O Sacrifício de Isaque

Veja com foi a cena do episódio mais marcante da história de Abraão

Imagem de capa - O Sacrifício de Isaque

O sacrifício de Isaque, sem dúvidas, foi o episódio mais marcante e significativo na vida de Abraão, e um dos mais importantes do Velho Testamento.

A cena causa uma enorme comoção no telespectador, ao acompanhar e sentir de perto o conflito interior que Abraão precisou vencer para não se deixar levar pelos pensamentos de dúvidas que bombardeavam a sua mente, enquanto caminhava rumo ao monte Moriá.

Foram três dias de caminhada em que o diabo não deu uma trégua, sempre soprando na mente de Abraão seus pensamentos com respeito ao que Deus havia prometido a ele.

Mas, mesmo angustiado, Abraão em nenhum momento titubeou. Porque, embora amasse Isaque, Deus era o primeiro em sua vida e O amava mais do que tudo, e estava decidido provar isso, não a Deus, mas a si mesmo.

Um Altar e dois sacrifícios

É importante destacar aqui que, como seres humanos e falhos que somos, por maior que seja a nossa fé e a nossa confiança em Deus, é natural sentirmos medo. Contudo, há aqueles que se deixam dominar pelo medo, e outros que usam a fé para vencê-lo. Foi o que Abraão fez. Ele escolheu ouvir a voz de Deus. Afinal, Deus já havia provado inúmeras vezes a ele o quanto o amava; agora era a sua vez.

Mas, tirando um pouco o foco de Abraão, quero chamar atenção para a reação de Isaque retratada na cena. Embora a Bíblia não mencione nada a respeito, a cena mostra que quando Isaque se deu conta de que era o “cordeiro”, ele não tentou resistir, fugir, nem sequer reclamou ou implorou ao pai que não fizesse aquilo com ele.

Ele era apenas uma criança, mas não agiu como tal. Mesmo tão jovem, o Isaque retratado na cena tinha a compreensão exata do significado do sacrifício e do que Deus representava na vida deles. Por isso, aceitou, resignado, o seu fim.

Sendo assim,  podemos avaliar que, na verdade, ali aconteceu dois sacrifícios: o de Abraão e o de Isaque. Pois se Abraão se dispôs a sacrificar o filho; Isaque, por sua vez, permitiu ser o sacrifício. Isso explicaria o porquê Deus o escolheu para dar continuidade ao pacto que fez com Abraão.

Deus foi até o fim

E ainda se preocupou se seria para Deus um sacrifício perfeito. “Pai, o senhor acha que eu vou ser um sacrifício perfeito? Será que Deus vai me aceitar?”, perguntou.

E sem que Abraão pedisse, retratou a cena, ele estendeu os braços para serem amarrados. Então, já com as mãos e os pés amarrados, Abraão o pegou no colo e o colocou sobre o Altar do sacrifício. Como dissemos acima, embora esses detalhes não estejam descritos na Bíblia, são perfeitamente prováveis.

Enquanto isso, Deus observa a tudo e, no último instante, quando Abraão estava prestes a sacrificar Isaque, Deus o impediu:

“Abraão, Abraão! E ele disse: Eis-me aqui. Não estendas a tua mão sobre o moço, e não lhe faças nada; porquanto agora sei que temes a Deus, e não me negaste o teu filho, o teu único filho”. Gênesis 22:11,12

Concluímos, então, que se o gesto de Abraão – de não negar o seu filho em sacrifício a Deus – representa o gesto que Deus faria pela humanidade milhares de anos depois, o de Isaque simboliza o mesmo do Senhor Jesus, ou seja, que se deixou crucificar para cumprir a vontade do Pai.

Contudo, Abraão não precisou sacrificar Isaque, mas “Deus foi até o fim. Isaque foi a representação de Jesus. O que Abraão quase fez foi o que Deus teve que fazer pela humanidade”, como bem descreveu uma postagem feita no perfil da novela Gênesis, no Instagram.

“Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca.” Isaías 53:7

O capítulo termina com a voz de Deus dizendo: “Abraão teria sacrificado Isaque, mas eu preferi poupá-los dessa dor. Uma dor que Eu e o meu Filho conhecemos bem”.

Acompanhe abaixo a cena na íntegra:

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Colaborador

Jeane Vidal / Fotos: Reprodução