Orgulho: o vilão oculto dos relacionamentos

Confira o tema abordado no programa The Love School - A Escola do Amor, exibido no último sábado (17), na Record

Imagem de capa - Orgulho: o vilão oculto dos relacionamentos

No programa “The Love School – A Escola do Amor” este sábado (17), os apresentadores Renato e Cristiane Cardoso abordaram um dos principais obstáculos para o sucesso dos relacionamentos: o orgulho.

Com reflexões práticas e até uma analogia com o esporte da esgrima, eles mostraram como essa característica pode destruir o amor — mesmo quando ele existe.

O amor não basta

Para os especialistas em relacionamento, amar não é suficiente. É preciso saber se relacionar. “De duas uma: ou o casamento mata o seu orgulho, ou o seu orgulho mata o casamento”, afirmou Renato Cardoso. Além disso, ele explicou que muitas pessoas só descobrem quem realmente são ao entrar em um relacionamento. A convivência escancara falhas que antes eram invisíveis — impaciência, intolerância, dificuldade de ceder.

Cristiane reforçou a ideia: “Todo ser humano é orgulhoso por natureza. É difícil pedir desculpas porque o orgulho está no sangue.” Segundo ela, até quem se julga humilde precisa admitir que guarda traços de orgulho, muitas vezes mascarados.

Humildade acelera, orgulho atrasa

Renato e Cristiane destacaram que o orgulho atrasa a vida emocional das pessoas. “A pessoa orgulhosa demora para aprender porque não admite que errou”, disse Renato. Em contrapartida, a humildade permite reconhecer falhas, pedir ajuda e ajustar rotas — atitudes que aceleram o amadurecimento e o fortalecimento da relação.

Esgrima como metáfora do casamento

O programa trouxe ainda uma analogia com a esgrima. O professor Ricardo Salles, com 17 anos de experiência no esporte, explicou que a esgrima exige disciplina, autocontrole e estratégia. “Na esgrima, vence quem pensa melhor, não quem bate mais forte.”

Para Salles, o casamento, assim como a esgrima, precisa de regras claras para que os conflitos não se tornem combates destrutivos. “No esporte, dar as costas para o oponente é falta grave. No relacionamento, ignorar o outro também é.”

Renato acrescentou: “Um casal precisa saber brigar. Não ofender, não gritar, focar no problema, e não atacar a pessoa. Se não há regras, vira luta livre emocional.”

A regra do casal: não dormir brigado

Os apresentadores reforçaram a importância de pequenos combinados para manter a saúde da relação. Uma das dicas mais práticas foi a famosa regra de “não dormir brigados”. “Vocês podem discordar, discutir, mas terminem o dia em paz. Nada de casal da beirinha da cama”, brincou Cristiane, referindo-se àqueles que dormem distantes após uma briga.

Um caso real: quando o amor não é suficiente

A história de Júnior e Juliane foi apresentada como exemplo de superação. Ele, policial militar acostumado à disciplina no trabalho. Ela, firme em suas opiniões. Em casa, os dois se enfrentavam com o mesmo rigor que levavam para suas rotinas, mas sem as regras necessárias.

  • “Eu indicava o The Love School para outras pessoas, mas não praticava na minha própria vida”, admitiu Júnior. Ele reconheceu que o orgulho sempre foi seu maior obstáculo: “Fazia tudo com excelência e era elogiado por isso. Esse reconhecimento foi inflando meu ego.”

Juliane também revelou sua parcela de culpa: “Eu queria que todos pensassem como eu. Era prepotente e não percebia. Só depois de assistir às palestras comecei a enxergar meus erros.”

Terapia do Amor: um caminho para recomeçar

Por fim, os apresentadores concluíram que muitos casais continuam sustentando atitudes, crenças e padrões que nunca deram certo — tudo por orgulho. “Casamento não é ciclo que se encerra. O que precisa acabar é o egoísmo, o bate-boca, a teimosia”, alertou Renato.

O convite final foi para quem vive esse impasse dentro de casa: “Se o orgulho está impedindo você de conversar, de pedir perdão, de reconhecer erros — seja humilde e busque ajuda. Participe da Terapia do Amor.”

Confira o programa na íntegra:

Participe:

Terapia do Amor acontece todas as quintas-feiras, às 7h, 10h, 12h e 15h na Catedral do Brás, na Avenida Celso Garcia, 499. E às 20h, especialmente, no Templo de Salomão, localizado no número 605 dessa mesma avenida.

 

imagem do author
Colaborador

Jeane Vidal / Foto: Reprodução