O seu trabalho vai existir em 2025?

Robôs devem substituir cerca de 85 milhões de vagas até 2025 em todo o mundo. Descubra como se destacar na carreira e nos negócios diante deste novo cenário

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Você já parou para pensar se o seu emprego vai existir daqui a cinco anos? E mais: que tipos de negócios vão prosperar em 2025? A pandemia do novo coronavírus acabou acelerando os processos de automação em diversas áreas da economia. Com a implementação de robôs em cada vez mais atividades econômicas, o mundo do trabalho passará por mudanças nos próximos anos.

Em cinco anos, os robôs deverão substituir 85 milhões de vagas de empregos em empresas de médio a grande portes, segundo o relatório.

O Futuro do Trabalho 2020, elaborado pelo Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês). O estudo conduzido com cerca de 300 empresas globais mostrou que quatro em cada cinco executivos estão acelerando os planos para digitalizar o trabalho e implantar novas tecnologias.

Empregos ameaçados
A previsão é que em 2025 os empregadores vão dividir o trabalho entre humanos e máquinas igualmente. As máquinas serão usadas principalmente em tarefas como processamento de informações e dados, trabalhos manuais e operacionais relacionados à indústria e à agricultura e tarefas administrativas relacionadas ao suporte ao cliente, à pesquisas de mercado, à área de recursos humanos, etc.

E como será o trabalho do futuro? O estudo mostra que as áreas em que os humanos devem manter sua vantagem em relação aos robôs incluem gerenciamento, aconselhamento, tomada de decisão, raciocínio, comunicação e interação.

Nos próximos anos, 97 milhões de novas profissões vão surgir na economia de cuidados e nas indústrias de tecnologia da quarta revolução industrial, como inteligência artificial. Haverá demanda de profissionais para vagas na economia verde e em novas funções em engenharia, computação em nuvem e desenvolvimento de produtos.

Prepare-se
Diante dos novos desafios do mercado, as habilidades mais valorizadas em 2025 deverão ser o pensamento analítico, a criatividade e a flexibilidade, segundo a pesquisa do Fórum Econômico Mundial.

A especialista em recursos humanos Telma Abreu explica que os profissionais precisam analisar o mercado e atualizar seus conhecimentos. “O que nos difere das máquinas é a habilidade de nos abrirmos a novos modelos, de criarmos e de inovarmos. Nós vamos ter que buscar novas formas de executar algumas funções e desenvolver habilidades comportamentais”, avalia ela, que é diretora do Método PertenSer de orientação vocacional.

Segundo Telma, o aprendizado constante é necessário para qualquer profissional ou empreendedor. “Nós não podemos parar de aprender. É fundamental se atualizar constantemente e desenvolver versões melhoradas de nós mesmos. A criatividade e a capacidade de relacionamento e liderança serão diferenciais”, destaca.

Telma indica que profissionais e empreendedores precisam superar crenças antigas para desenvolver a capacidade de adaptação. “Se você não observar as transformações do mundo e continuar no mesmo ritmo, correrá o risco de ser ‘atropelado’. Eu sugiro fazer um exercício de empregabilidade, olhar seus pontos fracos e fortes, reconhecer suas limitações e entender como pode melhorar. O que você fez durante a pandemia, como se preparou, fez algum curso?”, questiona.


O Bispo Leandro Zangarini, responsável pelo Congresso Financeiro no Templo de Salomão, em São Paulo, sugere que períodos de mudança sejam vistos como oportunidades. “É realmente difícil evitar que a insegurança no emprego perturbe a mente das pessoas, emperrando, assim, o andamento de seus planos financeiros e profissionais. Mas nem sempre a demissão ou o período de desemprego trazem só coisas ruins. Muitas vezes é nessa hora que descobrimos que podemos empreender e realizar um sonho que sempre esteve esperando pelo momento certo”, afirma.

Segundo ele, as reuniões do Congresso Financeiro podem ajudar em períodos de transformação. “A reunião leva à visão de superação econômica, orienta sobre os segredos que levam a pessoa ao sucesso e à superação em momentos difíceis. Se uma porta se fecha, isso não significa o fim, mas a reabertura de uma porta muito maior.”

Zangarini dá alguns conselhos importantes: “não dê ouvidos às notícias negativas. Posicione-se diante de seus sonhos e não permita que as lutas enterrem seus projetos de vida. Por fim, persista diante das dificuldades”, finaliza.

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Colaborador

Rê Campbell / Foto: Getty Images