Dúvida ou fé desbaratadas?

Há uma guerra que acontece no interior de cada um e, nesse cenário, somos bombardeados pelas dúvidas diariamente. Saiba como confrontar e resistir a elas

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Diariamente precisamos confrontar as dúvidas e, às vezes, por uma, duas, três ou por quantas vezes forem necessárias. A Fé depende dessa firmeza. Muitas pessoas perdem tempo e fôlego espiritual porque passam muito tempo dedicando-se a elas, em vez de colocá-las para fora e buscar a certeza.

Dúvida é ausência de Fé e ausência de Fé é ausência de certeza. Além disso, a dúvida tende a revelar uma falta de confiança. Por isso, para a preservação da própria Fé (que é convicção) e da boa consciência, a postura não pode ser afrouxada. Não dá para negociar com o inegociável.

NÃO É BEM ASSIM?
Quem acha que não é bem assim pode trazer à memória um episódio que aconteceu nos primórdios da Humanidade e que, sorrateiramente, ainda acontece nos dias de hoje. Foi no Éden que Eva concedeu ao diabo o benefício da dúvida e, assim, deu crédito a uma palavra sedutora que implicava imediatamente à desobediência de uma direção dada por Deus. Assim como fez Eva, muitos dão trégua a vozes que não deveriam ser respondidas.

“Mas a serpente, mais sagaz que todos os animais selváticos que o Senhor Deus tinha feito, disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim? Respondeu-lhe a mulher: Do fruto das árvores do jardim podemos comer, mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Dele não comereis, nem tocareis nele, para que não morrais. Então, a serpente disse à mulher: É certo que não morrereis. (…). Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu.” (Gênesis 3.1-6).

Como consequência, a dúvida traz consigo, além da possibilidade do pecado, o medo, algo que aqueles que se entregam a ela sentem na pele.

A consequência do pecado intimida, muitas vezes, o pecador a se aproximar da presença de Deus, porque a dúvida lhe atormenta.

“Quando ouviram a voz do Senhor Deus, que andava no jardim pela viração do dia, esconderam-se da presença do Senhor Deus, o homem e sua mulher, por entre as árvores do jardim. E chamou o Senhor Deus ao homem e lhe perguntou: Onde estás? Ele respondeu: Ouvi a tua voz no jardim, e, porque estava nu, tive medo, e me escondi.” (Gênesis 3.8-10).

QUEM ESTÁ NO CONTROLE
Em uma guerra, não há outra escolha ou meio-termo: ou você vence ou é vencido; ou ataca ou é atacado. Nesse campo espiritual, o diabo usa de artimanhas para neutralizar a Fé de cada um e a dúvida – sua munição – é arremessada quantas vezes forem necessárias.

Muitos cristãos entram em conflito porque, ao ouvir a voz da dúvida, são convencidos de que aquelas palavras, na verdade, são pensamentos deles e, em muitas ocasiões, não se veem como merecedores da misericórdia Divina.

Muitas pessoas nascidas de Deus, inclusive, acabam entrando em conflito, pois são bombardeadas por palavras convincentes geradas pela dúvida e ficam convencidas de que aqueles pensamentos, na verdade, vieram delas (e não do inferno).

Nesse enredo, um ponto de interrogação tende a ser carimbado na Fé e, dessa forma, a dúvida encontra uma porta aberta para se instalar.

Não dá para ser gentil com quem entra na sua casa sem ser convidado. A única forma de colocar a dúvida no lugar dela é questioná-la. Aprenda e tenha prazer em confrontá-la e duvide de cada uma. Uma Fé arrojada depende de uma atitude arrojada: ou você desbarata as dúvidas, ou, então, acaba tendo sua Fé desbaratada por elas. Ou você as enfraquece fazendo uso da Palavra de Deus ou, então, se vê em um patamar espiritualmente enfraquecido.

NO QUE PENSAR
Quem tem a vida direcionada pela Voz de Deus encontra nas Palavras dEle forças para resistir às jogadas e ideias infernais. Em Tiago 1.25 conhecemos um jeito de aniquilar as dúvidas e os demais conflitos ao extrair a essência da Palavra de Deus, que traz vida e paz. E, para isso, é necessário um coração desejoso por entendê-la. “Aquele, porém, que atenta bem para a lei perfeita da liberdade, e nisso persevera, não sendo ouvinte esquecediço, mas fazedor da obra, este tal será bem-aventurado no seu feito.” Dessa forma, toda dúvida perde o sentido.

Além disso, quando aprendemos que podemos escolher o que pensar, reduzimos as possibilidades de dúvida. “Finalmente, irmãos, tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas.” (Filipenses 4.8).

Pense nisso e golpeie toda e qualquer confusão espiritual.

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Colaborador

Flavia Francellino / Getty images