Cursos da UNP formam mais de 25 mil alunos em presídios de todo o Brasil
Iniciativa soma cerca de 650 disciplinas concluídas; formatura principal acontece na Penitenciária Feminina de Sant’Anna (SP)
A Universal nos Presídios (UNP) encerra 2025 com 655 cursos finalizados e 25,5 mil formandos em unidades prisionais de norte a sul do país. Realizadas desde 2023, as formaturas integram o trabalho de ressocialização desenvolvido pelo programa social. Na capital paulista, a principal formatura do ano acontecerá na Penitenciária Feminina de Sant’Anna, no dia 19/12, a partir das 9h.

Os participantes concluíram capacitações em áreas como horticultura, beleza e bem-estar, elétrica, pintura, hotelaria e restauração, corte e costura, culinária, construção civil, pet sitting, pet shop, secretariado, soldagem, limpeza de estofados, vendas e e-commerce, entre outras.
Os cursos têm duração média de 1 mês e meio a 2 meses, com cerca de 24 horas de carga horária, e todos os alunos recebem certificado — etapa que fortalece a reintegração social e aumenta as oportunidades no mercado de trabalho após o cumprimento da pena. Em todo o Brasil, mais de 40 mil voluntários apoiam as atividades.

Formação que gera novas oportunidades
Dados públicos reforçam a relevância do projeto. Segundo a Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN), mais de 164 mil detentos participam de atividades educacionais, e a oferta da profissionalização está diretamente associada à redução da reincidência criminal.
Para o responsável pela UNP, Clodoaldo Rocha, “a importância de ações como essas transcende a capacitação, pois aborda a difícil realidade do preconceito e a negação de oportunidades de emprego no pós-cárcere. A combinação de uma mente transformada e a qualificação profissional resulta em histórias reais de superação e reintegração social”.

A professora Maria Santos, do curso de Brigadeiro Gourmet Artesanal e Geração de Renda junto ao Centro de Progressão Penitenciária Feminino do Butantan, em São Paulo (SP), destaca que contribuir para a ressocialização é uma experiência transformadora. Segundo ela, saber que seu trabalho ajuda detentas a adquirirem uma habilidade lucrativa e dignidade reforça o propósito da iniciativa. “Pequenas ações podem gerar grandes transformações na vida de cada aluna e, consequentemente, na sociedade.”
De janeiro a junho deste ano, no Brasil e no mundo, mais de 660 mil pessoas foram alcançadas pelas ações da UNP, consolidando o impacto do programa na vida das pessoas.
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