A Central Nacional da Força Jovem Universal (FJU) recebeu, no dia 8 de dezembro, uma comitiva de Taiwan, representada pela Cônsul-Geral, Angeles Chu, e pela Diretora, Isabel Hsu. O principal objetivo da visita foi entregar, oficialmente, os instrumentos musicais doados para o projeto por meio do Instituto Mão Dupla. A comitiva foi recepcionada pelo Bispo Celso Júnior, responsável pela FJU.

Durante o evento, o Bispo falou sobre como se deu este encontro entre a Embaixada de Taiwan e a Força Jovem Universal.

“A oportunidade veio por meio do Deputado Gilmaci Santos e o contato que teve com a Embaixada de Taiwan. A Cônsul se interessou em ajudar o projeto, através do Instituto Mão Dupla, e doar um valor para aquilo que estávamos precisando. Então, apresentamos as aulas de instrumentos musicais. Com o valor doado, conseguimos comprar violões, guitarras, baixos, baterias, teclados. E hoje, começamos as aulas com os jovens que se inscreveram para participar disso gratuitamente. Então, quer dizer, estamos ajudando o jovem a desenvolver o talento dele, não ficar com o tempo ocioso e, além disso, trazendo novos jovens para conhecerem a Central, e para conhecerem o Templo também”, pontuou.

Ao que acrescentou o Deputado Gilmaci Santos:

“Eu entendo que esse encontro é muito importante. É a primeira vez que a FJU está recebendo de maneira oficial o Governo de Taiwan, formando uma parceria verdadeira, dando condição para a FJU desenvolver o seu trabalho cada vez mais. E o ponto mais importante é que esses instrumentos vão fazer a diferença na vida dos jovens, que é tudo isso que importa nesse projeto da FJU, é cuidar dos jovens.”

Um ano da Central Nacional da FJU

Nesse ínterim, o Bispo ressaltou que o evento também rememora o aniversário de um ano da Central Nacional da FJU, completado no dia 1º de dezembro. Ele destacou que a ideia sempre foi proporcionar atividades para os jovens e, desde o começo, o projeto oferece workshops, aulas de artes marciais, cursos de idioma, teatro, dança, entre outros. Ademais, os jovens ficaram mais unidos e têm a Central como ponto de referência.

“Aqui eles podem conversar, usar a biblioteca para ler e estudar. Eles aprendem disciplina com as artes marciais, por exemplo. Às vezes, os reunimos e falamos de um assunto espiritual. Então, é um ambiente que eles podem vir e crescer espiritualmente também (…) Além disso, eles limpam e organizam tudo, ensinando como cuidar dos ambientes, da casa deles, do quarto deles. Estamos fazendo esses jovens virarem homens e mulheres de Deus”, comentou.

Ele ainda acrescentou a importância e a segurança que isso representa também para a família do jovem: “Mudando a vida de um jovem, toda a família se beneficia. Uma coisa é a mãe saber que o filho está na rua, mas não saber exatamente onde ele está. Outra coisa é saber que ele está aqui dentro. Até o sistema de entrada é com reconhecimento facial. No momento que o jovem entra aqui, a responsabilidade é nossa. Então, aqui, ele está seguro, guardado. Vai aprender alguma coisa, usar o ambiente, a estrutura para algo bom. Lá fora, a mãe não tem controle.”

Incentivar o talento; desenvolver a personalidade

No mesmo dia da visita da comitiva de Taiwan, tiveram início as turmas inaugurais de bateria, guitarra, violão, teclado e contrabaixo, todas já equipadas com os novos instrumentos. Aliás, esta doação permitiu ampliar e fortalecer as aulas gratuitas que a Central FJU oferece aos jovens.

A Cônsul-Geral e a Diretora, da Embaixada de Taiwan, puderam conhecer detalhadamente todo o espaço do projeto, além de acompanhar algumas atividades desenvolvidas com os jovens e participar da inauguração das aulas de instrumentos musicais.

Taiwan é uma ilha localizada na Ásia Central (a 180 quilômetros da China), com uma população de apenas 23 milhões, que desempenha um papel de liderança na indústria internacional de alta tecnologia. O país é uma das maiores economias e um dos mais competitivos do mundo, especialmente no setor de semicondutores.

E, dessa forma, conforme explicou Angeles Chu, o país tem capacidade para fazer mais contribuições à sociedade internacional:

“Sobretudo, achamos que a cultura e a arte são uma plataforma universal para que os povos se vinculem mais estreitamente. Então, incentivar o talento e o desenvolvimento artístico dos jovens através da música e da arte é uma iniciativa muito positiva e significativa. Acreditamos que a doação é um investimento ao futuro dos jovens porque eles estão desenvolvendo a sua personalidade. E é muito importante que tenham explorado seus talentos por completo. Não somente no desempenho acadêmico, mas também na arte, na comunicação, nas artes marciais e potencialidade esportiva. Tudo isso é muito importante para formar uma personalidade integral.”

“O que você recebe, você consegue passar”

A jovem empresária Nicole Freire Spedini Hibbert, de 20 anos, foi uma das primeiras beneficiadas com as aulas de instrumentos musicais. Ela é integrante da FJU há exatamente um ano — o mesmo tempo que a Central Nacional da Força Jovem está em atividade.

“Há um ano eu estava na inauguração e hoje estou aqui de novo para as novas aulas. Eu desenvolvi muito com a ajuda do grupo. Aprendi a me integrar, lidar com outros jovens e a cuidar deles. Dentro da vida espiritual foi onde eu mais cresci e aprendi a ter maior comunhão. Tudo isso por conta da Central. As aulas me ensinaram que eu sou capaz de superar. Porque muita gente tem medo de começar algo novo. E quanto mais você aprende, mais consegue ajudar e alcançar outras pessoas. O que você recebe, você consegue passar”, contou.

Nicole participou da aula inaugural de guitarra e relatou como foi a experiência: “É um novo desafio mas, em momento algum, você se sente pressionado. Você sabe que vai dar certo porque tem alguém te instruindo com todo o cuidado do mundo. E aí, quando você consegue, é aquele sentimento de conquista (…) Sabemos o quanto essa doação foi importante. É um reconhecimento saber que estamos sendo vistos de tão longe. Cada vez que estamos aqui, queremos trazer uma pessoa nova, para que essa pessoa conheça o mesmo que conhecemos.”

 “Dar o melhor pelo desenvolvimento deles”

A professora voluntária Ana Augusta Salotti, ministra aulas de inglês e destacou a importância deste trabalho na Central.

“O importante é que esse ponto de encontro não é algo só para distração, é algo muito mais profundo. Nas aulas nós vemos a procura dos jovens, o engajamento maior. Aqui nós temos condições de infraestrutura, de dar o melhor para eles também, pelo desenvolvimento deles. Então, as aulas são muito mais dinâmicas, não tem interrupção. Hoje a gente vê os jovens mais interessados, descobrindo seus talentos. E nós, como professores voluntários, temos essa realização de poder dar o melhor para eles. Pois tudo isso contribui para o aprendizado, para que eles tenham um desempenho melhor, saindo daqui para o mercado de trabalho, e consigam aplicar o que aprenderam aqui”, disse.

Saiba mais

Neste mês, a Central Nacional FJU completou um ano de existência. Em apenas 12 meses, o espaço vem se tornando referência na formação e no desenvolvimento de talentos. De janeiro a junho de 2025, a FJU alcançou mais de 2 milhões de jovens no Brasil e no mundo, reforçando o compromisso em transformar vidas e criar oportunidades por meio da educação, cultura e esporte.