Conheça a origem do “Dia internacional contra a discriminação racial”

A data é em homenagem às vítimas do massacre de Shaperville, ocorrido em 1960, na África do Sul

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O dia 21 de março é marcado como “Dia internacional contra a discriminação racial”. A data é em homenagem as vítimas do massacre de Shaperville, ocorrido em 1960, na África do Sul.

O que aconteceu:

Na época o país vivia o Apartheid e 20 mil negros protestavam contra leis segregacionistas que limitavam os lugares onde os negros podiam circular.

A manifestação era pacífica, no entanto, tropas do exército atiraram contra a multidão no local, matando 69 pessoas e deixando 186 feridas. Assim, o episódio ficou conhecido como “Massacre de Shaperville”

Dessa forma, a Organização das Nações Unidas (ONU) separou a data para lembrar o mundo de que “todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos e têm o potencial de contribuir construtivamente para o desenvolvimento e o bem-estar de suas sociedades.”.

No Brasil:

Desde 5 de janeiro de 1989 existe a Lei 7.716/89, conhecida com Lei do Racismo. Ela pune todo tipo de discriminação ou preconceito, seja de origem, raça, sexo, cor, idade.

Em janeiro de 2023, a injúria racial passou a tipificar como crime de racismo, com pena de dois a cinco anos de reclusão. Enquanto o racismo é entendido como um crime contra a coletividade, a injúria é direcionada ao indivíduo.

Apesar de a conscientização sobre este assunto ser maior hoje do que há 35 anos, o preconceito ainda está muito presente na realidade no nosso País. De acordo com uma pesquisa realizada pelo instituto Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec), mais da metade (51%) dos brasileiros declarou já ter presenciado um ato de racismo. Seis em cada dez pessoas (60%) consideram que o Brasil é um país racista. Como lidar com as marcas que esse tipo de violência pode deixar?

Superando o racismo:

O programa Entrelinhas já abordou o assunto e mostrou como Beatriz Campelo superou as marcas do racismo que sofria desde a infância.

“Eu [me sentia] diferente dos demais. Era pobre e tratada como uma pessoa feia. Achava que Deus era tão preconceituoso quanto aquelas pessoas, e que Ele deveria, pelo menos, ter me dado um pai e uma mãe; pelo menos ter me feito ‘nascer branca’. Eu comecei a me achar uma coitada”, disse no programa.

Entretanto, ela venceu os complexos de inferioridade e mudou a visão sobre si mesma quando conheceu a Palavra de Deus. Nela viu que Deus a valorizava e entendeu como era preciosa, independentemente do que qualquer pessoa dissesse. “Naquele momento, não importava mais a opinião dos outros, a minha cor de pele, acabou o vitimismo. Eu recebi força, percebi como sou importante para Deus e isso bastava”, afirma.

Veja os detalhes de sua história assistindo ao programa:

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Colaborador

Rafaella Rizzo / Foto: iStock