“Eu me sentia suja, sozinha e humilhada”

Adriana Andrade sofreu abuso sexual na infância e tentou se suicidar quatro vezes, mas entendeu que o Senhor Jesus poderia mudar a sua história

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A enfermeira Adriana Andrade, de 42 anos, cresceu em um lar desestruturado. Ela não teve contato com seu pai e sua mãe, sem condições financeiras de sustentar a família, entregou cada um dos três filhos a um parente. A esperança materna era de que os filhos tivessem um futuro melhor.

Essa decisão, porém, causou muito sofrimento na vida de Adriana. “Eu e meus irmãos perdemos o contato quando éramos crianças. Algumas vezes, minha mãe me buscava para ficar alguns dias com ela, mas ela se envolvia com vários homens e logo me devolvia para a família adotiva, pois aqueles homens eram mais significativos do que eu na vida dela”, relata.

Além da dor do abandono materno, Adriana explica que foi abusada sexualmente por alguns parentes e isso gerou diversos traumas nela. “Eu me sentia suja, sozinha e humilhada, pois sofria abuso sexual e minha mãe não notava”, conta.

Alguns anos depois, a mãe de Adriana conheceu a Igreja Universal e passou a levá-la para a Escola Bíblica Infantil (EBI). “Minha mãe me levou para morar com ela e fiquei muito contente. Quando eu tinha 15 anos, comecei a fazer a Obra de Deus e dedicava a minha vida a Jesus. Depois de alguns meses, minha mãe deixou a Igreja em virtude de um relacionamento e me abandonou outra vez. Eu, entretanto, permaneci na Fé”, afirma.

Quando a mãe de Adriana a abandonou de novo, ela morou na rua alguns dias. A mãe de um dos membros da igreja a convidou para morar com ela e Adriana teve um lar por algum tempo. O que ela não imaginava era que essa senhora seria sua sogra. “Eu morava com a mãe de um obreiro que estava sendo preparado para ser pastor. Pouco tempo depois, ele me pediu em namoro e logo nos casamos. Posteriormente, tivemos uma filha e pensei que estava realizando o sonho de constituir uma família, mas, depois do casamento, minha vida se tornou um inferno. Ele passou a me agredir, saiu da igreja e foi morar em um prostíbulo. Eu me afastei da igreja também”, diz.

Adriana seguiu sua vida e passou a exercer sua profissão, mas o desgosto a consumia. “Passei a tomar medicamentos na tentativa de tirar a minha vida tendo uma overdose. Eu me sentia a pessoa mais suja do mundo, minha alma gritava de dor e eu queria me isolar e sumir.” Anos depois, a filha de Adriana foi condenada a seis anos de prisão. “A minha vida estava destruída. Quando minha filha foi presa, eu queria que Deus me levasse. Eu me sentia fracassada como mãe”, destaca.

Por não enxergar solução para seus problemas, Adriana conta que tentou tirar a própria vida pela quarta vez, mas foi salva: “alguns policiais entraram e salvaram minha vida graças a uma vizinha que os acionou rapidamente. Essa experiência me mostrou que o Senhor Jesus estava me dando mais uma oportunidade de Salvação”, avalia.

Depois desse episódio, uma amiga convidou Adriana para ir à Universal e ela não pensou duas vezes. Ela decidiu entregar sua vida ao Senhor Jesus e cuidar de sua Salvação. “Depois de cuidar da minha alma, passei a cuidar da minha filha.

Após cumprir a pena, ela passou a ir à igreja comigo. Hoje minha mãe, minha filha e eu servimos a Deus, ganhamos almas para o Reino de Deus e ajudamos as pessoas como um dia fizeram conosco”, explica.

Adriana ressalta que a melhor escolha de sua vida foi se dedicar ao Senhor Jesus. “Quando recebi o Espírito Santo, me senti amada. Ele me curou de todas as dores e abusos que um dia eu sofri.
Tenho certeza que jamais estarei sozinha outra vez enquanto estiver servindo meu Senhor. Ele sempre
será a minha melhor escolha”, finaliza.

Kaline Tascin / Foto: Demetrio Koch

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Colaborador

Kaline Tascin / Foto: Demetrio Koch