O desemprego e a economia do País

Em tempos difíceis é preciso ter uma nova visão para escrever uma história de superação

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Quem frequenta as reuniões da Universal aprende que por meio da fé colocada em prática é possível contrariar cenários negativos, como crises na economia e baixas expectativas do mercado financeiro, e assim alcançar êxito em seus negócios. É o que provam inúmeros testemunhos de pessoas que participam nas palestras, em especial às segundas-feiras, e aprenderam a aliar a fé inteligente ao trabalho e prosperaram.
Em uma dessas reuniões, o Bispo Edson Costa afirmou que a fé vai na contramão de qualquer realidade: “Deus não está em crise, os céus não estão em crise, em todas as épocas da Bíblia, Deus levantava um profeta para acabar com a crise”, disse.
Ele argumentou ainda que, mesmo em tempos difícéis, como o que vivemos atualmente, grandes empresários cresceram porque, enquanto outros reclamavam e olhavam para trás, souberam aproveitar as oportunidades.
O Bispo exemplificou com uma história bíblica: “o próprio Isaac, filho de Abraão, ficou com medo da crise na cidade onde morava e arrumou suas coisas para ir embora, porém Deus mandou que ele permanecesse e lhe prometeu que prosperaria. Isaac obedeceu e assim aconteceu. A questão é: sua fé está em crise? Porque se ela não estiver em crise, mesmo que a fase seja difícil, você fará a diferença e se tornará uma história de superação”, destacou.
Contudo em paralelo à fé que torna tudo possível quando colocamos em prática os ensinamentos adquiridos, não podemos desprezar o importante momento atual do Brasil, que caminha rumo às urnas.
O clima político
Para explicar a maneira como a política reflete na economia, a Folha Universal ouviu o economista e mestre em ciência política Ricardo Caldas. Ele salientou que havia uma expectativa de crescimento econômico no País, porém o clima político mudou essa perpectiva. “A expectativa de crescimento era de 2% a 3%, porém o clima político contaminou essa ascensão. As avaliações baixaram para 1,5%. A possibilidade de de crescimento nessas avaliações existe, mas apenas a partir do ano que vem e apoiada no novo governo”, afirmou Caldas.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no segundo trimestre de 2018 faltou emprego para 27,6 milhões de brasileiros. No mesmo período, o desemprego no País foi de 12,4%, em média, segundo o mesmo levantamento.
Para o economista, a responsabilidade por esse alto índice de desempregados não é apenas do atual governo, mas de um processo que vem se agravando desde governos anteriores.
“O aumento do desemprego decorre de um conjunto de fatores que se intensificou com a incerteza política depois que o atual governo assumiu e permaneceu no controle do País. Muitos empresários deixaram de investir e retiveram o capital e isso reflete em falta de empregos”, avaliou.
Investir ou esperar?
Questionado quanto à atitude de muitos empresários adiarem seus investimentos e novos empreendedores aguardarem por momentos menos incertos para dar início a seus projetos, Caldas pontuou que trata-se de um comportamento racional, mas fez um alerta: “nenhum investidor se sente seguro na incerteza, mas, se todos ou a maioria tomarem essa atitude, a consequência será a manutenção do atual nível econômico e do desemprego e não teremos nenhum progresso”, afirmou.
Caldas lembra que quem cria empregos é o empresário. Os do governo só são gerados por meio de concursos e dependem da arrecadação pública. Ele pontua que o setor empresarial, responsável por alavancar a economia do País, apenas investirá em ambientes de certeza e crescimento.
“O papel do governo é criar um ambiente favorável para que a economia possa funcionar corretamente. Quando ele não consegue meios para que isso aconteça, a economia trava, o que resulta na ausência de novos investimentos e, consequentemente, falta de novas contratações”, esclareceu.
De acordo com Caldas, a reforma trabalhista criada pelo atual governo gerou expectativas no setor contratante, ao estimular o contrato parcial para horas de trabalho. Ele apontou ainda a legislação trabalhista de países desenvolvidos como a Alemanha, Estados Unidos e Reino Unido. Na Alemanha, por exemplo, não existia salário mínimo até 2015, já nos outros dois países não existe e o cálculo é feito por horas de trabalho.
O mestre em ciência política defende que “a lógica é contrária ao que as pessoas pensam. Quanto maior facilidade houver na hora de demitir e contratar, maiores serão as contratações. Isso é bom para o empregador que não teria de pagar multas somadas à proteção social e para o funcionário, que encontrará mais opções de contratação no mercado. Duas coisas desestimulam as contratações: a recessão e a legislação rigorosa”, afirmou.
Na opinião de Caldas, um bom governo é aquele que apresenta propostas voltadas para a flexibilização das leis trabalhistas, em que o mercado é atuante e o controle é menor. “O governo não pode controlar a economia, pois ela caminha sozinha. O seu papel é estabelecer regulamentos, orientar o mercado, mas não o guiar”, argumentou.
Um bom exemplo é o controle de preços, algo que o governo pode fazer, porém não deve. Essa ação afeta a lei de mercado (de oferta e procura). Propostas que não favoreçam o livre mercado e a competição não resultarão em um bom governo, ” finalizou.
O desenvolvimento da nação está ligado às condições de crescimento apresentadas pelo governo. Por isso, no dia 7 de outubro, o eleitor precisa votar conscientemente. Para isso, leia, apure, pesquise e esteja ciente quanto aos planos de seus candidatos.

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Colaborador

Kelly Lopes / Foto: Fotolia