há outros métodos contraceptivos para substituir a pílula?
CG: Há várias opções de anticoncepção no mercado. Os métodos de longa duração, como o dispositivo intrauterino de cobre (DIU), o sistema intrauterino de Levonorgestrel e o implante, apresentam eficácia elevada e maior do que a da pílula. O risco de falha é semelhante e, no caso dos implantes, menor do que o da ligadura tubária.
Muitas pessoas fazem e recebem orações para
tratar doenças incuráveis nas reuniões de cura e libertação da Universal. As
correntes acontecem todas as terças-feiras, em todo o Brasil. Veja o endereço
da Universal mais próxima em
universal.org/enderecos .