Alimentos fakes: o que você está colocando na mesa?
Aprenda a identificar produtos cuja composição foi adulterada para que fiquem parecidos com os originais
Quantas vezes você comprou um alimento e, quando chegou em casa, percebeu que ele não era o que você pensava? Esse tipo de situação tem sido cada vez mais recorrente no Brasil por causa dos “alimentos fakes”, produtos cujas embalagens levam o cliente a acreditar que são como os originais, mas têm uma composição totalmente diferente da deles.
AS APARÊNCIAS ENGANAM
Nas prateleiras dos supermercados é possível encontrar muitos produtos desse tipo. As empresas fazem embalagens e rótulos idênticos aos verdadeiros, mas os ingredientes, perceptíveis apenas quando se lê as “letras miúdas”, são misturas de baixa qualidade e sem valor nutricional. Muitas vezes nem o sabor original foi recriado.
O café “sósia”, com embalagem ilustrada com grãos e xícaras da bebida, na verdade, é “pó sabor café”, que contém milho torrado na mistura; no caso do leite condensado, do leite integral e do iogurte dessa categoria são compostos lácteos feitos com soro de leite; e o azeite de oliva é óleo composto. Esses são apenas alguns exemplos de produtos adulterados.
É CULPA DA INFLAÇÃO?
O brasileiro já percebeu que os preços estão cada vez mais altos e que o conteúdo das embalagens é cada vez menor. A situação, porém, piorou nos últimos anos, quando estratégias de marketing passaram a induzir o consumidor a erro rotineiramente ao oferecer um produto que “finge” que é outro.
As grandes indústrias alimentícias se defendem e alegam que essa é uma maneira de ofertar produtos baratos, apesar da alta dos preços no País. Segundo a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, a inflação de alimentos no Brasil passou de -0,5% em 2023 para 8,2% em 2024. E neste ano os alimentos seguem caros, ao passo que o salário não é reajustado suficientemente para acompanhar essa elevação.
PROBLEMAS NA SAÚDE
O que custa barato quase sempre sai caro. No caso do consumo a longo prazo de “alimentos fakes” há o surgimento de vários problemas de saúde, diz o nutricionista Lucas Deienno: “Esses produtos geralmente têm excesso de açúcares, gorduras ruins, sódio e aditivos químicos e, por isso, o consumo frequente está associado ao aumento de doenças crônicas como obesidade, hipertensão, diabetes tipo 2 e dislipidemia”.
FIQUE ALERTA
Para não comprar itens com “identidade” duvidosa, redobre a atenção na próxima vez que for ao mercado. Leia as informações do infográfico e saiba identificar esse tipo de produto.
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