Mexa-se!

A falta de iniciativa de muitos homens pode fazer com que suas vidas estagnem ou mesmo regridam

O sucesso em qualquer área da vida (no casamento e em outras relações sociais, na espiritualidade, na busca por um bom emprego, nos estudos, etc.) depende de um ingrediente básico: tomar iniciativas. Quem fica esperando que algo aconteça em sua vida mantém-se na inércia. Isso faz com que a vida não avance ou, pior, que regrida. Falta de iniciativa e desperdício de talento são comportamentos que devem ser sempre combatidos pelo homem.

No casamento, por exemplo, o homem deve ser o cabeça, como defendem os preceitos bíblicos: “Porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da Igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo. De sorte que, assim como a Igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos” (Efésios 5.23-24).

Quando o homem se submete à inércia coloca em risco o matrimônio. A mulher passa a reclamar que ele não age e seu casamento vai se desestruturando pela falta de iniciativa dele.

“Assim devem os maridos amar as suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo”, continua o texto bíblico, em Efésios 5.28. Amor é, sempre foi e sempre será uma questão de atitude, de iniciativa, e não algo que acontece por si só, espontaneamente, sem alguém que o conduza.

Nas outras áreas da vida…
Espiritualmente não é diferente. Não basta só crer ou esperar. Há homens que acreditam que a oração resolverá seus problemas, mas não tomam atitudes para isso. É um erro, pois Deus só age quando o homem não é mais capaz. Assim, o indivíduo deve fazer o possível por seus intentos, confiando que Deus fará o impossível quando se chega ao limite humano.

Obviamente, orar é importante, mas é só uma peça que forma o todo com as outras. Sozinha, ela não traz resultados.

No trabalho é a mesma coisa. Há quem reclame da falta de ascensão profissional ou até fale mal dos colegas que conseguem um cargo melhor, mas não quer fazer o mesmo que eles: se esforçar e se dedicar aos estudos, à elaboração e execução de um bom networking, aos cuidados com a aparência, à obediência às normas da empresa, etc. A diferença entre os bem-sucedidos e os despeitados é que o primeiro grupo tomou iniciativa, enquanto o segundo ficou reclamando e esperando que os benefícios caíssem em seus colos.

É claro que o homem realmente temente a Deus pode pedir a Ele que abra portas, mas precisa dar os passos iniciais e avançar por entre os umbrais para, lá dentro, analisar a nova situação e usar toda a sua preparação de quando estava lá fora. Deus dá as oportunidades, mas se o sujeito não se empenha, perde a chance.

Por essas e outras, não tem efeito nenhum você pedir a Deus um bom casamento se não se preparar e dispender energia para ser um bom namorado e futuramente um bom marido. Não adianta querer um bom emprego ou ser dono de seu negócio se não arregaçar as mangas para estudar ou trabalhar duro. Também é inócuo reclamar que não recebe as bênçãos que vê outras pessoas receberem em abundância se não se esforçou ou não teve a mesma fé que elas, que souberam exercê-la, em vez de só a terem.

Sir Thomas Fowell Buxton (1786-1845), político abolicionista inglês, traduziu toda essa questão: “Quanto mais eu vivo, mais tenho certeza de que a grande diferença entre os homens – entre os fracos e os poderosos, os grandes e os insignificantes – é a energia, a determinação invencível.

Um propósito é estabelecido e, então, a morte ou a vitória! Essa qualidade fará tudo o que pode ser feito neste mundo e nenhum talento, nenhuma circunstância, nenhuma oportunidade fará de uma criatura de duas pernas um homem sem ela”. Falou e disse, Sir Buxton.

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Colaborador

Redação / Foto: Getty Images