Entre 1º e 5 de agosto, pelo menos nove cristãos, incluindo um policial, foram mortos em uma série de ataques contra vilarejos cristãos em Agatu, no estado de Benue, Nigéria.

Os moradores relatam que pastores Fulani armados invadiram aldeias, atacaram comunidades agrícolas e fugiram logo após a ofensiva.

Por que isso importa:

Os ataques reforçam o quadro de perseguição aos cristãos na Nigéria, país que lidera o número de mortes de fiéis no mundo. A violência não é isolada: ela faz parte de um padrão sistemático de agressões contra comunidades cristãs.

O contexto:

• As aldeias atacadas incluem Okwutanobe, Okpokpolo, Olegagbani e Ikpele;
• Testemunhas confirmaram que os ataques ocorreram em dias consecutivos, deixando um rastro de destruição;
• Líderes locais acreditam que a motivação está ligada a conflitos agrários e suposto roubo de gado.

O cenário mais amplo:

A violência em Agatu se soma a um histórico de perseguição.

• Em 2023, mais de 2.000 pessoas morreram em ataques atribuídos a pastores Fulani.

• A Portas Abertas apontou a Nigéria como o país mais letal para cristãos em sua Lista Mundial da Perseguição 2024. E em 2025 ocupa o 7º lugar nessa mesma listagem.

• Mais de 20 mil famílias deslocadas vivem em campos de refugiados ou dependem de parentes em áreas mais seguras.

O elo com o Dia Internacional de Homenagem:

Em 21 de agosto, o mundo marca o ‘Dia Internacional de Homenagem às Vítimas da Violência Baseada na Religião ou Crença’.

• Os ataques em Agatu dão rosto a essa data;
• Eles mostram como comunidades cristãs, mesmo em pleno 2025, ainda pagam com a vida por sua fé;
• A perseguição religiosa, portanto, não é apenas uma memória histórica, mas uma realidade diária.

O que dizem os líderes:

James Melvin, presidente do condado de Agatu, condenou os ataques:

• “Posso confirmar que nove pessoas, incluindo um policial, foram mortas. Acredito que os ataques foram uma represália, mas apelamos para que confiem no governo e não façam justiça com as próprias mãos.”

Como resultado:

Organizações cristãs e humanitárias pedem:

• Mais segurança para comunidades rurais;
• Investigações sérias para punir os responsáveis;
• Apoio emergencial às famílias deslocadas.

Enquanto isso, igrejas locais continuam a atuar como centros de apoio espiritual e social, servindo muitas vezes também como abrigos para sobreviventes.

O quadro maior:

Portanto, a perseguição aos cristãos na Nigéria continua a crescer. Entretanto, a fé se mantém como pilar central da identidade dessas comunidades. Desta maneira, o Dia Internacional de Homenagem lembra que cada ataque não é apenas um evento isolado: é parte de uma luta maior pela liberdade de crença e pelo direito de viver a fé sem medo.