Ele tentou o suicídio três vezes antes de conquistar nova vida

Maurício Pereira precisou lutar contra a depressão, a agressividade e os vícios e encontrou forças para isso no Espírito Santo

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O operador de máquinas Maurício Pereira de Souza Junior, de 31 anos, nasceu em Campinas (SP). Ele conta que viveu com a mãe até os 8 anos e então foi entregue ao pai: “minha infância foi repleta de sofrimento. Minha mãe me mandou embora de casa porque ela tinha um desequilíbrio emocional causado por problemas espirituais e eu era uma criança bem arteira. Fui morar com meu pai que, em razão do trabalho, era ausente. Então, passei a ficar muito tempo na rua e busquei algum tipo de apoio nas amizades”.

Por viver nas ruas, não demorou para que ele conhecesse as drogas e a marginalidade. “Experimentei maconha aos 14 anos e com 15 anos conheci a cocaína e cometi vários delitos, como vandalismo, agressão, etc. Fui expulso de três escolas. Eu não respeitava ninguém, tampouco meu pai”, diz.

Além de nervoso e agressivo, ele se tornou depressivo. “Tentei o suicídio três vezes. Na primeira, me faltou coragem de concluir a iniciativa; na segunda, uma namorada da época me impediu; e, na terceira, meu pai não permitiu que eu o concretizasse. Qualquer coisa que acontecia eu pensava em me matar. Eu sentia gosto de sangue na boca. Uma vez, durante uma briga com um rapaz, eu estava bêbado e drogado, dei uma facada nele e depois bebi parte do sangue dele. Algo muito diabólico acontecia comigo.”

Preso e sozinho
Ele relata que não tinha limites e passou a traficar e a praticar assaltos. Todo o dinheiro que ele arrecadava era gasto com drogas até que, em 2014, aos 23 anos, ele foi preso. “Ali eu fiquei sozinho. Minha namorada me abandonou. Minha família também não me visitava e meu pai foi poucas vezes. Eu não tinha mais ninguém, não recebia cartas nem notícias ou visitas.”

Embora fosse um período de sofrimento, foi nessa fase que ele enxergou uma forma de mudar sua vida: usando a fé. Ele conheceu a Palavra de Deus com o trabalho realizado pelo grupo Universal nos Presídios (UNP) e conta como foi sua experiência: “eu vi o esforço dos pastores e obreiros. Todos os dias tinha alguém da Universal lá dentro. Foi quando comecei a assistir às reuniões e lembro que fiz uma oração e falei: ‘Deus, cheguei a um ponto em que já não aguento mais e preciso de uma resposta do Senhor’. Eu não era da Igreja, não tinha o Espírito Santo, mas tinha fé. Eu não obedecia, mas acreditava”.

Levou o mais importante
Depois de cinco anos e oito meses detido, em junho de 2020, Maurício foi solto. “Eu doei minhas coisas para os que ficaram e só peguei uma Bíblia que ganhei de um pastor da Universal. Eu estava decidido a não voltar mais para o crime, mas não abandonei a maconha nem a cocaína. Continuei fumando e bebendo. Contudo eu já não estava aguentando aquele vazio e tristeza e, nas noites em que não conseguia dormir, eu só chorava”, diz.

Maurício conta que já sabia algumas coisas sobre o Espírito Santo. “Eu aprendi com o trabalho da UNP. Os obreiros doavam livros e entre eles estava um do Bispo Macedo chamado Nos Passos de Jesus. Graças à leitura dele, aprendi o caminho que teria de percorrer para receber o Espírito Santo e aquilo ficou gravado em mim”.

Além disso, foi o desejo de se livrar da depressão e dos vícios que o escravizavam que o levou a buscar ajuda na Universal em uma quarta-feira. Era o dia 9 de dezembro de 2020.

Jejum de Daniel e nova vida
Maurício assegura que assim que pisou na Universal se libertou dos vícios. “Em uma oração, me entreguei e falei para Deus: ‘eu sei que o Senhor está aqui e por isso vou sair diferente. Não serei mais o mesmo Maurício’. A partir daquele dia, nunca mais fumei. Eu estava com 29 anos e fumava desde os 14 anos. Nunca mais bebi, não me droguei nem tive vontade. Fui batizado nas águas e ficava atento quando o pastor falava do Espírito Santo, pois eu sabia que era tudo de que eu precisava”, relata.

Pouco tempo depois, em março de 2021, a Universal promoveu o Jejum de Daniel, propósito baseado no caso bíblico de Daniel, que jejuou por três semanas para se aproximar de Deus e alcançar favor, sabedoria e entendimento. Durante esse período, ele não se alimentou com o que lhe dava prazer e, da mesma maneira, quem participa do Jejum de Daniel buscando a aproximação de Deus se abstém do que é secular, como entretenimentos vazios, e se dedica à vida espiritual. Maurício aproveitou essa oportunidade. “Eu determinei que receberia o Espírito Santo. Eu trabalhava como pintor e na hora do almoço meditava na Palavra de Deus, orava e me envolvia com as coisas de Deus. Lembro que eu ficava o tempo todo pensando no Espírito Santo, eu O desejei de verdade. Eu ouvia as pregações do Bispo Macedo no trabalho com um fone de ouvido”.

No nono dia do Jejum de Daniel, ele recebeu o Espírito Santo. “Senti uma imensa alegria. Eu nasci de novo. No dia que recebi o Espírito Santo minha vida mudou. Eu já não estava mais sozinho. Não vivo mais no pecado e a paz que tanto busquei só Deus pôde me dar. Depois disso, já passei por situações de injustiça com pessoas que duvidaram da minha mudança, mas nada me abala. Posso enfrentar o mundo inteiro porque aquele que é nascido de Deus vence”, diz.

Maurício diz que hoje é feliz, se casou com uma pessoa que professa a mesma Fé que ele e juntos se dedicam à missão de levar vida aos sofridos por meio do Evangelho. Ele construiu uma ótima relação com seus pais e deixa um conselho para quem quer receber o Espírito Santo durante o Jejum de Daniel: “você tem que dar o seu máximo. Desde o seu primeiro pensamento de manhã até o da hora de dormir deve ser de receber o Espírito Santo. Coloque-O como a sua maior prioridade. Se você fizer o seu máximo, Deus dará o Espírito Santo a você”.

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Colaborador

Kelly Lopes / Fotos: cedida e Luka Lajst/getty images