“Acabei me envolvendo com homens em busca de proteção”

Jenifer Costa de Sousa se automutilava, bebia e usava drogas para preencher a ausência do pai

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O comportamento ausente do pai fez com que a estudante Jenifer Costa de Sousa, de 21 anos, desenvolvesse uma tristeza quando tinha 11 anos. Ela recorda que o pai era agressivo e sempre estava bêbado, mesmo dentro de casa, o que tornava a convivência mais difícil.

Por volta dos 13 anos, Jenifer começou a frequentar uma Igreja Universal. Ela se sentia bem com o ambiente da Igreja, que era oposto ao do próprio lar, e até se batizou nas águas. Contudo, Jenifer não priorizou conhecer a Deus e, por isso, o bem-estar que ela sentia quando frequentava as reuniões não resistiu aos apelos do mundo.

Falso alívio
Ainda que tivesse uma mãe presente, o relacionamento ruim com o pai começou a impactar as escolhas da jovem. “Eu sentia a falta da figura masculina como uma proteção. Acabei me envolvendo com homens em busca disso. Saía um dia e só voltava no outro, comecei a beber muito e a usar drogas.”

O comportamento ausente do pai fez com que a estudante Jenifer Costa de Sousa, de 21 anos, desenvolvesse uma tristeza quando tinha 11 anos.

O vazio e os problemas em seu interior só aumentavam. Aos 16 anos, durante uma tentativa de suicídio, ela se automutilou pela primeira vez. A prática passou a ser constante, principalmente quando ela estava triste, pois trazia um falso alívio.

De volta
A rotina desregrada começou a gerar diversos problemas de saúde na jovem. No início de 2020 ela ficou internada durante sete dias e, ao avaliar a sua vida, constatou que precisava mudar.
Jenifer deu início às correntes de libertação na Igreja Universal. Durante esse processo, ela foi apresentada ao projeto Depressão tem

Cura. “Lá entendi que toda aquela tristeza era um mal e aprendi que eu era forte e capaz de vencer e ser curada”, relata.

Apesar das dificuldades, o desejo de ser liberta era maior e, ao manter-se na Fé, Jenifer começou a ver os resultados. Não demorou muito e ela se batizou novamente nas águas, só que dessa vez ela estava decidida a entregar totalmente sua vida a Deus.

Entretanto ainda lhe faltava algo, ou melhor, Alguém: o Espírito Santo. Foi quando começou o Jejum de Daniel. “Fiz o propósito de oração nas madrugadas e me preparei ao máximo para recebê-Lo. Passei a ler a Bíblia todos os dias e procurei ficar mais próxima de Deus. Abri mão de tudo que me conectava com o mundo, principalmente das redes sociais, onde havia pessoas com quem eu saía e aquilo me fazia mal.”

Todo sacrifício foi recompensado com o tão desejado batismo com o Espírito Santo. “Hoje sou uma pessoa transformada, feliz, tenho paz e sou completa. Não há nada nem ninguém mais precioso para mim do que o Espírito Santo. Agora tenho um Pai Eterno que me dá todo amor que preciso”, diz.

Novas perspectivas surgiram e ela recebeu de Deus forças para realizar dois de seus sonhos: fazer faculdade e empreender.

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Colaborador

Núbia Onara / Fotos: Cedidas e Demetrio Koch