Família: o seu patrimônio mais precioso

Saiba a maneira correta de ter a família que sempre sonhou, ainda que hoje ela seja o contrário disso e pareça que não tem mais jeito

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Assim que criou o homem, Deus lhe deu a mulher como companheira porque viu que não era bom que ele estivesse só. (Gênesis 2.18). A mulher, porém, não seria apenas uma simples companhia para ele, mas uma auxiliadora adequada. Assim, Deus os abençoou e disse que eles deveriam se multiplicar para que dominassem a Terra. Nascia naquele momento um dos projetos mais importantes do Criador: a família. Ela é a base da sociedade e o casamento é o princípio dela. Sendo assim, se as famílias sofrem algum ataque, consequentemente, a sociedade também é afetada. Logo, podemos constatar que a maioria dos problemas vividos atualmente começa nos núcleos familiares. E, na maior parte das vezes, a família se torna “doente” porque a sua base, que é o casamento, foi fragilizada.

Vemos que a instituição familiar é alvo de ataques do mal há muito tempo e, por isso, ela vem sendo destruída. Ideias e concepções contrárias à família estão sendo disseminadas aos montes por pessoas, políticos, ativistas, veículos midiáticos, projetos de lei, etc, corroendo, assim, valores, princípios e estruturas familiares. E qualquer ideologia que seja contrária ao conceito original de família é contrária também a quem a projetou, ou seja, ao Próprio Deus.

É por isso que, atualmente, muitas pessoas estão sofrendo: por não verem paz em seus lares. Muitos pais veem seus filhos serem dominados pelos vícios, esposas observam seus maridos saindo com amantes, casais vivem em “pé de guerra”. Mas, qual é a melhor forma de lutar para a preservação da família e a mudança de seus membros? A resposta está em se aliar Àquele que criou a família. Afinal, somente Ele sabe como consertar o que criou. E a mudança total começa com a transformação de cada integrante dela, como você poderá acompanhar nas histórias a seguir.

Uma nova mulher, um novo casamento
Os empresários Rogério Augusto de Brito, (foto abaixo) de 40 anos, e sua esposa, Ana Paula Fonseca Brito, de 38 anos, pareciam viver bem. Eles estavam casados há 15 anos, tinham duas filhas, estabilidade financeira, o que lhes proporcionava uma vida de conforto, e tinham comprado uma casa. Mas, se para Ana Paula o casamento era aparentemente feliz, para Rogério não. Até que ela descobriu que seu marido tinha uma amante no trabalho. “Eu achava que estava apaixonado, que meu casamento tinha acabado e que já não amava mais a minha esposa. Quando ela descobriu, foi uma decepção enorme também para as minhas filhas e para todo mundo que me conhecia porque ninguém esperava aquela atitude de mim”, conta Rogério.

Na ocasião, ele até saiu de casa. Contudo, ao ver a tristeza das filhas, Ana Paula pediu para que ele retornasse. Ele voltou, mas tentou manter os dois relacionamentos: para Ana Paula ele afirmava que tinha abandonado a amante e para a amante ele dizia que não se relacionava mais com Ana Paula. Essa situação perdurou até que a amante engravidou de Rogério. Quando soube, Ana Paula sofreu mais uma decepção.

Foi então que Ana Paula recebeu um convite para participar da Terapia do Amor e o aceitou, entendendo que com as palestras ela encontraria a saída para aquele problema. Ela conta que, no entanto, não aceitava colocar em prática nenhum dos ensinamentos que recebia. Consequentemente, ela também não via nenhuma mudança.

Nesse período, Rogério saiu de casa novamente e foi morar por duas semanas na casa da amante. Contudo ele não conseguia se sentir bem naquele lugar. Então, ele resolveu voltar para a casa de sua mãe, mas os problemas se agravaram. “Entrei em depressão e aí começou a desmoronar tudo no meu trabalho. Eu tinha pensamentos de morte e queria que a minha vida chegasse ao fim porque eu não sabia mais o que fazer”, diz.

Por ver que a situação só piorava, Ana Paula enfim compreendeu que precisava praticar os ensinamentos que ouvia na Terapia do Amor.

Assim uma nova mulher começou a surgir. “Eu não queria mais ser aquela pessoa que eu estava sendo e, apesar da traição ter sido da parte do meu marido, eu sabia que eu também tinha que mudar. Falei, então, para Deus que sozinha eu não conseguiria vencer e que eu precisava do Espírito dEle para me auxiliar nisso. Eu fui aprendendo os ensinamentos nas palestras e os pratiquei. Passei a ver essa mudança em mim e fui gostando da mulher que eu estava me tornando. O que o Rogério fazia já não me abalava mais, pois eu sabia o que eu queria para a minha vida”, conta.

Não só Ana Paula gostou da mulher que estava se tornando como Rogério também. Ele notou a mudança dela e decidiu procurar ajuda nas palestras. “Comecei a ver nela uma mulher mais forte, mais decidida e, em contrapartida, que eu estava sendo o tipo de homem que nunca sonhei ser. Decidi buscar ajuda porque pensei que se estava dando certo para ela poderia dar certo para mim também. Terminei definitivamente com a amante, assumi meu filho e comecei a tomar as atitudes certas. Três dias antes de assinar o divórcio com a Ana Paula, reatamos nosso casamento e, de lá para cá, seguimos obedecendo à Palavra de Deus.” Hoje ele celebra a família que tem: “nossa família cresceu, pois tivemos mais um filho, e nosso casamento, nesses sete anos depois da reconciliação, é melhor do que os 15 anos anteriores. Eu a conheço de uma forma que não conhecia e também me conheço melhor”, conclui.

Um problema que revelou outros
A autônoma Rosilene Barbosa dos Santos, (foto abaixo) de 50 anos, pensava que o único problema que ela precisava resolver era o envolvimento de Guilherme, um de seus filhos, com a prostituição, quando ainda era adolescente. “Tínhamos comprado um computador para ele e achávamos que, pelo fato dele estar dentro de casa, teríamos mais controle sobre ele, mas eu estava totalmente errada. Pelo computador, o mundo entrou na minha casa. Meu filho se envolvia com várias pessoas e se prostituía virtualmente, inclusive com outros homens.

Quando descobrimos, a situação já estava bem avançada. Foi como se tivesse saído o chão debaixo dos meus pés”, explica. Rosilene diz que a descoberta caiu como uma bomba na família e que seu marido, Roberto, falou, sem pensar, que sairia de casa ou que até se mataria, se todos ficassem sabendo daquela situação. “Para mim era como se não tivesse mais jeito”, relata. Foi quando ela se lembrou de que sua sogra frequentava a Universal e que ela já tinha ido a algumas reuniões para agradá-la.

Na época, por dar ouvidos às fake news (notícias falsas), ela não levou a sério a fé que lhe foi apresentada. No entanto, quando viu o problema em sua família, ela deixou de lado o preconceito e foi ao único lugar onde poderia encontrar ajuda.

Ao participar das reuniões, Rosilene compreendeu que seus problemas eram maiores do que ela imaginava. O problema não era apenas com seu filho, mas também no casamento e, principalmente, com ela mesma. “Eu era aquela mulher casada que se comportava como solteira. Eu ficava mais tempo na rua do que na minha casa, pois não me sentia bem nela. Meu casamento era de fachada: quem olhava dizia que era um casamento perfeito, mas dentro de casa a realidade era diferente. Meu marido era viciado em pornografia e eu me sentia a pior das mulheres. Também nos agredíamos verbalmente e, quando descobri a situação do meu filho, tudo só piorou.” Ela descreve ainda quais eram seus problemas internos: “tentei suicídio, tinha depressão, chorava por tudo e não dormia. Por fora, eu fazia todo mundo rir, mas, por dentro, quando colocava a cabeça no travesseiro, era infeliz, solitária e não tinha esperança. Ao participar das reuniões, vi que eu também precisava de ajuda, pois, para que eu ajudasse alguém, tinha primeiramente que me ajudar”, revela.

Rose, como é chamada, lembra que tinha fé, mas não sabia como usá-la e que foi nas reuniões da Terapia do Amor, às quintas-feiras, de libertação, às sextas-feiras, e nas de domingo, que ela foi aprendendo a exercitar a Fé. Ela conta que entendeu quem estava por trás de toda a destruição da sua família: “o diabo conseguiu fazer uma bagunça geral na nossa vida. Eu falo assim hoje porque até então eu não sabia que a causa era ele”.

O marido de Rose, ao ver a mudança dela, decidiu também buscar ajuda. Seu filho, hoje com 26 anos, também reconheceu que precisava mudar. “O processo de libertação deles foi bem difícil, mas o ponto alto de tudo foi quando recebemos o Espírito Santo. Quando entendemos quem Ele era, tudo mudou na nossa vida”, explica Rose.

Rose hoje comemora a transformação no ambiente familiar. “As palestras da Terapia do Amor me ajudaram demais. Aprendi a ser mulher, esposa, mãe e uma pessoa melhor não só para mim, mas para todas as pessoas que estão ao meu redor. Hoje meu filho é bem casado. Não esperávamos tudo isso de Deus, mas Ele sempre nos surpreende. Posso dizer que tenho uma família de verdade e um casamento restaurado. Antes, parecia que eu vivia no inferno e hoje vivo em um pedacinho do céu”, diz.

Família feliz exige perseverança
Em 1997, Marilei Prado Chaves, (foto abaixo) de 54 anos, e Arildo Chaves, de 52 anos, chegaram juntos à Universal com problemas espirituais e de saúde. “Chegamos depois de ver os programas da Igreja na TV. Pesquisei e fomos com nossas três filhas, que ainda eram crianças. Meu marido tinha uma doença incurável e eu sentia muito ódio, mágoa, via vultos e ouvia vozes. Além disso, eu tinha depressão e síndrome do pânico. Era como se eu tivesse um câncer na alma”, diz.

O casal foi curado e se libertou de todos aqueles males, se converteu ao Senhor Jesus e buscou o Espírito Santo, pois passou a entender que Ele era o Único capaz de preencher o vazio que os dois sentiram a vida toda. Tudo parecia bem com a família, até que, na adolescência, as três filhas decidiram sair da Presença de Deus. “Todas se perderam em baladas, bebidas e prostituição”, relembra Marilei, que por muitos anos lutou e nunca desistiu das filhas. “Eu trouxe Deus para a minha família por meio da perseverança em todos os sentidos, pois tinha certeza que toda a minha família serviria ao Senhor. Nunca maltratei nenhuma das minhas filhas e nunca as obriguei a irem à Igreja. A minha postura era diferente porque eu sabia e cria que Deus faria algo extraordinário na vida de cada uma delas. Quanto a mim, eu dava exemplo pelo meu comportamento de uma pessoa de Deus”, conta.

Ao todo foram 15 anos lutando pela mudança das filhas. Uma delas chegou a bloqueá-la nas redes sociais para que ela não visse suas atitudes erradas. “Mesmo assim, as pessoas traziam notícias dela para mim. Muitos zombavam por me ver na Igreja e elas estarem daquele jeito. A minha vergonha era a vergonha de Deus”, diz.

A primeira filha a voltar para a fé foi a caçula, Aniele, hoje com 25 anos. Marilei conta que, ao ser transformada e receber o Espírito Santo, ela reforçou o time de luta pela família. Pouco tempo depois, a filha do meio, Aneile, de 28 anos, retornou para Deus. A mais velha, Aline, de 32 anos, foi a última a voltar, há cerca de dois anos. O ambiente familiar a fez reconhecer que estava distante de Deus e que precisava de ajuda. Aline, aliás, havia se envolvido em um relacionamento frustrado. Na época, ela tinha se mudado para outro Estado, estava sempre rodeada de amigos e aparentava felicidade, mas, por dentro, se sentia vazia e sem perspectivas de vida.

Atualmente, Marilei tem toda sua família na Presença de Deus. “Hoje, minha família está com Ele e até meus netos já adolescentes também vivem esta fé. Nossa vida é só alegria e somos unidos. Como mãe, vejo que valeu a pena o esforço, as orações e a perseverança, porque vejo minhas filhas cheias do Espírito Santo. Deus restituiu tudo e não é de aparência: o que eu vivo é de verdade”, celebra.

O projeto de Deus
Em seu livro O Perfil da Família de Deus, o Bispo Edir Macedo explica que o projeto original de Deus era fazer uma família perfeita na Terra, assim como Ele é perfeito. A criação do homem e da mulher, Adão e Eva, foi estabelecida para que os dois se completassem em um só corpo e gerassem filhos perfeitos – tudo isso para a glória dEle. O diabo, porém, os tentou e, consequentemente, eles deixaram de se submeter à Palavra de Deus para se submeterem à do diabo. O resultado disso é o que vemos ao longo da existência da Humanidade, geração após geração: “um mundo perdido e cheio de deturpações em relação à criação Divina. Temos uma sociedade egoísta, egocêntrica e má”, escreveu o Bispo.

Mas, ele ressaltou que isso não significa que a sociedade esteja definitivamente perdida e que não exista chance de as famílias serem refeitas. Para isso, é necessário que Aquele que as criou faça parte dela, a começar por sua base: o casal. “O verdadeiro e puro amor de um casal só é possível quando existe, na vida de cada um, a Presença de Deus, pois dEle vem o amor. Quando não há Deus, não há amor e, não havendo amor, não pode existir comunhão entre o casal e muito menos paz. Os filhos vêm do convívio de paz e de amor e eles são herdeiros de tudo o que é vivido por seus pais. Resumindo, a felicidade do casal depende do relacionamento que o marido e a mulher têm com Deus e a vida dos filhos depende da felicidade dos pais”, esclareceu o Bispo Macedo.

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Colaborador

Núbia Onara - Fotos: Getty images, Demetrio Koch e Mídia FJU