Mutirão da Independência: cidadania e atendimentos gratuitos

Grupo Arimateia ajudou a população na emissão e regularização de documentos pessoais, além de oferecer auxílio jurídico e social

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A cidadania de qualquer pessoa começa na regularização de seus documentos pessoais, como RG, CPF, Carteira de Trabalho Digital e Carteira de Registro Nacional Migratório (CRNM), no caso dos estrangeiros. Este é o início da conquista de direitos e do cumprimento de deveres.

Por isso, o Grupo Arimateia realizou neste domingo (07), feriado nacional, uma grande ação cívica com serviços gratuitos aos munícipes, na Catedral do Brás, em São Paulo. Foi o “Mutirão da Independência”.

O que aconteceu:

– Voluntários orientaram a população sobre emissão e regularização de documentos básicos, transferência de domicílio eleitoral e regularização de débitos eleitorais. Além disso, ofereceram orientações sobre elaboração de currículos e benefícios sociais, como CRAS, CadÚnico e INSS.

– Advogados e outros profissionais também prestaram gratuitamente orientação jurídica e social. O movimento teve a presença de 70 voluntários e atendimento de aproximadamente 300 pessoas.

– O Pastor Marcos Mesquita (foto abaixo) acompanhou a ação representando o Bispo Alessandro Paschoall, responsável nacional do Arimateia. “O maior objetivo do grupo é promover a dignidade, a cidadania. Acreditamos que, com seus documentos em ordem, o cidadão tem toda condição de buscar uma vida melhor. Isso reflete em benefícios para a sociedade, pois ele pode exercer plenamente seus direitos. Também recebemos muitos estrangeiros que estavam irregulares e, após o atendimento, entenderam como é fácil e importante legalizar sua situação junto ao governo”, afirma.

Depoimentos:

– Foi o que aconteceu com o casal boliviano Kene e Alejandra, que há dois anos vive no Brasil. “Estávamos caminhando pela avenida e vimos a ação. Aproveitamos para tirar dúvidas sobre como regularizar nossos documentos, fomos muito bem atendidos”, comentaram.

– Levi Araújo, de 42 anos, estava sem seus principais documentos, como RG e título de eleitor. Por isso, perdeu muitas oportunidades. “Sou do Pará e, sem documentos, não somos ninguém, não existimos. Já perdi oportunidades de emprego, até de bicos, pois sem o RG ninguém tem confiança para contratar. Até sem título de eleitor e reservista perdi empregos registrados. Mas hoje resolvi tudo, me explicaram tudo o que preciso fazer”, relatou.

– Eliane dos Santos, de 54 anos, também esclareceu dúvidas jurídicas e elogiou a disposição dos voluntários. “O atendimento foi maravilhoso, esclareceram minhas dúvidas e vi como é simples resolver a situação que enfrento”, disse.

Ação dos voluntários:

– “Ter seus documentos é dar acesso aos direitos fundamentais. Porque sem documentos a pessoa não existe, perde a dignidade e a oportunidade de ter cidadania plena. É invisível, sem direito algum”, destacou a advogada Wedi Pucineli.

– A assistente social Sueli Plácido (foto abaixo, à direita) acrescenta que o trabalho dos voluntários vai além das informações, estendendo-se também ao apoio emocional. “Uma mulher que vive em um abrigo pediu orientação sobre uma situação do local. Na verdade, ela estava sofrendo pressão psicológica, estava abalada, com medo de perder sua vaga. Orientamos na parte legislativa, mas também acolhemos emocionalmente. Depois do atendimento, ela ficou em paz, tranquila, ressignificou a situação.”

Saiba mais:

Acompanhe o Instagram Oficial do Arimateia para ver os eventos e ações que o grupo realiza.

Neste mês de setembro, o grupo realizará, em todo o Brasil, o Mês da Cidadania. Para participar, vá à Universal mais próxima de sua casa. Encontre o endereço aqui.

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Colaborador

Rafaella Rizzo / Fotos: Guilherme Branco