Fique atento aos sinais da catarata

O que fazer para combater esta doença ocular que pode cegar?

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Ela deixa a visão mais opaca e muda a capacidade de captar o brilho real das imagens, comprometendo o cristalino, uma espécie de lente presente dentro dos nossos olhos. Com o passar do tempo, se transforma em cegueira. Estamos falando da catarata, uma enfermidade responsável por 51% dos casos de perda de visão no mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). No Brasil, a estimativa é que existam 2 milhões de portadores da doença e que 5% da população acima de 60 anos terá catarata no decorrer de um ano.

Falso mito
Para a oftalmologista Heloisa Nascimento, do Instituto de Visão da Paulista (Ipep), existem muitos mitos em relação à catarata. “Um deles é que ela acomete apenas idosos. Embora o tipo senil seja o mais comum e ocorra em virtude do envelhecimento natural do cristalino, há casos de bebês que já nascem com o tipo congênito, que é raro. Há pessoas que desenvolvem catarata por causas secundárias, como a diabetes, uso crônico de corticoides, doenças metabólicas, traumas e exposição excessiva aos raios ultravioleta”, explica a médica.

Consultas regulares
Para a especialista, como todos nós teremos catarata no futuro, a melhor forma de lidar com ela é a prevenção: “a visita anual ao oftalmologista é a chave do diagnóstico ainda no início, o que pode impedir o avanço da doença e permitir a descoberta de problemas facilmente contornáveis com o uso de óculos”, afirma.

Cirurgia
A cura da catarata é possível por meio da cirurgia: “com uso de anestesia tópica é feita uma incisão de 2 milímetros no olho e um aparelho, que lembra um canudinho, aspira o conteúdo da catarata no cristalino. Em seguida, é implantada uma lente intraocular atrás da íris, a parte colorida dos olhos. Essa prótese que restabelece a visão dos pacientes pode ainda ter um grau específico para cada um, permitindo que enxergue bem sem o uso dos óculos”, ressalta.

Avanço tecnológico
Segundo a médica, o procedimento cirúrgico é indicado sempre que a doença interferir no cotidiano da pessoa. “Antigamente, a cirurgia de catarata era mais complexa, porque envolvia internação, anestesia geral e um pós-operatório restritivo. Nos últimos anos, tivemos um avanço incrível com o uso da tecnologia que tornou o procedimento muito mais seguro para os pacientes. Hoje, eles saem no mesmo dia do hospital”, explica.

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Colaborador

Eduardo Prestes / Arte: Edi Edson