O Sol, a Lua e a Verdade
Parece que o mundo vive uma mitomania (compulsão pela mentira, contada de forma consciente e incontrolável) quase coletiva, propagada em narrativas criativas e que apresentam argumentos capazes de convencer até os mais atentos. E, quando essas mentiras são colocadas em xeque diante dos fatos, o discurso ganha nuances de ataques disfarçados de defesa, taxando a verdade como preconceito, ódio ou cerceamento da liberdade.
Mas é verdadeiro o dito popular que “não se pode tapar o Sol com a peneira”. Mesmo que alguém vende os próprios olhos para não enxergar a verdade, ela continuará o incomodando. E esse incômodo, quase sempre, faz a pessoa inventar desculpas para mascarar o ódio que sente pela verdade nua e crua e qualquer um que defenda a realidade é rechaçado como lunático.
Todos são livres para achar o que quiserem em relação ao mundo e a si mesmos, mas isso não significa que todas as pessoas são obrigadas a aceitar a ilusão que foi criada e ignorar os fatos, principalmente quando mentiras e mais mentiras estão nos relacionamentos, nos locais de trabalho, na prestação de um serviço, nas escolas, na internet, nas bandeiras levantadas em manifestos, no Executivo, no Legislativo, no Judiciário e até na imprensa. Quem cria essas farsas, as defende e as divulga sem qualquer escrúpulo, parece que pensa que, em algum momento, as trevas vencerão e que as mentiras serão capazes de superar a verdade. Mas isso é utopia.
O Senhor Jesus mesmo anunciou que “nada há encoberto que não haja de ser descoberto; nem oculto, que não haja de ser sabido” (Lucas 12.2). Afinal de contas, não importa o quão floreada a mentira seja, quão longe ela tenha chegado ou quantos fragmentos da verdade tenham sido deturpados para sua criação, é impossível comprovar uma mentira. Pelo contrário, quando o calo aperta, a mentira corre para se acorrentar às trevas, mas, inevitavelmente, acontece o triunfo da realidade e da honestidade. Isso porque a verdade sempre encontra uma forma de provar que é a única que permanece ali, firme e forte, edificada sobre fatos irrefutáveis e resistindo ao tempo, aos ataques e a qualquer tentativa frustrada de a esconder. Seja qual for, e mesmo que prefiram acreditar na mentira, a verdade sempre aparecerá.
Por exemplo, houve uma enxurrada de “reportagens especiais” mostrando que o ex-prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, estaria envolvido com corrupção. Diferentes acusações chegaram ao Ministério Público e renderam ao político uma prisão sem justificativa plausível. No entanto você recebeu a verdade na mesma proporção? Depois de uma extensa investigação, Crivella foi inocentado das acusações e os processos foram arquivados. Por quê? Justamente por falta de provas. Inclusive, o delator das acusações confessou que foi obrigado a mentir em sua delação.
Enquanto as mentiras cegam e acorrentam, a verdade traz luz e liberdade, como Jesus. Ele se anunciou como sendo “A Verdade” e, mesmo quando tentaram maldizer Seus feitos e ensinamentos ou quando O acusaram, julgaram e condenaram injustamente, Ele se manteve firme, compartilhando verdade após verdade, sem cessar – e ainda instruiu Seus fiéis seguidores a fazerem o mesmo até que Ele volte. E a vitória de Jesus sobre os pecados da humanidade e a morte nos lembra que a verdade também sempre vencerá toda e qualquer mentira.
Aliás, sabe o que o Sol, a Lua e a verdade têm em comum? É impossível escondê-los. De fato, muitas vezes a verdade vem dos próprios lábios de quem se esforçou tanto para criar as falácias. É só observar, pesar e reconhecer os fatos para que, além de identificar o engano e fugir dele, não se corra o risco de ficar fora da cidade edificada por Jesus, já que Apocalipse 22.15 deixa claro que ficará de fora “qualquer que ama e comete a mentira”.
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