Grávidas têm acesso a monitor pré-natal dentro do presídio

Aparelho foi doado pelo programa social Universal nos Presídios (UNP)

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As presas gestantes do Centro de Detenção Provisória (CDP) Feminino de Franco da Rocha, na Grande São Paulo, já podem realizar o teste que detecta e grava os batimentos cardíacos do bebê e a frequência cardíaca dele. O monitor pré-natal que realiza o exame foi doado pelo programa social Universal nos Presídios (UNP).

Segundo Rosana Pereira da Silva, agente penitenciária do CDP, o antigo monitor do local quebrou há cerca de seis meses e não houve liberação de verba para a compra de um novo aparelho. “Infelizmente demora. Sabendo da nossa dificuldade, a Universal nos ajudou com a doação.”

Antes, quando uma detenta grávida se queixava de que seu bebê não estava se mexendo, por exemplo, era preciso fazer a remoção dela para algum hospital para que fizesse o exame, o que mobilizava escolta e ambulância.

A enfermeira Daniela Oliveira, especialista em saúde da mulher, explica que o monitor pré-natal é importante porque com ele é possível acompanhar o curso da gestação. “Esse aparelho nos ajuda a saber se está tudo bem ou se é necessário o encaminhamento à Unidade Básica para exames mais específicos. Se os batimentos estão dentro dos parâmetros, ficamos mais tranquilas”, afirma Daniela.

Uma reeducanda de 19 anos de idade, que está com 32 semanas de gestação, estava aguardando havia dois meses para fazer o teste, que dura cerca de 15 minutos. Ela ficou feliz ao saber que está tudo bem com o seu bebê.

Doação de enxovais

Além do monitor pré-natal para o CDP, as presas grávidas ganharam um enxoval para o bebê com cobertor, toalha, chupeta, fraldas de pano, meias, roupinhas para verão e inverno e bolsa para transporte.

“Fazemos com todo carinho a higienização das roupinhas e o preparo do enxoval. Antes desse trabalho, a gestante que não recebia visitas da família não tinha nada para vestir em seu bebê”, diz Elizelia Jardim, responsável pelo programa social UNP Feminino na região de Jundiaí.

Nas cidades de Dracena (SP) e Rio Branco (AC), as detentas também receberam, no início de setembro, enxovais para os seus bebês.

*Com informações do UNIcom

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Colaborador

Por Redação* / Fotos: Cedidas