Em que você deposita sua segurança?
Se você busca ter garantias se apoiando no trabalho, na carreira, no relacionamento, em pessoas, na aparência, em bens ou em sonhos, tenha cuidado! Em poucos segundos, tudo isso pode ser perdido e virar pó. No entanto é possível confiar em Alguém que é inabalável
Bastou uma fagulha, uma aqui e outra ali, e, de repente, as chamas consumiram tudo que encontraram pela frente até que restassem apenas as cinzas. Foi assim que o local que as pessoas consideradas “celebridades” escolheram para construir suas mansões perdeu todo o glamour. A verdade é que catástrofes sempre aconteceram e continuarão acontecendo, todavia, de tempos em tempos, nos alarmamos com algumas, ocasionadas por uma sucessão de acidentes, pelas temperaturas extremas, por terremotos, pelo excesso de chuvas ou pela seca ou por causa de incêndios, como o que devasta o Estado da Califórnia, nos Estados Unidos, desde o dia 7 de janeiro.
Os pequenos focos ganharam força e se alastraram tão rapidamente e de forma tão impetuosa que obrigaram milhares de pessoas a abandonar suas casas em poucos minutos, enquanto as construções eram consumidas sem piedade pelo fogo nos condados de Los Angeles, San Diego e arredores. Tanto as casas simples de pessoas comuns quanto as mansões de pessoas famosas foram tomadas pelas chamas. Ali não importava a etnia, a classe social, a formação acadêmica, a profissão nem a conta bancária, porque, seja sentindo o calor do fogo próximo, seja estando a quilômetros de distância, todos ficaram impotentes e vulneráveis ao verem o seu lar – outrora um local seguro – virar cinzas.
Além da seca que a região enfrenta, os ventos fortes contribuíram para que os incêndios florestais se alastrassem de maneira rápida e destruidora e, segundo o The Department of Forestry and Fire Protection (Departamento Florestal e Proteção contra Incêndios) da Califórnia, já foram contabilizados – até o fechamento desta edição – mais de 300 incêndios que consumiram mais de 57 mil acres (o equivalente a mais de 230 quilômetros quadrados) e destruíram quase 16 mil estruturas. Há, ainda, 28 óbitos que podem estar diretamente relacionados ao incidente.
A efemeridade da vida
“O que aconteceu em Los Angeles nos ensina uma lição profunda: tudo nessa vida é passageiro. Quando vemos casas, mansões e bens materiais sendo totalmente destruídos pelo fogo em questão de horas, vemos que todas as coisas materiais podem, em um piscar de olhos, serem reduzidos a nada”, comenta o Bispo Sidnei Marques, responsável pelo trabalho da Universal no Distrito Federal.
Fotos, vídeos e até imagens de satélite se tornaram notícias e começaram a assustar usuários das redes sociais no mundo todo, tanto por revelar as chamas como o desespero das pessoas ou a devastação
pós-incêndio. Casas, veículos, roupas, mobílias, decorações, fotografias, joias, prêmios, documentos, alimentos: tudo o que outrora foi conquistado com o esforço do árduo trabalho se foi para sempre. E sabe o que é mais complexo nessa situação? Mesmo com provas de que tudo nessa vida é efêmero e basta um instante para que tudo seja reduzido a pó, muitos teimam em focar única e exclusivamente no que é terreno. Essa ânsia é muito comum e, conforme explica o Bispo Sidnei, essa busca insaciável decorre da falta de confiança em Deus e na Sua Palavra: “essa ansiedade se deve às preocupações com o dia de amanhã e uma busca por segurança, reconhecimento, estabilidade. Isso, muitas vezes, é alimentado pela sociedade, que valoriza o sucesso material e a acumulação de riquezas como símbolo de realização pessoal”.
Cada um determina a sua prioridade
Não é errado querer uma vida confortável e próspera. Pelo contrário, o Próprio Deus disse que “se quiserdes, e obedecerdes, comereis o bem desta terra” (Isaías 1.19), mas Ele deixou bem claro nessa promessa que tudo depende de uma escolha e o Bispo acrescenta que “esse tipo de tragédia, como esses incêndios, também nos lembra da importância de estarmos preparados e da necessidade de valorizarmos o que realmente é eterno: a Salvação de nossa alma”. Afinal, tudo neste mundo passará, mas as Palavras do Senhor não passarão (Mateus 24.35).
Nos Evangelhos, encontramos a história de um jovem príncipe. Não uma parábola, mas uma história real de um jovem cristão que chegou diante do Senhor Jesus e O chamou de Bom Mestre. Ele desejava saber o que precisava fazer para herdar a vida eterna. Inicialmente, Jesus falou dos Mandamentos que devem nortear a vida de todo cristão e, quando o jovem revelou que já os seguia, o Senhor lhe pediu para vender tudo que tinha, repartir com os pobres e segui-Lo.
Mas aquele jovem se entristeceu por saber que a única coisa que lhe faltava era se desapegar daquilo que simbolizava a sua esperança, a sua segurança e a sua prioridade. “Quando a pessoa deposita sua esperança e confiança nos bens e não coloca Deus em primeiro lugar na sua vida, ela acaba se frustrando e desenvolvendo uma tristeza profunda (depressão) e, além disso, o amor excessivo ao dinheiro e a avareza geram uma série de outros pecados que corrompem a moral e os relacionamentos humanos, como mentiras, fraudes, egoísmo, inveja e ciúmes”, destaca o Bispo Sidnei. Ele conta por que esse comportamento traz riscos: “isso não apenas desvia a pessoa da Fé, mas também a coloca em um caminho de destruição e degradação espiritual e ética. E o risco maior é a perda da Salvação”.
Aliás, o Senhor Jesus, usando uma figura de linguagem, depois da reação do jovem príncipe, alertou que é mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico ser salvo (Mateus 19.23-25). Não porque somente os pobres serão salvos numa espécie de recompensa pelas “faltas” que viveram na vida terrena, mas, sim, porque o ser humano tem a tendência de sempre querer mais e mais enquanto não dá a mínima atenção àquilo que realmente importa.
Vejamos alguns exemplos: sempre dedicamos mais uma hora ao trabalho para juntar dinheiro ou comprar algo que desejamos, apesar de sabermos que isso pode interferir negativamente no nosso relacionamento com a família e até com Deus. Temos sempre mais um episódio da série para ver ou navegar nas redes sociais, mesmo sabendo que o tempo gasto com isso poderia ser usado em outra atividade, como meditar na Bíblia. Queremos sempre comer mais um doce, mesmo depois de já estarmos saciados e cientes de que a rendição a ele pode ser um vício ou a gula nos dominando. O ser humano sempre quer se satisfazer mais com os prazeres terrenos. Há até quem deixe de lado seus valores e princípios, sua saúde ou sua família para priorizar o que é passageiro e mundano. Não importa o que custe, pois, lamentavelmente, o prazer terreno se sobrepõe à eternidade.
Ela aprendeu a escolher
A banker de investimentos Elaine Fernandes, de 50 anos, cuja primeira infância foi tranquila, viveu esse tipo de história. Caçula de uma grande família de dez filhos, ela sempre se sentiu muito amada, segura e cuidada por todos. A segurança, porém, acabou com a morte de seu pai. “Eu tinha 7 anos e minha mãe ficou sozinha e, com meus irmãos mais velhos, tornou-se responsável por sustentar a casa. Tínhamos restrições financeiras, mas nunca passamos fome”, diz.
Ao completar 18 anos, ela só tinha um desejo: mudar de vida e proporcionar conforto à família. Elaine relata o que viveu: ela engravidou e teve um filho, mas nem mesmo a maternidade a impediu de depositar sua esperança nos prazeres momentâneos: “eu trabalhava durante o dia e a noite ia às baladas. Bebia, me envolvi com vários homens e tive três casamentos frustrados. Eu não dava certo com ninguém. Eu tinha um bom salário, mas vivia ‘no vermelho’, fazia empréstimos e até peguei dinheiro com agiotas. Eu tomava antidepressivos e me consultava com psicólogos. Tudo que eu queria era preencher o vazio da minha alma com coisas e pessoas”.
E quanto a Deus? Ela diz que Ele nem sequer estava na sua lista, muito menos entre suas prioridades. Para piorar a situação, ela nutria um enorme preconceito contra a Igreja Universal por conta das fake news que acompanhava na mídia. Mas no íntimo ela sabia que não estava segura: “sempre vinha o pesar, a tristeza, a angústia e a depressão”. Esse cenário só mudou quando ela reencontrou o amigo de infância Vilson de Araújo, de 56 anos, corretor de imóveis.
Ele a convidou para ir à Universal e, depois de muito resistir, ela aceitou o convite. Bastou que ela ouvisse a Palavra de Deus pela primeira vez para que percebesse que havia vivido anos de sua vida depositando sua confiança no que era passageiro e passível de destruição. “Fui ouvindo a Palavra, obedecendo e agindo a Fé. Deixei a Elaine antiga e minha vida foi transformada quando recebi o Espírito Santo. Hoje sou uma mulher realizada e não há nada mais importante na minha vida do que a minha comunhão com Deus. Tenho paz, me casei com o meu amigo de infância que me levou à Igreja e tenho uma família abençoada. Quitei todas as dívidas e nunca mais precisei pedir dinheiro emprestado”, revela. Isso só foi possível quando, há 11 anos, ela deixou de depositar sua confiança no que é efêmero e passou a confiar em Deus e a obedecer a Sua Palavra.
Qual é a sua resposta?
O fato de Elaine ter conquistado bens é um simples detalhe, quando comparado a ter o Espírito Santo habitando dentro dela. Em relação a isso, o Bispo Sidnei afirma: “a verdade é que, quando a pessoa recebe o Espírito Santo, ela recebe a plenitude de Deus dentro dela e não existe nada nem ninguém que possa se comparar a isso. O Senhor Jesus disse: ‘aquilo que meu Pai me deu é maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar’ (João 10.29 – ARA)”.
Assim como as coisas terrenas podem ser destruídas pela traça e pela ferrugem, podem ser roubadas, levadas pela água ou consumidas pelo fogo, não podemos nos esquecer que nosso corpo também perece, porque, assim como tudo nesse mundo é passageiro, nós também somos e, para falar a verdade, somos ainda mais passageiros do que aquilo que o dinheiro é capaz de tornar palpável – visto que há, por exemplo, construções milenares que permanecem de pé apesar das catástrofes que já enfrentaram. Por isso, dentre tantos trechos da Sagrada Escritura, há um alerta em Lucas 12.20 que precisa ser repetido: “Louco! Esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?”
Um dia nosso corpo voltará ao pó e nosso espírito voltará a Deus (Eclesiastes 12.7), mas o destino eterno da nossa alma é definido por cada um de nós dia após dia. “O que tens preparado, para quem será?” é uma pergunta que deve ser respondida individual e repetidamente. Nesse sentido, qual é o destino você deseja?
Se deseja salvar a sua alma e garantir a eternidade ao lado do Altíssimo, há um caminho apresentado pelo Salvador: “se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me” (Lucas 9.23), porque “a vida eterna é esta: que Te conheçam, a Ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste. Eu glorifiquei-Te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer. E agora glorifica-me Tu, ó Pai, junto de Ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse” (João 17.3-5).
Tudo que você precisa é se destituir do orgulho, da vaidade, das próprias vontades, dos anseios pelas coisas terrenas e do próprio eu para seguir o Senhor Jesus, priorizando a sua comunhão com Deus. “Se Deus não for o primeiro na sua vida, Ele não faz parte dela. Porém, quando você toma a decisão de ser o segundo e Ele o primeiro, você nunca estará sozinho, como descrito em Salmos 16.8: ‘tenho posto o Senhor continuamente diante de mim; por isso que Ele está à minha mão direita, nunca vacilarei’. Para manter essa comunhão com Deus, é necessário sacrificar o nosso eu, ou seja, as nossas vontades todos os dias e o dia todo, procurar meditar nas Escrituras Sagradas e vigiar e manter uma vida de oração diária, pois Deus está comigo enquanto eu estiver com Ele e o mesmo será com você”, alerta o Bispo.
Hoje as notícias divulgam os incêndios na Califórnia, mas amanhã será outra catástrofe em outro local. Ela revela nas entrelinhas o quão limitado e vulnerável é o ser humano e o quanto as coisas deste mundo são perecíveis. Portanto “vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora em que o Filho do homem há de vir. (…) E quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória; e todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas; e porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda. Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo” (Mateus 25.13 e 31-34). Para herdar a vida eterna, basta ser semelhante à ovelha que não se apega a nada nem a ninguém, pois confia apenas em seu Pastor.
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