A “Graça” é um favor imerecido de Deus para com a humanidade, segundo a Bíblia. Trata-se de um presente Divino. É algo que não podemos comprar, porque não teríamos com o que pagar tamanho amor. É algo que não podemos conquistar, porque não teríamos méritos o suficiente para isso. Nós apenas a recebemos passivamente da Trindade Celestial.

O que é “Graça”:

• Este dom gratuito é uma expressão da misericórdia de Deus para com os seres humanos. E pode se manifestar de diversas formas: a salvação da alma de uma pessoa, o perdão dos pecados, a cura de uma enfermidade, o pão de cada dia, o batismo no Espírito Santo. Tudo vem de Deus e é para a glória dEle.
• Por exemplo, Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, afirmou: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus; não pelas obras, para que ninguém se glorie” (Efésios 2:8-9).
• Quando Pilatos disse que tinha autoridade para condenar Jesus Cristo ou soltá-Lo, ele foi arrogante. Ele achou que estava ocupando a posição de governador da província romana da Judeia por méritos próprios. Mas o Senhor Jesus deixou bem claro que ele só estava naquela cadeira porque Deus o havia colocado ali. “Respondeu Jesus: Nenhum poder terias contra Mim, se de cima não te fosse dado […]” (João 19:11).
• No famoso “Sermão do Monte”, o Senhor Jesus também ensinou: “Porque [Deus] faz que o Seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos” (Mateus 5:45). Desse modo, até mesmo as bênçãos dos injustos é “Graça” de Deus.
• No vídeo abaixo, o Bispo Edir Macedo ensina a respeito da “Graça” Divina na vida de uma pessoa:

A origem do termo “Graça”, na Bíblia:

• Paulo utilizou amplamente este conceito em suas cartas inspiradas. Mas o termo aparece em vários momentos ao longo da Bíblia.
• Paulo diz, só para ilustrar: “Porque a graça salvadora de Deus se há manifestado a todos os homens, ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, e justa, e piamente” (Tito 2:11,12).
• No grego, o idioma original do Novo Testamento, a palavra “Graça” é “χαρις (charis)”, que tem valor semântico de “bondade”, “presente” ou “benevolência”, por exemplo.
• Duas palavras com valor semelhante no Antigo Testamento, do hebraico, são “חֵן ou hen (favor)” e “חסד ou chesed (misericórdia)”.

Onde a Bíblia fala sobre a “Graça”?

• Há diversas passagens bíblicas que apontam para o significado desse benefício recebido de Deus. Podemos nos lembrar de algumas passagens:
• “Tu és bondoso e perdoador, Senhor, rico em graça para com todos os que Te invocam” (Salmos 86:5)
• “NEle temos a redenção por meio de Seu sangue, o perdão dos pecados, de acordo com as riquezas da graça de Deus” (Efésios 1:7).
• “Sendo justificados gratuitamente por Sua graça, por meio da redenção que há em Cristo Jesus” (Romanos 3:24).
• “Assim, aproximemo-nos do trono da graça com toda a confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça que nos ajude no momento da necessidade” (Hebreus 4:16).
• “O Senhor faça resplandecer o Seu rosto sobre ti e te conceda graça” (Números 6:25).
• “Mas Ele nos concede graça maior. Por isso diz a Escritura: ‘Deus Se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes” (Tiago 4:6).
• “E, se é pela graça, já não é mais pelas obras; se fosse, a graça já não seria graça” (Romanos 11:6).
• “Que nos salvou, e chamou com uma santa vocação; não segundo as nossas obras, mas segundo o Seu próprio propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos dos séculos” (2 Timóteo 1:9).
• Além disso, vale acrescentar que é importante que você não leia apenas os versículos isolados, mas compreenda dentro de qual contexto eles estão aparecendo. Isto serve para que você não faça uma compreensão equivocada do que o trecho quer dizer. Você também pode conferir comentários que explicam versículo por versículo. Para isso, consulte o app da Bíblia Fiel Comentada. Há a versão para Android e iOS. Ali, o Bispo Edir Macedo deixa anotações explicativas que vão lhe ajudar no processo de meditação do Texto Sagrado.

Qual é a maior expressão da “Graça” de Deus?

• O maior de todos os feitos dessa “Graça” foi quando Deus entregou o Único Filho que tinha para morrer em nosso lugar (João 3:16). Qual ser humano daria o próprio filho para salvar um pecador? Mas Deus não Se poupou pela Sua principal criação: a humanidade.
• Entretanto, infelizmente, a maioria das pessoas tem ignorado tamanha entrega. Assim, Deus vive a maior das injustiças, porque Ele “pagou, mas não levou”. No vídeo abaixo, o Bispo Renato Cardoso fala a respeito disso:

• Em resumo, tudo o que Deus espera em troca do sacrifício na cruz é obediência às orientações dEle e um relacionamento de qualidade. Sabemos disso, porque o Senhor Jesus disse: “Aquele que tem os Meus mandamentos e os guarda esse é o que Me ama; e aquele que Me ama será amado de Meu Pai, e Eu o amarei, e Me manifestarei a ele” (João 14:21).

A “Graça barata”:

• Há uma expressão comum no meio cristão sobre o tema: “Graça barata”.
• Ela se refere à banalização do sacrifício de Jesus Cristo na cruz e ao desrespeito a este amor Divino, que se manifesta por meios das bênçãos, por exemplo.
• A graça não é uma permissão para pecar, mas um poder Divino que transforma o coração e nos leva a buscar uma vida de retidão a Deus.
• Quando a pessoa compreende o tamanho do livramento da morte eterna e o quanto Deus é bondoso para com a humanidade, ela pode ficar até constrangida. Como confessou o apóstolo Paulo: “Porque o amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que, se Um morreu por todos, logo todos morreram” (2 Coríntios 5:14).
• Em outras palavras, ele quis dizer que é impossível ficar apático diante do que Jesus Cristo fez. O amor na cruz foi tão grande. Quando compreendemos o que foi feito, nós decidimos “morrer juntos” por meio de uma vida não ignorando mais a existência de Deus.

O que você precisa compreender sobre a “Graça barata”:

• Então, embora a “Graça” seja gratuita sobre nós, ela teve um custo: a morte de Cristo e a paciência de Deus para com a humanidade.
• A “Graça barata” ensina que não precisamos nos arrepender sinceramente dos nossos erros diante de Deus. Ela não exige uma mudança de mentalidade e de atitude do pecador. Ou seja, ela é completamente contrária ao que a Bíblia ensina.
• Portanto, “Graça” significa que há chance de recomeço para aqueles que decidem mudar. “Que o ímpio abandone o seu caminho; e o homem mau, os seus pensamentos. Volte-se ele para o Senhor, que terá misericórdia dele; volte-se para o nosso Deus, pois ele dá de bom grado o seu perdão” (Isaías 55:7).
• Então, esta misericórdia não é uma “carta branca” para se viver no pecado.

O verdadeiro arrependimento para alcançar a “Graça” da salvação eterna:

• Confira no vídeo abaixo, a mensagem do Bispo Renato Cardoso sobre o verdadeiro arrependimento:

Exemplos da “Graça” de Deus vividos dentro da Igreja Universal:

• Não haveria espaço para colocarmos aqui todas as pessoas que puderam testemunhar na prática a “Graça” Divina por meio da fé inteligente.
• Mas conheça, só para ilustrar, algumas das histórias apresentadas na Fogueira Santa da Justiça, de julho de 2025:

• A playlist completa de vídeos pode ser conferida aqui.

Por que o apóstolo Paulo contrapõe “Lei” e “Graça”?

• É comum nas cartas de Paulo haver esta confrontação. Paulo enfatiza que o cumprimento da Lei é incompleto para salvação.
• Um exemplo seria: “De maneira que a Lei nos serviu de tutor, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados” (Gálatas 3:24).
• A tradição judaica, por meio do Antigo Testamento, conta com 613 mandamentos (mitsvot).
• Paulo, antes de se converter a Jesus Cristo, era um fariseu. Este grupo de religiosos dizia seguir rigorosamente todos os mandamentos. E acreditava que por meio desse mérito pessoal alcançaria a presença eterna de Deus. Entretanto, ao ser alcançado pelo Espírito Santo, Paulo compreende que a salvação vinha por meio da devoção a Cristo.
• Para conhecer mais sobre a história de Paulo, confira  a superprodução “Paulo, o Apóstolo“.

A importância do sacrifício de Jesus Cristo:

• Assim, a verdade é que, como observou o profeta Isaías, o padrão de santidade de Deus é tão alto que as nossas melhores obras são como “trapos de imundícia” (Isaías 64:6). E, portanto, incapazes de nos purificar diante dEle.
• O próprio Moisés não pôde ver o rosto de Deus, porque a glória dEle o consumiria. O Altíssimo disse: “[…] Não poderás ver a Minha face, porquanto homem nenhum verá a Minha face, e viverá” (Êxodo 33:20).
• O apóstolo Tiago explica que quem infringe um único mandamento é acusado de descumprir todos (Tiago 2:10). Foi por isso que o Senhor Jesus precisou morrer na cruz em nosso lugar. Somente Ele era perfeito ao ponto de vencer a morte. Porque “o salário do pecado é a morte [física e espiritual]” (Romanos 6:23).
• Assim, a Lei era incompleta para a salvação da alma humana, porque os seres humanos são limitados. Como o Senhor Jesus disse para o Pai, antes de assumir a forma humano no mundo: “Sacrifício e oferta não quiseste, Mas corpo Me preparaste; holocaustos e oblações pelo pecado não Te agradaram. Então disse: Eis aqui venho (no princípio do Livro está escrito de Mim), para fazer, ó Deus, a Tua vontade” (Hebreus 10:4-7).
• Já em forma de Homem, Jesus Cristo disse: “Não pensem que vim abolir a Lei ou os Profetas; não vim abolir, mas cumprir” (Mateus 5:17). Ou seja, somente por meio do sacrifício dEle é que a humanidade teria acesso à salvação eterna.

O que fazer com estas informações:

• Pense a respeito de tudo o que você encontrou aqui. Deus é amoroso, mas a misericórdia dEle terá um fim para aqueles que endurecerem seus corações à voz dEle.
• Quando uma pessoa ignora constantemente os alertas de Deus, a mente dela fica cauterizada e ela se acostuma a viver no pecado (1 Timóteo 4:2).
• Participe também dos encontros que ocorrem no Templo de Salomão e em toda a Universal (consulte o endereço mais próximo aqui).