A quem interessa que o Brasil entre em colapso?

Tema foi abordado pelo programa Entrelinhas deste domingo, 5 de abril. Saiba mais

Imagem de capa - A quem interessa que o Brasil entre em colapso?

O programa “Entrelinhas”, exibido neste domingo (5), por meio das mídias da Universal, trouxe à tona quem são os mais interessados em ver o colapso do País, diante da pandemia do novo coronavírus. 

Durante a programação, apresentada pelo Bispo Renato Cardoso, ao lado da especialista em finanças Patricia Lages, e do Bispo Adilson Silva, o Bispo Renato pontuou que, neste momento, muitos governantes e ex-governantes têm aproveitado a situação para provocar o caos no País. 

“Interessa aos governos estaduais que os estados estejam financeiramente de joelhos para pedir ajuda ao governo federal. O governo federal vai ter que ajudar os estados e isso vai arrebentar com ele e todo mundo vai assistir de camarote, especialmente os presidenciáveis, ao fracasso do governo federal”, pontuou o Bispo Renato. 

Patricia Lages ainda destacou que celebridades e pessoas endinheiradas promovem a campanha “Fique em casa”, pois não precisam se preocupar com o que comer e dar aos seus filhos. 

“São aquelas que pegam o telefone e chamam o delivery.  Nós precisamos nos unir. Temos que parar de ser o País que sempre tem dois polos opostos”, comentou a especialista. 

O Bispo Adilson ainda reiterou que muitos profissionais informais já sofrem os efeitos da quarentena horizontal, onde todos devem seguir a recomendação de permanecer em suas casas.

“Muitos trabalhadores informais já estão sem ter o que comer em casa. Não somos contra a quarentena. A Universal tem orientado os membros a ficarem em casa e estamos fazendo cultos online. Mas o que acontece é que há um desequilíbrio. O Brasil está dividido”, afirmou. 

Ameaça e falta de privacidade

A pedagoga e professora de caligrafia Flávia Montenegro deu seu depoimento, ao vivo, diretamente de Brasília. Ela, que teve um vídeo viralizado na internet, onde pedia apoio ao presidente Jair Bolsonaro para voltar ao trabalho, conta que após o vídeo sua vida virou de cabeça para baixo. 

“Não tenho mais liberdade, invadiram meu celular, minhas redes sociais e estou sofrendo ameaça. Deturparam toda ideia do que eu quis falar. Não sabia que ia dar tanta repercussão”, comentou a professora. 

Além disso, Flávia ainda reiterou que não é a única a ser alvo de uma patrulha virtual. Sua família também tem sido alvo. “Minha filha tinha rede social e teve que fechar, porque vasculharam minha vida”, disse ela que também garante que perdeu, inclusive, o sono.

“Eu estou três dias sem dormir. Eu entendo o vírus, mas entendo também que se, muitos como eu, autônomos não trabalharem, não terão comida. Então, as pessoas vão morrer de depressão e de fome. Eu sei que tem o vírus, vamos cuidar dele, mas também vamos cuidar do outro lado”, reiterou ela.

Equilíbrio 

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcello Crivela, também participou da programação por videoconferência. O prefeito aproveitou o espaço para esclarecer sobre a decisão de manter uma quarentena vertical na cidade. 

“Temos adotado medidas de afastamento social. Temos três setores da economia do Rio que permanecem atuando, sobretudo, a construção civil, que é formada por pessoas jovens. Na questão de serviços, que são os escritórios de advocacia, contabilidade e clínicas médicas, eles optaram por trabalhar como home office. Então, se você entrar no Rio, verá a cidade em atividade, mas sem grandes aglomerações”, afirmou o prefeito que ainda destacou que alguns meios de comunicação têm utilizado a situação para promover o pânico. 

“Para ter audiência, fazem a propaganda do pânico, mas não é essa a situação. Se tivermos inteligência, bom senso e tomarmos as medidas certas, nós vamos vencer isso tudo com tranquilidade”, ponderou. 

Ademais, o Bispo Renato ainda completou que, para muitos, o interesse em ver o País colapsar é maior que o desejo de que a sociedade fique bem. 

“Há, sim, pessoas, entidades, políticos, mídia e forças contrárias que têm interesse no colapso do País, isso é inegável. Mas todos nós que somos do bem e da fé não devemos dar ouvidos a essas pessoas. Devemos prezar pelo equilíbrio e pelo bem de todos”, completou.

Assista ao programa completo:

imagem do author
Colaborador

Rafaela Dias / Fotos: Reprodução