“Eu não era feliz, mas não sabia que podia ser diferente”

Vitória Araújo tentou preencher o vazio interior com drogas e namoros malsucedidos, até que descobriu como ter uma vida plena

Imagem de capa - “Eu não era feliz, mas não sabia que podia ser diferente”

Desde muito cedo, o ser humano precisa fazer escolhas e, sem consciência quanto às consequências delas, os adolescentes são os mais sujeitos a tomar decisões equivocadas. No caso de Vitória Araújo, de 24 anos, os amigos lhe apresentaram um mundo de festas, drogas e muita curtição. “Aos 13 anos, eu já convivia com pessoas mais velhas e isso mudou meu comportamento. Em casa, eu era rebelde com meus pais e isso se repetia na sala de aula. Eles foram chamados pelos professores porque eu usava drogas dentro da escola.”

Ela conta que usava maconha, lança-perfume e consumia bebidas alcoólicas constantemente, hábitos que geravam conflitos dentro de casa. “Meus pais não conseguiam criar expectativas positivas a meu respeito. Eles viviam com medo, esperando sempre uma notícia negativa sobre mim e, com o passar do tempo, fui me envolvendo mais com festas, baladas e relacionamentos”, afirma.

Sem a menor ideia de como conduzir um namoro saudável, ela se deixava levar pelos sentimentos e viveu relacionamentos tóxicos. “Eles eram abusivos psicologicamente e emocionalmente, havia agressividade verbal e traições”, comenta.

Essa combinação de escolhas erradas e consequências ruins é comum na vida de milhares de pessoas, mas poucas se questionam por que situações assim são tão frequentes. Hoje, olhando para trás, Vitória consegue ver os motivos: “eu sempre tive o desejo de buscar e ter algo diferente no meu interior e eu não encontrava em nenhum lugar. Com as drogas, eu me sentia mais corajosa, mais forte, mas o efeito era temporário, pois logo depois que passava era como se o pouco de força que eu tinha antes de usá-las também fosse arrancada. Eu me sentia ainda pior”.

Ao lado dos amigos, o sorriso dela era fácil, mas não se mantinha por muito tempo. “Eu não era feliz, mas também não sabia que podia ser diferente. Para mim, era como se não existisse uma alternativa. Até que eu cheguei ao fundo do poço.”

O vazio interior e a busca por algo que pudesse suprir essa necessidade eram desconhecidos de todos os que a cercavam. “Meus pais não sabiam disso nem meus amigos. Quando eu tentava explicar isso para meu companheiro na época, ele não entendia. Então me vi em uma situação muito difícil emocionalmente.”

Foi nesse período que ela recebeu o convite para participar de uma reunião na Universal. “Quando eu cheguei, não entendi muito bem, mas cri. Na primeira semana já vi um sinal: eu estava há quase dois anos sem trabalhar e Deus abriu uma porta. Então, decidi voltar para agradecer, comecei a frequentar outras reuniões e surgiu o desejo de permanecer.”

Ao ouvir a Palavra de Deus e colocá-La em prática, Vitória percebeu que não precisava buscar nas drogas e nos relacionamentos uma forma de se preencher: “Deus me levou ao arrependimento de tudo o que eu já tinha feito e veio então o batismo nas águas, com a decisão de largar o que fosse preciso. Foi aí que ocorreu o meu Encontro com Deus e, um pouco depois, o batismo com o Espírito Santo”.

A partir de sua entrega ao Altíssimo, ela mudou de comportamento e fortaleceu seu relacionamento com os pais. “Hoje, por mais que eu esteja fisicamente sozinha, sei que Deus está comigo. Sou completa internamente”, finaliza.

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Colaborador

Cinthia Cardoso / Fotos: Arquivo pessoal