Provavelmente você já assistiu a uma cena, seja de uma novela, seja de um filme, na qual é revelado para um dos personagens que ele não é filho de quem acreditava ser. Ao ouvir aquela revelação, o personagem passa a ver que a sua vida até ali foi uma grande mentira e que ele foi enganado o tempo todo.

Na vida real isso também acontece. E não quer dizer apenas sobre as pessoas que descobriram que não são filhas biológicas de um progenitor. Há uma fake news espalhada há muito tempo sobre a paternidade da Humanidade: a que todos, por natureza e sem distinção, são Filhos de Deus. E da mesma forma que a revelação da verdadeira filiação de alguém traz impactos na vida terrena dele, a da paternidade Divina o impacta não somente aqui na Terra, mas no que ele vai herdar na eternidade.

Talvez você esteja se perguntando quem inventou essa mentira, qual o objetivo de espalhá-la e qual é o prejuízo em achar que é Filho de Deus, mesmo não o sendo. Ora, toda mentira tem apenas uma origem: o diabo (João 8.44). Sabendo, então, quem foi o autor dela, é fácil entender a razão pela qual essa fake news é espalhada.

Sabe-se que, quando uma pessoa se acha filha de alguém, ela também se acha no direito de obter aquilo que é dele. O mesmo acontece com Deus: os que pensam ser Filhos de Deus acreditam que merecem as bênçãos dEle. De fato, somente o filho tem direito ao que é do pai. O problema, porém, é quando esse indivíduo não é de fato seu filho. A confusão gerada por essa fake news ganha ainda mais força porque as pessoas confundem a misericórdia de Deus para com todos – tanto para os bons quanto para os maus (Mateus 5.46) – com os direitos que Ele concede apenas aos Seus Filhos. E a pior parte dessa mentira é achar que ao morrer terá direito a herdar o Reino dos Céus, sendo que o Céu é de acesso exclusivo aos Filhos. Obviamente o diabo não quer que as pessoas saibam da verdade, pois ela faria as pessoas entenderem a sua real condição espiritual para terem a chance de revertê-la.

A verdade
Deus é o Criador de todas as coisas, inclusive do homem e da mulher. Logo, o correto é dizer que “todos são criaturas de Deus”. No entanto revelar essa verdade e desbancar essa mentira tão propagada é mais do que um ajuste no modo de falar, pois, quando o primeiro casal de humanos foi criado – Adão e Eva – o projeto era que ambos tivessem com Deus o relacionamento entre Pai e Filhos. Porém, ao pecarem, esse projeto foi manchado e, como a criação recebeu a capacidade de se multiplicar, o número de criaturas foi aumentando e a imagem da natureza pecaminosa também foi, só que muito distante da imagem e semelhança de Deus-Pai. Prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias e outros comportamentos parecidos a esses são as obras dessa natureza pecaminosa que as criaturas herdaram.

Apesar disso, Deus nunca abriu mão do Seu plano original, que era o de ter Filhos com Suas características. Mas, para isso, eles precisariam ter o Seu DNA, que está no Sangue do Senhor Jesus. Esse, portanto, é o plano de resgate: Deus deu o Seu Único Filho, o Senhor Jesus, para que todos os que O recebessem como Salvador tivessem o poder de também serem feitos Filhos de Deus (João 1.12). Esse milagre é chamado de Novo Nascimento.

Morrer e nascer de novo?
Se para ser filho é necessário ter nascido de um genitor, o mesmo acontece para se tornar Filho de Deus. É necessário nascer de novo e, para isso, é preciso antes morrer. O Bispo Edir Macedo, (foto abaixo) em seu livro Somos Todos Filhos de Deus?, explica que a vida nova depende da morte da antiga, pois é impossível manter as duas vidas ao mesmo tempo. Contudo a morte a que se refere não é a física, e sim a espiritual. “Em outras palavras, a pessoa tem que renunciar a si mesma, a sua vontade, ao seu eu e passar a obedecer a Palavra de Deus. Na prática, significa abandonar tudo aquilo que satisfaz ao coração, ao ego, à carne e contraria ao Senhor”.

Ao tomar essa decisão, vem o próximo passo: o sepultamento da velha criatura, por meio do batismo nas águas. O Bispo Macedo enfatiza que, “quando o batismo nas águas é realizado de acordo com os preceitos bíblicos, o resultado é imediato: a natureza carnal é sepultada. Ao sair das águas batismais, a pessoa começa a viver uma nova vida. Ou seja, os seus pensamentos tornam-se puros, suas atitudes em relação às outras pessoas são corretas e seu comportamento em geral a faz diferente das demais em todos os sentidos”.

Mas o processo de geração de um Filho de Deus não para por aí. O Bispo destaca que o Novo Nascimento pode ser resumido em duas partes e que, quando a primeira é cumprida – a do abandono do pecado –, Deus fica na obrigação de completar a segunda parte, que é referente ao Espírito dEle. Ao ver o esforço da pessoa, Ele a envolve com o Espírito Santo, gerando nela um ser puramente celestial. Assim como “o registro de nascimento da criança é a prova de sua existência perante o governo. Semelhantemente, o batismo com o Espírito Santo é a prova incontestável do nascido de Deus”, observa o Bispo, afinal, aqueles que são guiados pelo Espírito de Deus são Filhos de Deus (Romanos 8.14).

Tal Pai, tais filhos
Quando um Filho é gerado por Deus, o Seu Santo Espírito faz morada em seu corpo fazendo com que naturalmente esse Filho revele a presença dEle. E da mesma forma que Deus é Espírito, os que são nascidos dEle também O são, ou seja, são espirituais. Eles possuem a mente do Senhor Jesus “e, têm a fé, o poder de Deus, disponível para atender às suas necessidades físicas e espirituais”, afirma o Bispo.

A partir do momento em que o Novo Nascimento acontece e um Filho de Deus é gerado, inevitavelmente ele passa a ter os mesmos objetivos, pensamentos e caráter de Jesus que, diante do sacrifício na cruz, deixou de ser o Único para ser o Primogênito (primeiro) dos muitos Filhos que Deus teria a partir dali, quando O aceitassem.

Pensar e agir como Deus é tomar decisões de acordo com a Vontade dEle, sendo sempre instruído, corrigido e usado como instrumento pelo Espírito Santo, com o seu exterior sempre refletindo o fruto do Espírito que passa a habitar em seu interior (Gálatas 5.22). Considerando isso, “quando alguém diz ser Filho de Deus, mas tem comportamento contrário, certamente está enganando a si mesmo. Pois é impossível a pessoa andar com Deus e continuar vivendo conforme sua própria vontade”, alerta o Bispo Macedo.

Sinais que revelavam que ela não era filha
Desde criança, a cabeleireira Amanda Maciel, (foto abaixo) de 36 anos, ouvia dizer que todos eram Filhos de Deus. Mas, à medida que ela crescia, sua vida dava sinais que a levavam a questionar se de fato ela era realmente Filha dEle.

Quando era adolescente, Amanda foi diagnosticada com uma doença no estômago que a fazia viver à base de medicamentos. Apesar da doença, quem a via, segundo ela relata, considerava que ela fosse uma jovem normal e até admirável, pois aparentava ser feliz e determinada em seus objetivos. No entanto o que ela carregava dentro de si era um complexo, a ponto de se olhar no espelho e questionar a Deus porque ela havia nascido. “Eu não conseguia me encontrar. Meu espírito era abatido, triste, depressivo e eu não tinha vontade de viver”, diz.

Os conflitos internos eram tão intensos e constantes que ela achava que a solução estava na morte. Mas, ao mesmo tempo que esses questionamentos a faziam pensar em acabar com a própria vida, dentro dela também era latente a seguinte pergunta: quem é Deus? Ela recorda que não queria que uma pessoa lhe explicasse a resposta, mas que ela própria a compreendesse.

Na época, Amanda foi convidada pela mãe para participar de uma reunião na Universal. Após ser atendida por um pastor, ela entendeu o que estava por trás do seu problema e como poderia resolvê-lo. “Eu vi que não era Filha de Deus quando descobri o que realmente estava dentro de mim e que trazia tristeza, angústia, medo, preconceito. Entendi que era impossível ser Filha de Deus e ter sinais do mal em minha vida, como tudo de ruim que acontecia, os pensamentos e as dúvidas, e determinei que a partir dali o mal não teria mais acesso. Eu fecharia a porta para o pecado e abriria a porta para que Deus entrasse”, conta.

Logo, Amanda foi curada, mas isso não lhe foi suficiente. Ela queria ter Deus habitando dentro dela e fez tudo o que precisava fazer para que esse milagre acontecesse. “Lembro claramente do dia que Deus veio sobre a minha vida. A primeira coisa que veio foi a paz. Depois a alegria, a certeza. Houve entendimento como se tivesse uma luz nos meus olhos que eu nunca havia visto. É como uma pessoa que antes estava na escuridão e que passa a enxergar e a não depender de mais ninguém”, compara.
Com o interior transformado, o modo de agir e de reagir também mudou. Hoje, ela e o marido levam a Verdade a outras pessoas. “Houve uma mudança completa. Hoje, tenho paz, força, ânimo, coragem. Antes de ser Filha de Deus, eu arrastava uma tristeza imensa em meu ser e mostrava para as pessoas alguém que eu não era. Tudo isso mudou no meu interior quando eu nasci de Deus”, conclui.

Ele era Pastor, mas não era filho de Deus
O empresário Jackson Maximiano da Silva, (foto abaixo) de 45 anos, acreditava que era Filho de Deus porque aprendeu que o fato de confessar que o Senhor Jesus era o Único Salvador já seria o suficiente para essa condição. Nascido em um lar evangélico, seu pai foi pastor na denominação que a família frequentava, até o dia em que ele abandonou a fé, se separou da esposa e deixou a família. Jackson e os irmãos permaneceram com a mãe na igreja, mas, na adolescência, ele se afastou e passou a beber e a fumar. Um tempo depois, Jackson se casou e teve três filhas. Como as brigas e as separações eram constantes, ele e a esposa resolveram que a solução seria voltar para a igreja. Por serem membros ativos e por Jackson ter feito um curso de Teologia, logo ele foi chamado para ser pastor. “Eu fazia os cultos e tocava. Era muita emoção, um arrepio na pele, uma alegria e nós acreditávamos que era a Presença do Espírito Santo. Mas, quando eu chegava em casa, havia só brigas e eu não conseguia me libertar do vício em bebida alcoólica. Havia pessoas que queriam estar até no nosso lugar, mas, se soubessem o que realmente acontecia nos bastidores, correriam de lá léguas de distância”, revela.

Jackson ainda conta que, por inúmeras vezes, ia à igreja realizar cultos após ter participado de uma rodada de bebidas. Ele sabia, conforme explica, que precisava mudar, principalmente quando as pessoas o elogiavam. Aquelas afirmações, por sinal, enchiam o ego dele e o faziam pensar que Deus o aprovava, porém elas não tiravam o medo que ele tinha de morrer, pelo fato de não ter certeza de sua Salvacão.

Por 19 anos, Jackson viveu no engano, colecionando perdas e frustrações, e achando que o fato de ter ‘aceitado Jesus’ o fazia Filho de Deus. Até que um dia, após assistir a um vídeo que mostrava uma reunião na Universal, ele entendeu que o diabo também confessava que Jesus é o Senhor, mas não O obedecia. “Isso foi o ponto de partida. Confessar não é o suficiente, é necessário fazer o sacrifício da obediência à Sua Palavra para ser aceito por Ele. Daí veio a oração sincera e eu decidi que iria sacrificar minha vida em obediência à Palavra dEle”, diz.

Assim, mesmo como pastor em outra denominação, Jackson decidiu participar das reuniões de libertação na Universal. “À medida que eu fui entendendo a fé racional, foi se quebrando dentro de mim o coração de pedra. Eu já não queria saber de títulos, eu queria zerar minha vida e começar de novo e certo. Então desci às águas verdadeiramente e se levantou um novo Jackson. Eu compreendi que a minha vida deveria ser de sacrifício porque o Senhor Jesus sacrificou a vida dEle”, afirma. A vida nova que Jackson determinou que teria surgiu. “Enquanto eu estava na hipocrisia, não havia sinceridade no meu coração. Mas, no dia que o Senhor olhou para dentro de mim e viu sinceridade, Ele me deu o Espírito dEle e a minha vida foi transformada”, assegura.

A mudança nele estimulou também a da esposa e das filhas. “Hoje, como Filho, meu Pai fala comigo, me orienta e me faz entender a Sua Vontade. Eu vejo a proteção dEle e o mal não me toca. Aquele homem que só esquentava a cabeça com as aparências hoje é alegre por ver pessoas sendo transformadas como eu fui pelo Espírito Santo”, encerra.

Literalmente sem Pai
Totalmente desamparada. Foi assim que a culinarista Lilian Margarete de Lira, (foto abaixo) de 41 anos, se sentiu quando, ainda criança, perdeu seu pai. Foi neste momento que o sofrimento dela teve início. “Eu era muito apegada a ele. Quando meu pai morreu, minha mãe, muito abalada, ficou perdida, com medo e começou a se desfazer de tudo o que tínhamos. Ela, meu irmão e eu tivemos que morar de aluguel e passávamos muita necessidade”, conta.

Para ajudar no sustento da família, Lilian, com apenas 9 anos, começou a trabalhar com serviços domésticos. A mãe dela, na época, não percebia que a menina já dava sinais que estava com depressão. “Depois de muito tempo, nos mudamos de cidade e ainda continuei tendo mais angústia, mais depressão e comecei a ouvir vozes e a ter visões do meu pai. Eu fui criando um ódio dentro de mim, mas sem saber o motivo. Eu queria que aquilo tudo mudasse, mas não sabia como”, revela.

Lilian começou a namorar ainda adolescente, achando que um relacionamento preencheria o vazio que ela sentia, mas a situação só piorou, porque no namoro havia ciúme e muitas brigas. “Um dia eu estava em casa muito nervosa e triste e escrevi uma carta de despedida. Uma voz na minha mente me dizia: ‘tira a sua vida que é melhor, que tudo acaba’. Eu estava sozinha e o rádio estava ligado em uma estação qualquer, então peguei uma faca e ela caiu. Era o Próprio Deus. Então eu me ajoelhei e comecei a chorar e a rádio automaticamente parou em uma estação da Igreja Universal. Na ocasião, um pastor falava: ‘você que quer tirar a sua vida, não faça isso’”, lembra.

Lilian chegou na Universal em um período de Páscoa e um filme sobre a vida do Senhor Jesus seria exibido. “Eu já o tinha assistido em casa várias vezes, mas nunca tinha prestado tanta atenção nele como eu prestei naquele dia. Ali Deus falou profundo comigo. O Senhor Jesus realmente morreu para me salvar e compreendi que Ele já havia levado as dores na cruz e que eu não precisava mais sofrer. Ali nasceu o desejo de ir buscar ajuda”, explica.

Além de descobrir a verdade, Lilian também aprendeu o que poderia fazer para não ser mais órfã espiritual. Então, ela entregou sua vida ao Senhor Jesus, se batizou nas águas e recebeu o Espírito Santo. “Veio aquela paz dentro de mim e a certeza de que eu não estava mais sozinha. Eu sofri com o falecimento do meu pai, mas o meu verdadeiro Pai estava ali o tempo todo e só faltava eu encontrá-Lo. Hoje, tenho a certeza que Deus é meu Pai, porque ando em obediência à Sua Palavra, à Sua Vontade. Tenho paz, alegria, certeza e a força que vem do Alto”, finaliza.

É ou não é
Pode parecer dura, mas essa é a realidade: você é ou não é Filho de Deus. E essa filiação não se alcança fazendo caridade, frequentando uma igreja ou sendo ativo em uma religião. Só é possível ser Filho de Deus nascendo de Deus. Por isso não acredite nessa fake news espalhada por aí.

A verdade é irrefutável e a única maneira de lidar com ela é se avaliando e reconhecendo o seu estado espiritual.

Aos que já são Filhos de Deus, o Espírito Santo faz essa confirmação dentro deles. E, aos que ainda não são, a boa notícia é que é claramente possível se tornar um. O passo a passo você aprendeu nesta matéria. O que você fará, então, com essa revelação? Irá ignorá-la ou a aceitará e mudará agora o seu futuro? A decisão é somente sua.