“Eu zombava dos cristãos”

Antônio Marcos de Araujo passou anos na criminalidade e nos vícios, mas só encontrou a paz depois de dar atenção a Deus

Imagem de capa - “Eu zombava dos cristãos”

A adolescência é uma fase decisiva na vida e, sem uma base familiar sólida, o risco da pessoa se envolver com o mundo das drogas aumenta exponencialmente. Foi justamente nessa época da vida, aos 14 anos, que Antônio Marcos de Araujo, agente público hoje com 52 anos, teve o seu primeiro contato com os entorpecentes. “Eu saí de casa muito jovem e logo me entreguei aos vícios. Eu usava tanto maconha e cocaína quanto bebia”, relembra.

Ao longo dos anos, todas as áreas da vida dele foram impactadas pelos vícios. “Eu não tinha paz, carregava dentro de mim muita angústia e buscava a felicidade de todas as formas. Eu viajava, cheguei a tocar em festas, mas nada preenchia aquele vazio em meu interior. Era como se eu só conseguisse ser feliz usando drogas, porém aquela sensação era passageira e, quando passava, eu me sentia pior”, relembra.

Todos esses conflitos internos, somados ao comportamento inconsequente dele, refletiram também em problemas nas demais áreas da sua vida. “Apesar de trabalhar e de até ganhar bem, eu gastava muito para manter o meu vício e vivia endividado, inclusive com o nome sujo”, conta. Essa situação de instabilidade prejudicou seu relacionamento. “Eu me casei bem jovem, aos 18 anos, e tive uma filha, mas, quando dei por mim, já tinha perdido o meu casamento e a minha filha, que começou a seguir os mesmos passos de destruição que eu trilhei”, diz.

Desafio aceito

O contato que Marcos teve com o mundo espiritual foi em “casas de espíritos”, onde as promessas de melhoria de vida, na verdade, lhe trouxeram ainda mais sofrimento. Enquanto isso, sua relação com Deus era de deboche. “Eu zombava dos cristãos. Em um determinado período, eu me afundei na criminalidade e passei a cometer pequenos roubos e furtos. Para me esconder da polícia, eu me juntava a grupos de pessoas que estavam saindo da igreja e ainda fazia comentários ruins na frente delas”, lembra.

O que Marcos não sabia é que sua mãe já frequentava a reunião para a Cura dos Vícios, na Catedral da João Dias, em São Paulo. “Em um período em que eu estava praticamente em situação de rua, ela levou um pastor para conversar comigo. Ele me perguntou se eu queria sair daquela vida. Eu contei das minhas tentativas e dificuldades para mudar, mas ele disse que ia comprar a minha briga e aquela palavra ficou dentro de mim.”

Marcos aceitou o desafio e participou de uma reunião de domingo. Desde então, sua vida passou por uma completa transformação: “Naquele mesmo dia, eu fiquei livre dos vícios. Pouco tempo depois, entendi a necessidade de ter um compromisso com Deus. Passei pelo batismo nas águas e recebi o Espírito Santo. Hoje, estou completamente livre dos vícios, da tristeza, da criminalidade e de tudo que me fazia mal. Deus me deu um casamento abençoado, me reaproximei da minha filha e posso dizer que a minha vida teve um antes e um depois”, finaliza.

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Colaborador

Cinthia Cardoso / Foto; Demétrio Koch