Muito mais do que se esquecer
O mês de fevereiro ganha nuances no tom roxo para conscientizar sobre doenças crônicas, como o Alzheimer, que acomete milhões de pessoas e suas famílias
Às vezes, você se esquece do que iria falar ou fazer. Às vezes, se esquece do nome de alguém, daquele filme que você gostou ou do livro que leu há alguns anos. Às vezes, você se esquece do que comeu na última refeição ou de algum compromisso. A questão é que não se lembrar de algumas coisas é comum, afinal de contas, são milhares de informações brigando por espaço em nosso cérebro. Por isso, recorremos a agendas, fotos, vídeos, diários e a qualquer coisa que possa nos ajudar a lembrarmos de algo. Mas, em alguns casos, esse esquecimento se transforma em um problema de saúde que requer atenção, não apenas do paciente como também da família.
Três segundos
Segundo a Alzheimer’s Disease International (ADI), a cada três segundos há alguém no mundo que desenvolve demência e a mais comum é a Doença de Alzheimer. No Brasil, de acordo com o Relatório Mundial de Alzheimer produzido pela ADI, aproximadamente 1,8 milhão de pessoas vivem com a doença e as mulheres são a maioria delas. “O Alzheimer é uma doença que ataca as áreas responsáveis pela memória e as áreas responsáveis pelo raciocínio. É como se a pessoa fosse ‘apagando’ aos poucos, esquecendo quem é e até de como fazer coisas simples. Geralmente, ela ocorre em idosos e vai piorando com o passar do tempo. Não tem cura, mas dá para tratar e tentar melhorar a qualidade de vida. É um desafio tanto para o paciente quanto para a família”, diz o neurocirurgião Renato Chaves.
Por isso, o segundo mês do ano é dedicado à conscientização sobre doenças crônicas, a exemplo de lúpus, fibromialgia e Alzheimer, para reforçar a importância do diagnóstico e do tratamento precoce dessas doenças que, segundo a medicina, não têm cura nem um tratamento eficaz. O neurologista Fernando Uozomi destaca que as campanhas realizadas no Fevereiro Roxo são fundamentais: “a importância está em promover o conhecimento e a sensibilização da sociedade sobre essas doenças que não têm cura, mas podem ter seus impactos minimizados com o diagnóstico precoce e os cuidados adequados. No caso do Alzheimer, a conscientização é fundamental para reduzir o estigma, educar sobre os sintomas iniciais e orientar as famílias a como lidar com a doença e buscar tratamento especializado”.
O Alzheimer é um desafio, seja para quem desenvolve a doença, seja para a família e até mesmo para a medicina, que ainda busca uma forma de prevenir e tratar o distúrbio – mas vale lembrar que para a Fé nada é impossível e ela também é uma forte aliada, como está escrito em Tiago 5.14-15: “está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor. E a oração da fé salvará o doente”.
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