“Eu sentia orgulho de estar no mundo do tráfico”

Após conhecer o poder da fé, Katiene se tornou voluntária do grupo Universal Socioeducativo. Veja como isso foi possível

Imagem de capa - “Eu sentia orgulho de estar no mundo do tráfico”

Há um dito popular que diz: “Palavras convencem, exemplos arrastam.”

Um dos pontos mais observados por aqueles que ainda não aceitaram Jesus é o testemunho comportamental de um cristão, especialmente daqueles que se dedicam em realizar a obra de Deus, levando a Palavra Dele aos que sofrem. Quem hoje vê o exemplo da jovem – e obreira voluntária da Universal – Katiene Helena da Silva, de 19 anos, tem vontade de ser como ela, pois desde que encontrou a fé há exatamente 4 anos, ela tem exalado o bom perfume de Cristo, sendo luz aos que se encontram nas trevas.

Mas, antes de se tornar um bom exemplo para outros jovens, Katiene teve uma vida difícil, cheia de obstáculos e dificuldades, que a levou ao fundo do poço. Ela relembra que com apenas 12 anos ela começou a se prostituir para ganhar dinheiro, mas o que ela não imaginava era que isso era apenas o começo do seu sofrimento.

“Queria ter dinheiro para curtir nas madrugadas, comprar roupas. Cheguei a fazer 5 tatuagens, coloquei pircengs, gostava de ostentar, andar de carro e participar de bailes funks mais conhecidos como ” chacrinhas”. Como na época eu não trabalhava, o caminho que encontrei foi vender o meu corpo, fazia isso a semana inteira. Os encontros eram marcados por telefone, em lugares estratégicos para ninguém desconfiar; quase todos os homens com que eu saía eram casados”, comenta.

Não estando satisfeita com a situação, Katiene resolveu se envolver com o crime e as drogas.

“Eu era completamente sem valor, depois que conheci a cocaína, o cigarro e muitas outras drogas, a minha cabeça virou 100%; fiz de tudo, fugi de casa várias vezes e cheguei a ficar dois meses longe da minha família. Minha mãe chegou a me trancar em casa, mas eu pulava o muro. Muitas vezes ela chegou a me repreender, mas como era muito rebelde a desrespeitava. Em determinada ocasião cheguei a amassar uma das portas de casa com chutes. Com o passar do tempo conheci pessoas que me apresentaram o mundo do crime, eu ficava em uma biqueira onde era usada para destruir a vida de outras pessoas, vendendo cocaína e crack”, disse.

Prisão e fundo de poço

Katiene foi detida três vezes e, na última, foi acusada por formação de quadrilha. “Eu sentia orgulho de estar no mundo do tráfico, gostava de aparecer. Mas, quando eu estava sozinha, me deparava com a solidão, a amargura e a rejeição do meu pai. Também nutria um ódio da minha mãe, pois ela nunca havia me dado atenção, só trabalhava para colocar o que comer dentro de casa, e tudo isso fez com que eu não me importasse com a vida. Por dentro sofria, mas, tentava esconder isso tudo. Na última apreensão fui acusada de formação de quadrilha”, comentou.

Na ocasião, a jovem foi levada para a Fundação Casa da cidade de São José do Rio Preto (interior paulista), local que hoje visita para levar a Palavra de Deus aos menores internos. Katiene cumpriu a medida socioeducativa em liberdade assistida durante seis meses, período em que conheceu o trabalho dos voluntários da Universal e resolveu entregar sua vida aos cuidados de Deus.

“Minha mãe começou a orar por mim e me levou uma vez na reunião da Universal; chorei muito, mas continuei na mesma. Infelizmente, minha vida só afundava, via vultos, ouvia vozes, meu corpo travava em cima da cama, como se alguém quisesse me matar, eu não aguentava mais sofrer e em uma madrugada, assistindo TV, estava passando um dos programas da Universal, então resolvi fazer uma oração e pedir ajuda a esse Deus que tanto ouvia falar. Naquela madrugada houve uma diferença, senti um alívio muito grande na minha alma; comecei a frequentar as reuniões e me entreguei completamente a Deus”, finalizou a hoje, hoje voluntária do trabalho evangelístico da Universal nas unidades socioeducativas de sua região.

Universal Socioeducativo

O trabalho do grupo Universal Socioeducativo (USE) é constante em inúmeros estados do País. Ele é realizado por voluntários da Universal e não se limita apenas aos internos, dentro das unidades, mas é levado também aos seus familiares.

Caso queira conhecer outras ações do USE, acesse e curta o perfil oficial do grupo no Facebook , ou se deseja se tornar um voluntário. Encontre aqui o endereço de uma Igreja mais próxima e informe-se com o pastor.

imagem do author
Colaborador

Por Sabrina Marques / Fotos: Cedidas