Desde 1977, a Universal atua como um agente social em favor da população marginalizada e dos esquecidos pela sociedade. Somente no primeiro semestre deste ano, os 17 programas sociais da Universal beneficiaram 5,4 milhões de pessoas no Brasil e em mais de 118 países. “Ser cristão não se restringe a si mesmo. Quando você se converte, Deus o deixa neste mundo para que possa servir a Ele e as outras pessoas”, afirma o responsável pela Universal no Brasil, Bispo Renato Cardoso

Uma das iniciativas para atuar incessantemente no auxílio aos mais desfavorecidos é a Universal nos Presídios (UNP), responsável pelo trabalho com presos, seus familiares e funcionários do sistema carcerário. O programa social atendeu 488 mil pessoas nos 40 países em que está presente.

No Brasil, segundo a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), 832.295 detentos integram a população prisional. E, muito mais do que realizar doações, a UNP trabalha com o propósito de ajudar na ressocialização dos encarcerados e na recuperação dos que são considerados casos perdidos, auxiliando-os a retornar ao convívio com a sociedade de forma íntegra e honesta. Somente nos últimos cinco anos, 23,4 mil presos brasileiros foram transformados e ressocializados graças ao trabalho da UNP.

Chance para recomeçar
Além da Palavra de Deus, que é o agente principal para a transformação de um ser humano, a UNP oferece também cursos profissionalizantes aos detentos, para que tenham uma oportunidade de recomeço aprendendo um ofício e possam se reintegrar ao mercado de trabalho quando forem soltos.

Somente no primeiro semestre deste ano, mais de 20 cursos profissionalizantes, como de pintor, eletricista predial, panificação, confeiteiro, designer de sobrancelhas, cabeleireiro e alfaiataria, foram ofertados a 3 mil presos no Brasil.

Elair Fernandes fez o curso de mecânica de motos no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Jundiaí, em São Paulo. Ele ganhou a liberdade antes da formatura, mas no dia da cerimônia fez questão de retornar ao presídio para receber o diploma e relata sua experiência: “não é bom ficar em um presídio, mas, para mim, foi maravilhoso por tudo que aprendi aqui. Deus preparou maravilhas na minha vida! A Universal me deu esse curso, mas também colocou Deus no meu coração. Eu agradeço essa oportunidade”. Atualmente, ele já trabalha com o que aprendeu no curso.

UNP na prisão perpétua
Uma das várias iniciativas da UNP para ajudar a população carcerária é o trabalho realizado na África do Sul, Argentina, Botsuana, Colômbia, Estados Unidos, Lesoto, Madagáscar, Quênia e Uganda com 1,5 mil presos condenados à prisão perpétua.

Nas localidades em que os sentenciados estão sob custódia do sistema carcerário até a morte, o trabalho da UNP é mais do que necessário e tem um diferencial: ele oferta alívio, esperança e vida.

“Eu, meu filho e minha família temos sido aconselhados pela UNP. Mudei com a ajuda de vocês”, afirma M.G, sentenciada à prisão perpétua nos Estados Unidos.

De acordo com o relatório da organização The Sentencing Project, uma em cada sete pessoas nas prisões norte-americanas, um total de 203.865 indivíduos, está cumprindo pena de prisão perpétua. O Bispo Bira Fonseca, responsável pelo trabalho da Universal em inglês nos Estados Unidos, ressalta que o objetivo principal do trabalho da UNP é levar a Salvação da alma aos detentos: “trabalhamos para conscientizar a população carcerária, cada um, individualmente, que o que temos de mais importante é a nossa alma, pois ela é eterna e, independentemente dos erros cometidos aqui no mundo, se houver arrependimento, cada um deles receberá a Vida Eterna com Deus”.

O que faz alguém voltar?
Sandro (nome fictício), de 27 anos, hoje é voluntário do Universal Socioeducativo (USE), mas já foi traficante e cumpriu medida socioeducativa em uma unidade no Rio de Janeiro. Quando já estava em liberdade, mas ainda levava uma vida errada, ele foi alcançado pelo trabalho social da Universal e recebeu acompanhamento para mudar de vida. Inclusive, por meio do programa social, ele teve a oportunidade de fazer um curso de barbeiro e hoje, movido pelo amor ao próximo, ensina sua profissão a internos e ex-internos.

O USE é outro programa social da Universal e presta assistência a menores em conflito com a lei, familiares e funcionários de unidades socioeducativas. Neste ano, o programa beneficiou 76,7 mil pessoas. Sandro conta como vive atualmente: “hoje, posso dizer que estou totalmente reinserido à sociedade. Tenho minha própria barbearia, não preciso mais traficar nem roubar para ter dinheiro e, graças a Deus, sou casado e realizado”.

No Brasil, mais de 22 mil jovens cumprem medidas socioeducativas, segundo o Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e das Medidas Socioeducativas do Conselho Nacional de Justiça (DMF/CNJ). Todavia, com o apoio do USE, 298 jovens já foram recuperados e ressocializados neste ano. Dessa forma, os ex-internos deixam de ser uma preocupação para o Estado e passam a ser cidadãos honestos que contribuem de forma positiva para o desenvolvimento da sociedade.

*Com informações do UNIcom