“Eu não acreditava mais em Deus e queria tirar a minha vida”
Do abismo da anorexia e da depressão à renovação espiritual, Ana Júlia Gonçalves de Freitas compartilha sua inspiradora história de superação
A empresária Ana Júlia Gonçalves de Oliveira Freitas, de 21 anos, conta que teve uma adolescência serena e amorosa até os 15 anos. Depois disso, sua vida sofreu uma reviravolta impactante: ela desenvolveu anorexia nervosa e depressão, transformando-se em uma pessoa isolada e rebelde, que se adornava com piercings e tatuagens.
Devido à anorexia, Ana Júlia explica que passou a evitar alimentos sólidos, recorrendo só a líquidos para saciar a sensação de vazio no estômago. O gatilho inicial para o transtorno alimentar foi o bullying que ela sofria na escola, onde colegas debochavam dela, o que minou sua autoestima. Por causa da anorexia, ela atingiu um estado de extrema magreza, mas, paradoxalmente, ainda se via acima do peso. A insônia, a ansiedade e o desespero a atormentavam. “Eu não acreditava mais em Deus e queria tirar a minha vida.”
Ana Júlia diz que seu caso era muito grave e que buscou ajuda de diversos especialistas, incluindo nutricionistas, psicólogos e psiquiatras. Ela lembra que um psiquiatra disse a ela que a anorexia era crônica e incurável e previu a morte dela em um mês, caso não retomasse a alimentação.
A jovem, então, afirma que se tornou extremamente reclusa, evitava amigos e familiares e rejeitava qualquer forma de ajuda. Segundo ela, a agressividade era a sua defesa contra o mundo exterior; enquanto ela se refugiava em um quarto escuro, permanecia imersa em pensamentos sombrios. Ela relembra, com emoção, o momento mais doloroso que viveu: “eu cheguei a planejar o meu fim, considerando a ingestão de medicamentos, mas não consegui reunir coragem para seguir adiante”.
A virada em sua história ocorreu quando sua mãe conheceu a Universal por meio da programação de televisão nas madrugadas. Ela resolveu buscar ajuda para a filha e a convidou para se juntar a ela nas idas à igreja. “Quando conheci a Universal, fui acolhida por muitos obreiros e pastores que me ajudaram a encontrar o caminho da cura. Inicialmente, minha mente ainda estava voltada para o mundo exterior. Comecei a priorizar meu corpo, dedicando-me à academia e compartilhando fotos fitness nas redes sociais em busca de preencher um vazio”, relata.
Entretanto, Ana Júlia percebeu que esses interesses superficiais não a preenchiam de maneira significativa. Ela se viu envolvida em festas, baladas e amizades que a afastavam ainda mais do Senhor Jesus. Assim, as redes sociais se tornaram um mecanismo de validação para ela e a quantidade de curtidas e seguidores alimentava sua alma. “Comecei a sentir vergonha do rumo que minha vida estava tomando. O Espírito Santo me incomodava, mostrando-me que aquele estilo de vida estava errado. Decidi, então, excluir minhas redes sociais e me afastar do mundo e das festas, envolvendo-me profundamente com as questões espirituais”, detalha.
A partir dali, Ana Júlia passou a orar, a ler a Bíblia, a frequentar a igreja e a estudar os livros que alimentavam a sua Fé. Ela ainda fez a Fogueira Santa com o objetivo de receber o Espírito Santo. “Recebi a Presença de Deus em meu interior. Ele se tornou a preciosidade maior da minha vida, orientando-me e sustentando-me diariamente”, comemora.
Agora ela expressa gratidão por Deus. “Hoje sou casada com um homem que me aproxima de Deus e me faz feliz. Estou grávida e feliz pela chegada do meu filho. Já não convivo mais com pensamentos suicidas, depressão ou ansiedade. Desejo viver e dedicar minha vida a ganhar almas para Jesus. Para mim, o Altar representa sacrifício e uma profunda transformaçãode vida”, conclui.