Estatuetas de osso revelam primeiros cristãos da Etiópia no Negev

Descoberta arqueológica no deserto de Negev revela estatuetas raras associadas aos primeiros cristãos da Etiópia

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Arqueólogos descobriram estatuetas raríssimas de osso e ébano em um antigo cemitério cristão no deserto de Negev, em Israel.

Logo, os achados oferecem pistas fascinantes sobre os primeiros cristãos da Etiópia, que podem ter migrado para a região durante a era bizantina. Conforme publicado no periódico Atiqot, essas evidências sugerem que, mesmo após a conversão ao Cristianismo, essas pessoas mantiveram laços profundos com suas raízes culturais.

Por que isso importa:

De fato, a descoberta lança nova luz sobre a presença africana cristã primitiva em uma das regiões mais emblemáticas da fé cristã. Além disso, ela revela como o Cristianismo atravessou barreiras étnicas, geográficas e sociais, muito antes do mundo globalizado em que vivemos hoje.

Mais ainda, essa conexão entre fé e cultura mostra que a expansão do evangelho não apagou identidades, mas transformou vidas a partir delas.

Os principais achados:

  • Primeiramente, as estatuetas foram encontradas em três sepulturas datadas dos séculos VI e VII d.C., em Tel Malhata, no sul de Israel.
  • Em seguida, duas esculturas de ébano — representando figuras com traços africanos — chamaram atenção por serem as primeiras desse tipo já identificadas na região.
  • Nos túmulos, havia também jarros de alabastro, joias e pulseiras de bronze, todos em tumbas cristãs típicas da época.
  • Além disso, os arqueólogos confirmaram que a madeira exótica usada nas estatuetas era ébano oriundo do sul da Índia e do Sri Lanka, o que evidencia rotas comerciais de longa distância.

“Essas estatuetas provavelmente representavam ancestrais e não divindades. Isso indica uma fusão entre a fé cristã recém-adotada e a memória cultural dos antepassados”, explicou o arqueólogo Noé D. Michael.

Além disso, a posição estratégica de Tel Malhata — um ponto de intersecção de rotas comerciais importantes — favoreceu a migração de povos africanos cristãos para a região. Ainda que o DNA dos restos mortais não tenha sido preservado, a combinação de evidências aponta para convertidos etíopes que se estabeleceram no Negev.

Série Paulo, o Apóstolo - Tudo o que você precisa saber

E o que isso tem a ver com Paulo?

A expansão do Cristianismo para fora de Israel não foi um fenômeno isolado, foi resultado direto da missão incansável de um homem: o apóstolo Paulo. E é justamente essa missão que será retratada na nova e aguardada série do Univer Vídeo, “Paulo — o Apóstolo”, com estreia marcada para 28 de maio.

Ao longo de 50 episódios, a série mostrará como Paulo, anteriormente conhecido como Saulo de Tarso, se transformou de perseguidor em um dos maiores proclamadores da fé cristã. Ele enfrentou naufrágios, prisões e perseguições, mas jamais desistiu de levar a mensagem de Cristo.

O que você precisa saber:

  • As estatuetas indicam a presença de cristãos africanos em Israel antes mesmo do surgimento do islamismo.
  • A série Paulo, o Apóstolo retrata com fidelidade os desafios enfrentados para levar a mensagem da salvação de Jesus às demais nações.
  • Ambos os relatos — arqueológico e bíblico — mostram que o evangelho rompeu fronteiras desde os primeiros séculos.

Conclusão:

A fé cristã não se restringiu a Jerusalém. Ela atravessou desertos, mares e culturas. Essa recente descoberta arqueológica reforça que o evangelho alcançou corações africanos muito cedo, graças a homens como Paulo, que não mediram esforços para anunciar a Verdade.

Não perca a série “Paulo — o Apóstolo”

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Colaborador

Redação / Foto: iStock