“Eu andava com o diabo”

Zenildo Soares viveu muito tempo a serviço do mal, mas a mensagem de Deus o alcançou no inferno em que ele estava

Imagem de capa - “Eu andava com o diabo”

Os nove primeiros anos de vida foram bons para o empreendedor no ramo da construção civil Zenildo Soares dos Santos, hoje com 43 anos. Porém, quando seus pais se separaram, a infância tranquila teve fim.

Aos dez anos, Zenildo foi trabalhar em um lava-rápido e nesse primeiro emprego começou a consumir bebida alcoólica. Aos 15 anos, ele experimentou drogas sintéticas e, aos 16, já andava armado e fazia parte de gangues.

Um dia, ao chegar em casa e encontrar a mãe com o novo namorado dela, ele tentou matá-lo e cita o que ocorreu: “Minha mãe me mandou embora de casa não apenas por causa do namorado, mas também porque eu já não ficava muito em casa por conta da vida
na marginalidade”.

Fora de casa e com 12 mulheres

Até os 32 anos, ele viveu sozinho e em festas, se drogando e bebendo. Zenildo organizava eventos e investia em negócios financiados por atividades criminosas, como estúdio de tatuagem
e pizzaria.

Ele também estava envolvido com 12 mulheres simultaneamente. No entanto esses relacionamentos eram marcados por muitos problemas, pois ele sabia que elas mantinham outros relacionamentos: algumas eram noivas, casadas ou tinham namorados e também saíam com ele, o que resultava em traições constantes.

Zenildo lembra como se via nessa época: “Por mais que eu convivesse com alguém, na verdade, eu estava sozinho”. Contudo foi durante essa fase turbulenta que ele descobriu
que seria pai.

No limite

As crises de ansiedade e a depressão começaram aos 25 anos. No mesmo período, ele passou a ter pensamentos suicidas, tinha a sensação constante de que estava sendo perseguido, sofria com terror noturno e, consequentemente, não conseguia dormir.

Em busca de um pouco de paz, Zenildo procurou a solução para os seus problemas em diversas religiões. Ele relata que a situação só piorou: “No auge das crises, aos 32 anos, eu já não conseguia ficar no meio de uma multidão porque vinha o pensamento: ‘Tire a sua vida para que você fique em paz’. Esse foi o pior momento”.

Foi nas madrugadas de insônia que ele assistiu a um programa da Universal na TV. “Eu não conseguia dormir, mas bebia aquela água consagrada pela TV e ficava bem”, conta. À medida que participava daquelas orações, Zenildo refletia sobre a condição que vivia e compartilha como se sentia: “O vazio que eu tinha era falta de Deus, porque eu andava com o diabo. Eu sempre fazia as coisas com o mal, então era o momento de eu viver com Deus. Eu precisava me converter, parar com tudo, começar do zero”.

Decisão para a vida toda

Zenildo sempre viu a Igreja como um lugar especial e sério e entendia que não podia tratá-la como um passatempo. Sua mãe, que já frequentava a Universal, intercedia sempre por ele em oração. Então, apesar da mágoa que ainda nutria por ela, ele ligou para ela e pediu que o levasse a uma reunião. Decidido a desenvolver seu relacionamento com Deus e a obedecê-Lo em tudo, uma semana depois ele se batizou nas águas.

Zenildo recorda que dois momentos foram importantes até seu batismo com o Espírito Santo: a Fogueira Santa de Israel e o Jejum de Daniel.Durante essas campanhas, ele entendeu que precisava sacrificar a velha vida e detalha o que fez: “Abri mão de tudo que me fazia lembrar e me prendia ao que eu tinha vivido até ali. Me libertei de todo o passado e puro das coisas do mundo procurei me preencher com o que agradava a Deus. Quando O recebi tive a certeza de que Ele me olhava, me guiava, me acompanhava em tudo e não me deixaria só em nada”, diz.

Prova de fogo

Ter a Presença de Deus não o poupou de viver vários desafios, mas lhe deu a paz necessária para enfrentá-los. Aos 39 anos, ele estava se preparando para um trabalho voluntário quando, durante uma abordagem policial, foi preso em razão de um processo judicial em aberto que ele desconhecia. Ele diz que manteve a paz, pois sabia que não devia nada à Justiça. Em suas orações, quando perguntou a Deus sobre o objetivo daquela prisão, entendeu que, além de resolver o processo, ele aprenderia o que nunca tinha vivido e poderia compartilhar seu aprendizado com outras pessoas.

Foram 30 dias de detenção. Apesar de estar na cela de uma facção conhecida, ele continuou a servir o Senhor Jesus: evangelizava, atendia os presos e fazia orações. Foi ali também que foi levantado a obreiro.

Alma feliz e cautelosa

Há dez anos na Presença de Deus, Zenildo vive sem vícios, livre da opressão espiritual e curado da depressão e das crises de ansiedade. Ele perdoou sua mãe e até voltou a morar com ela. Ele está prestes a se casar e conta que o que o mantém firme em sua fé é estar sempre conectado com Deus: “Diariamente ouvimos muitas pessoas e muitas vezes o mal fala por meio delas, quer nos atacar e nos sondar para nos atrapalhar. Então, quanto mais ficamos em Espírito, pedindo discernimento e entendimento a Deus, mais conseguimos fazer essa distinção e não caímos nas ciladas do mal”.

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Colaborador

Núbia Onara / Fotos: Demetrio Koch e poco_bw/getty images