Azar no jogo e esfriamento no amor

Depois de ser palco de mais uma aposta em um jogo de sinuca, um bar no Mato Grosso foi cenário de uma fatídica chacina que traz uma reflexão quanto ao inegável cumprimento dos sinais do Fim dos Tempos e um alerta

O dia 21 de fevereiro parecia ser mais uma típica terça-feira em um bar de Sinop, no Mato Grosso. O local, palco de torneios e apostas de sinuca, estava tranquilo e, naquela manhã, dois conhecidos decidiram apostar dinheiro. Depois de perder 13 partidas e cerca de R$ 4 mil, o jogador derrotado foi embora, mas retornou horas depois para pedir uma revanche e estava na companhia de um amigo.

Câmeras de segurança registraram que as poucas pessoas no local conversavam e assistiam a uma partida de futebol na TV, enquanto o jogador que tinha ganhado as partidas anteriores vencia novamente. Depois de perder a décima quarta partida, o jogador derrotado fez um gesto para o comparsa – que sacou um revólver e rendeu todos que estavam no bar em um canto – e foi buscar sua espingarda no veículo. Em apenas 10 segundos, sete pessoas perderam a vida – incluindo a filha do vencedor das partidas, uma menina de apenas 12 anos, que foi atingida pelas costas enquanto tentava fugir.

O episódio chocante é uma prova clara da ausência de empatia e do esfriamento do amor, os quais têm se multiplicado e que inegavelmente indicam que os sinais descritos na Palavra de Deus têm se cumprido, como a passagem de Mateus 24.12: “e, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará”.

Consequência do desamor
Infelizmente, o que ocorreu no Mato Grosso não foi um caso isolado: situações de violência extrema têm sido corriqueiras ao redor do mundo. A pergunta é: o que leva uma pessoa a cometer tamanha atrocidade contra o próximo? “Não tenho dúvida de que se trata de um mal na mente dela, pois em sã consciência ninguém tira a vida de outra pessoa”, respondeu o Bispo Guaracy Santos, em entrevista exclusiva à Folha Universal.

O Senhor Jesus deseja dar uma vida abundante ao ser humano, mas Ele lembra que o diabo é como o ladrão que veio para roubar, matar e destruir a Humanidade e que, por isso, ele sopra pensamentos e ideias na mente de quem se afasta do bem, com a intenção de influenciar para o mal, e tem conseguido, já que “todo o mundo jaz do maligno” (1 João 5.19).

Contudo, em situações como a que ocorreu em Sinop, é muito comum que algumas pessoas culpem a Deus ou questionem o motivo pelo qual Ele permite que isso aconteça. A resposta está justamente no fato de que todos temos de arcar com as consequências de nossas atitudes e, às vezes, lidarmos também com o efeito colateral de atitudes das pessoas que nos cercam.

Quem planta, colhe. É inviável plantar uma vida sem consideração e obediência à Palavra de Deus, regar essas sementes com maus pensamentos e atitudes impulsivas e, depois, querer que Deus substitua os frutos dessa colheita e culpá-Lo por Ele ser justo e respeitar o plantio. O Bispo Guaracy ressalta que “Deus não interfere no poder de escolha de ninguém. A vontade do ser humano é soberana, seja para o bem, seja para o mal”. Nesse sentido, Ele não pôde impedir a tragédia, pois os dois homens decidiram apertar o gatilho de suas armas.

Um alerta ao mundo e aos cristãos
Quando questionado sobre qual era o grande mandamento da Lei, o Senhor Jesus anunciou: o amor. Primeiramente, deve-se amar a Deus acima de todas as coisas; já o segundo grande mandamento é “amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mateus 22.39). Entretanto, em um mundo que jaz do maligno e em uma geração cada vez mais insatisfeita consigo mesma e desconectada do que realmente importa, o amor ao próximo se torna inexistente.

Assim, com a Humanidade se afastando cada vez mais do Criador e de Seus Mandamentos, vemos que a volta do Senhor Jesus está cada vez mais próxima. Os sinais estão por todos os lados: tanto pelas tragédias e pelo desamor quanto pela brevidade dos dias e pelo desinteresse mostrado pelo ser humano em relação ao próprio Deus e Suas orientações.

Por isso, os verdadeiros cristãos precisam intencionalmente se dedicar a ser a luz neste mundo. “A Palavra de Deus é verdadeira e Jesus está vindo a galope, é fato! Então, precisamos deixar Jesus ‘gastar’ nossa vida no ganho de almas, pois o povo cristão verdadeiro gasta e se gasta por quem está sofrendo”, reforça o Bispo Guaracy ao falar do papel daqueles que não pertencem mais a este mundo e esperam pelo momento de viver a vida eterna com Deus.

Então, se você não é um cristão verdadeiro, ainda há uma chance. Afinal de contas, no jogo da vida a aposta é uma só: a eternidade. Para desfrutar dessa oportunidade, aproxime-se de Deus e não deixe que seu livre-arbítrio o conduza para o mal.

Em um jogo de sinuca, não importa quantas bolas consiga encaçapar, é necessário seguir as regras e ser melhor do que o adversário para ganhar. O mesmo se aplica à vida. Não importa quantas coisas você conquiste: se você não fizer a “jogada” certa de reconhecer o Senhor Jesus como seu Salvador, entregar a vida a Ele e viver de acordo com o Seu Manual, você colocará a sua Salvação em risco. Nesse último caso, em vez da vida eterna, o fim que lhe restará é o que o apóstolo Paulo deixou como alerta em 2 Tessalonicenses 1.9: “padecerão eterna perdição, longe da face do Senhor e da glória do Seu poder”.

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Colaborador

Laís Klaiber / Fotos: reprodução