Ação ambiental ajuda a reflorestar MadagÁscar

País africano corre o risco de virar um deserto

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A floresta pluvial de Madagáscar deixará de existir em 2070 e dará lugar a um deserto inabitável. Esta é a previsão de uma pesquisa publicada na revista Nature Climate Change. A maior ilha da África e a quarta mais extensa do mundo passa por um ritmo de desmatamento intenso que preocupa ambientalistas e governantes, visto que o país é um dos locais com maior concentração de biodiversidade do mundo e em que 80% a 90% da fauna e da flora são exclusivos da área.

Diante dessa realidade, o programa social Força Jovem Universal (FJU) de Madagáscar se uniu a um projeto do governo local para ajudar a reverter o desmatamento.

Recentemente 1.200 voluntários se uniram para plantar 5 mil mudas de árvores como jacarandás, acácias e pinheiros – espécies escolhidas porque crescem rapidamente e são robustas. As mudas foram doadas pelo Ministério do Meio Ambiente, que enviou técnicos ao local para treinar os voluntários no cultivo das plantas.

O técnico do Ministério do Ambiente de Madagáscar Jean Claude considera a ação importante para o país, mas também como aprendizado para os jovens. “Temos na FJU um exemplo de força e determinação. Ensinar e orientar os jovens para essa ação é primordial porque esse aprendizado será para toda a vida”, disse.

A estudante Nomena Jemima afirma que se sente privilegiada em poder contribuir com o desenvolvimento do seu país. “Para mim é um privilégio ajudar. É preciso muita força de vontade para realizar essa ação. Nós estamos aqui com todo entusiasmo por um Madagáscar mais verde.”

Um país em chamas
O governo de Madagáscar tem como objetivo plantar 60 milhões de mudas em 40 mil hectares até abril. Apenas em 2018, 2% da floresta tropical primária foi desmatada.

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Colaborador

UNICom/ Fotos: Cedidas