Cuidado! o mal tem a sua família como alvo

Muitas pessoas sofrem emocionalmente hoje porque tiveram exemplos e experiências traumáticas na infância. Saiba como agir para acabar com o mal pela raiz

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O número de crianças que apresenta problemas emocionais aumenta ano a ano. Segundo dados do Ministério da Saúde, houve uma elevação de 52% dos casos de depressão em adolescentes e adultos na faixa etária de 15 a 29 anos entre 2015 e 2018. Isso sem falar da taxa de suicídio em crianças de 10 a 14 anos que nos últimos 15 anos aumentou 200%.

Todos esses números mostram que é preciso olhar com mais cuidado para o ambiente onde os pequenos estão crescendo.

De acordo com a neuropsicóloga Amanda Bastos, a ausência de uma estrutura familiar está entre os principais motivos que corroboram para esses tristes resultados. “A família é o primeiro vínculo social do indivíduo. Com ela temos o nosso primeiro aprendizado sobre o funcionamento da sociedade, sobre valores, deveres e direitos. Se a família apresenta uma estrutura disfuncional, aumenta a probabilidade de que a criança reproduza tais comportamentos em suas outras relações e desenvolva até mesmo doenças emocionais”.

Pai ausente prejudica o desenvolvimento
A cabeleireira Márcia de Paula Moreira da Silva, de 36 anos, conta que a ausência paterna trouxe muitas consequências emocionais a ela.

“Meus pais se separaram antes de eu nascer e ele se ausentou da minha criação. Então, minha mãe tentou desempenhar os dois papéis. Só que, além do desafio de me criar sozinha, morávamos com outros parentes que, assim como ela, bebiam e fumavam, então, era um ambiente de muitas brigas.”

Na adolescência, ela buscou curar a dor que a falta de estrutura familiar trouxe com festas. “Eu era uma jovem depressiva, mas tentava me mostrar forte para as pessoas. Buscava curar a ansiedade e a depressão com baladas. Pensava que se estivesse rodeada de ‘amigos’ me sentiria feliz, mas nada preenchia aquela dor.”

Márcia é mais uma dentre muitas pessoas que sofrem com distúrbios psíquicos porque não têm ou não tiveram um pai presente. Essa relação é cientificamente comprovada. Após analisar 47 artigos científicos sobre o tema, a Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, concluiu que a ausência paterna afeta negativamente o desenvolvimento de crianças e adolescentes e até resultam em transtornos psicológicos.

Voltando à história de Márcia, sua vida ganhou um novo rumo quando ela começou a frequentar as palestras da Universal e descobriu que a raiz de todos os seus problemas estava na família. “Tinha 16 anos quando assisti a um programa da Universal na TV que chamou minha atenção. Nele, as pessoas contavam que tinham vencido a depressão por meio da fé. Então, decidi ir a uma reunião. E, depois de começar a frequentar, entendi que eu era daquele jeito porque tinha crescido em um lar bagunçado e que somente o Espírito Santo poderia me curar de tamanha dor. Foi quando entreguei toda a minha vida a Deus e decidi buscar esse novo caminho”.

Algum tempo depois, Márcia conheceu Márcio Anderson Bittencourt da Silva, (foto abaixo) de 37 anos, que também é cabeleireiro. “Nos interessamos um pelo outro e decidimos namorar. O que me chamou atenção nele é que, como eu, ele foi criado em um lar cheio de brigas e não queria fazer o que seus pais fizeram quando formasse sua própria família.”

Cuidado! o mal tem A SUA FAMÍLIA como alvo

Quando se casaram, eles decidiram fazer diferente de tudo que tinham aprendido. “Temos uma filha, a Gabrielle, de 15 anos. Buscamos ensiná-la a importância da fé e a educamos por meio de exemplos. Evitamos discutir na frente dela, somos presentes e mostramos a necessidade de ter um bom casamento”, conclui Márcio.

Com essas atitudes deles, a neuropsicóloga Amanda Bastos explica que a tendência é que a filha deles siga seus bons exemplos. “A família é principal fonte de educação social. Erroneamente, muitas famílias atribuem essa responsabilidade à escola, mas este ensino não cabe aos professores. Os pais são as primeiras figuras de referência dos filhos e são os primeiros modelos a serem copiados. O papel dos pais é fundamental. Eles são os responsáveis por amparar, acolher, impor limites e ensinar valores.”

Quando o bom exemplo vem de berço
Os pais do empresário Clemilton Vieira de Menezes, (foto abaixo) de 50 anos, ensinaram a importância da união familiar e do caráter para ele desde a infância. “Também aprendi a necessidade de seguir a Jesus. Minha mãe fazia muitos propósitos de orações por mim.”

Cuidado! o mal tem A SUA FAMÍLIA como alvo

Quando casou com a empresária Maria Bernardette Melo Menezes, ele buscou levar para o casamento os valores aprendidos. “No início, vivenciamos problemas financeiros e isso nos levou a conhecer o trabalho da Universal. Entendi que, além do respeito, precisaríamos ter Deus como base. Então nossa união aumentou e se consolidou”, constata.

Eles tiveram duas filhas que contam que a transparência e o exemplo de fé dos pais em sua educação. “O fato de nossos pais terem nos ensinado o caminho da fé evitou muitas experiências ruins. E, mesmo tendo contato com o ‘mundo’, já sabíamos o que era certo e errado.

Além disso, levo comigo o respeito e a obediência que temos e sempre teremos com eles”, destaca Beatriz Menezes Valente, a filha deles, de 22 anos, que é casada com um pastor da Universal.

Sua irmã, a acadêmica em enfermagem Brena Melo Menezes, de 20 anos, acrescenta que, quando eles passaram por momentos difíceis, foi a fé e o exemplo do pai que os ergueram. “Nem sempre fomos felizes, mesmo sendo um modelo de família. Tivemos lutas e dificuldades, mas seguimos em frente.”

Vencendo a desestruturação familiar

A dona de casa Rayla Pereira de Lima, de 29 anos, foi uma das pessoas que não aceitaram viver em um lar destruído e lutaram para mudar o cenário. “Eu e o Dione estávamos juntos há 12 anos, mas não tínhamos uma vida feliz. Era sempre a última a saber de suas decisões, não existia diálogo entre nós e ele priorizava os amigos à família. Por conta disso, brigávamos muito.”

Por presenciar tantas discussões, o filho mais velho do casal, Jhonata, de 12 anos, se tornou uma criança muito calada. “Ele tinha até medo de dormir sozinho. Comecei a perceber essas mudanças de comportamento e conversei com meu marido, mas nada resolvia.”

Eles chegaram a ficar separados por três meses. Só que, ao ver que o casal precisava de ajuda, a cunhada de Rayla os convidou para ir a uma palestra da Universal. “Eu tinha insônia e assistia aos programas da Igreja na TV. Então, reatamos e decidi ir à Universal. No começo, não vi nenhuma mudança. Até que em uma reunião ouvi uma palavra que foi uma orientação de Deus para a minha vida: ‘Até quando você vai continuar do mesmo jeito e fazendo as mesmas coisas? Aqui você diz que vai mudar, mas quando chega em casa faz tudo igual!’ Aquilo me despertou. Entreguei minha vida nas mãos de Deus.”

Ao ver a mudança de comportamento da esposa, o autônomo Dione Gondim de Oliveira, (foto abaixo) de 33 anos, decidiu acompanhá-la em uma reunião. “Foi lá que entendi a importância de mudar para ser, em primeiro lugar, filho de Deus e, depois, um bom marido e pai. Não éramos casados, só estávamos juntos, mas, quando decidimos obedecer a Deus, nos casamos no civil e recebemos a bênção do Altar”, diz.

Hoje, eles afirmam que construíram uma família feliz. “Eu sei bem o que significa ter uma família desunida. Não poderia permitir que isso se repetisse com os meus filhos e decidi agir agir pela fé e confiar em Deus. Como resultado, o Senhor tem cuidado de nós. É por isso digo que é muito importante ter uma família estruturada com base na fé no Altíssimo”, conclui Rayla.

Não desista da sua família
Não importa se você não teve uma boa criação ou bons exemplos na infância. O que importa é o que você fará daqui para a frente: repetirá os erros que seus pais cometeram no passado ou agirá de forma distinta?

Nesse contexto, para mudar a realidade familiar, é preciso investir na fé inteligente. É ela que, segundo o Bispo Renato Cardoso, dá a garantia, que vem do próprio Deus, de que sua família será bendita. “Dessa forma, você não deve ficar olhando para o problema do seu familiar. Não olhe para o pecado do seu familiar nem olhe para a condição do seu familiar. Olhe para a fé. Olhe para o poder de Deus. Certamente, Ele cuidará da família daqueles que depositam nEle sua fé.”

O Bispo Macedo lembra que Deus é família: “Deus-Pai, Deus-Filho e Deus-Espírito Santo. Ele projetou a raça humana para viver em família. A família terrena foi projetada para refletir a Família de Deus. O projeto Divino como um todo foi corrompido. Não o projeto individual. O Espírito de Deus tem buscado pessoas para constituir famílias. Famílias que exalem o perfume da Família de Deus neste mundo. Quem está disposto a servir como instrumento do Espírito Santo? Quem está disposto a sacrificar seus sonhos pelos de Deus?”

Então, se você quer ter uma família abençoada, as principais instruções para conquistar isso estão com o Criador dela, o Todo-Poderoso.

Se aproxime dEle, busque conhecer Sua palavra, frequentar a Sua casa e se tornar Seu filho. Com certeza, você colherá muitos bons frutos e será um exemplo para muitas pessoas que não acreditam mais nos valores familiares.

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Colaborador

Ana Carolina Cury / Fotos: Getty images e cedidas / Arte: Edi Edson