Ela era mais uma vítima da depressão

Conheça a história de Chrissy, que por décadas sofreu com o problema

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Mais de 300 milhões de pessoas sofrem de depressão em todo o mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). O órgão também alerta que pelo menos 30% da população mundial vai enfrentar algum episódio do transtorno ao longo da vida.

Chrissy aos 16 anos

A britânica Christoulla Odysseos Boodram, de 46 anos, já fez parte desta estatística. Cresceu em um lar amoroso, mas aos 16 anos desenvolveu depressão e ataques de pânico, frutos de um irracional medo da morte.

“Era muito tímida e insegura e, mesmo sem nenhum trauma ou razão aparente, tive esses problemas. Nunca esquecerei o dia em que tive meu primeiro ataque de pânico. Só quem passou por isso sabe como é horrível. Eu tremia incontrolavelmente, gritava. Por causa disso, desenvolvi complexos, ganhei muito peso e passei a odiar minha aparência”, lembra.

Os pais tentaram ajudá-la da melhor maneira que podiam: procuraram ajuda médica, deram amor, compreensão, mas nada disso resolveu. Chrissy, como também é chamada, acabou se afastando da família.

Vida de aparência

A jovem passou pela faculdade sem contar seus problemas a ninguém. Sorria, mas por dentro continuava com o mesmo vazio. “Eu sentia inveja das outras pessoas que riam de verdade. Meus sorrisos eram falsos, dentro de mim era uma bagunça”, conta.

Ela, então, conheceu seu atual marido, Michael. Talvez um relacionamento a ajudasse a tirar a atenção dos seus problemas internos. Infelizmente, não foi o que aconteceu.

“Houve bons momentos, nos amávamos, mas eu era carente e criei uma dependência dele. Era obsessiva e brigávamos muito, até fisicamente”, diz.

Corda de salvação

Por meio de uma placa nas ruas de Londres, ela viu a luz no fim do túnel. O letreiro dizia: ‘Vale a pena orar?’.

“Bem, eu tentei de tudo, então por que não tentar isso? O que eu tinha a perder?”, recorda. Ela ainda não sabia, mas o local era um templo da Universal.

“Entrei, ainda tremendo de um ataque de pânico na noite anterior. Fui bem recebida, me senti em casa. A pessoa com quem falei parecia me entender completamente e a melhor parte disso era que ela acreditava que minha vida poderia mudar, que eu poderia ser feliz. Isso significou muito para mim, porque eu quase parei de acreditar em mim mesma”, confessa.

Obedecendo aos conselhos que recebeu, o resultado não podia ser outro: seu interior foi transformado e, consequentemente, seu casamento. Por terem vencido tantos problemas, decidiram se dedicar à obra de Deus, a fim de mostrar que existe cura para a depressão.

“Como sabemos que existe uma solução para a depressão e qualquer outro problema na vida, não podemos viver para nós mesmos, enquanto as pessoas estão sofrendo”, afirma.

Depressão tem Cura

Um dos projetos que Chrissy faz parte é o Depressão tem Cura (DTC). Criado em 2019, ele tem o objetivo de ajudar pessoas que sofrem com a doença, mostrando que por meio da fé é possível, sim, superar o problema.

“Realizamos ações em lugares públicos, como praças, hospitais, viadutos, metrôs, oferecendo atendimento e orientações. Também doamos exemplares do livro Eu Venci a Depressão”, fala o responsável pelo grupo aqui no Brasil, Pastor Jefferson Garcia, cujo trabalho é realizado em diversas partes do mundo com o mesmo propósito: o de salvar as pessoas que se encontram nessa condição.

Às sextas-feiras, na Universal, também acontece a reunião de combate à depressão. Em São Paulo, no Templo de Salomão, os horários são 10h, 12h, 15h e 20h. O endereço é Avenida Celso Garcia, 605, Brás, zona leste. Mas você pode participar em qualquer Universal. Encontre o endereço da igreja mais próxima da sua casa aqui.

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Colaborador

Rafaella Rizzo / Fotos: Reprodução