“Era como se minha alma gritasse de tanta dor”

O orgulho mantinha Joselita Simões em uma prisão espiritual

Imagem de capa - “Era como se minha alma gritasse de tanta dor”

A cabeleireira Joselita Simões de Oliveira, de 51 anos, nasceu em Inhambupe, na Bahia, e era uma criança nervosa, sem paciência e que ouvia vozes. A mais velha de dez filhos, ela sentia que seus pais não lhe davam atenção. Ela não se sentia amada, o que gerou nela um complexo de rejeição e causou um vazio em sua alma.

Aos 16 anos, ela engravidou e se casou. Ela acreditava que sua vida melhoraria, mas o complexo de rejeição se intensificou. Seu esposo se mudou para São Paulo para trabalhar e, depois de um tempo, buscou a família. Os problemas, porém, aumentaram e o casamento chegou ao fim.

Divorciada e com três filhos para criar, ela conheceu um homem mais velho. Ela achava que seria feliz, mas a frustração foi ainda maior, como relata: “ele passou a ser extremamente ciumento e possessivo. Ele me xingava, me humilhava muito e sempre me colocava para baixo. Quando eu me olhava no espelho, via tudo aquilo de ruim que ele falava de mim”.

Ela passou a nutrir ódio do companheiro, mas seu orgulho a impedia de buscar ajuda. Por pensar que poderia ser livre, ela pôs fim ao relacionamento. Contudo a “liberdade”, era apenas física. Ela vivia em uma prisão espiritual desde criança e a separação piorou seu estado emocional.

Com isso, ela passou a desejar a morte. Nessa época, seus filhos já eram adultos e, em certa ocasião, ela disse à sua filha: “não aguento mais sofrer e o melhor caminho é tirar minha vida. Estou indo me jogar embaixo de algum carro”.

Sem saber aonde ir
Joselita não concretizou seu plano, mas continuou se sentindo no fundo do poço e com todas as áreas da sua vida destruídas. Ela conta como era sua realidade: “existia um vazio sem explicação dentro de mim. Era como se minha alma gritasse de tanta dor. Eu não aguentava mais sofrer”. Nessa época, ela conheceu a Universal por meio dos programas da TV, mas diz que “não dava ouvidos a eles, porque odiava esse tipo de conteúdo religioso”. Ela vivia um conflito: pensava que deveria haver uma saída e, ao mesmo tempo, em se matar. Sem saber aonde ir, ela pegou um ônibus.

Destino certo
Ela desceu daquele ônibus em frente a uma Universal, entrou e ouviu sobre a Salvação da alma. “Fui à Igreja durante dez meses, ouvia a pregação, mas não conseguia perdoar e tirar aquele ódio de dentro de mim. Até que, cansada de sofrer, decidi liberar o perdão e me entregar”, declara. Pela primeira vez ela se sentiu de fato livre. Em seguida, ela passou a buscar o Espírito Santo, O recebeu e, com isso, sua vida foi transformada. “O Espírito Santo é tudo para mim. Não sei viver sem Ele. Hoje tenho direção em todas as áreas da minha vida.”

Hoje, Joselita está livre de toda mágoa, venceu o complexo de rejeição e se tornou feliz e realizada. “Posso passar a luta que for do lado de fora, mas nada consegue tirar a paz do meu interior. Hoje só quero servir a Deus e ajudar o próximo”, conclui.

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Colaborador

Danieli Ribeiro / Foto: Demetrio Koch