thumb do blog Washington Santana
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Washington Santana

Minha História

 

Sou o Washington. Tenho vencido gigantes dentro e fora do campo. Eu sou a Universal!

“Dizem que é sorte. Para mim é garra, suor, entrega.”

Quando temos fé, fazemos acontecer

Eu sei que vale a pena lutar, independentemente do tamanho do sonho. Por exemplo, a esse garoto que deseja seguir o mesmo caminho que escolhi digo: vai em frente, pois somos nós que fazemos acontecer.

Eu sempre acreditei no meu sonho. Na verdade, parece até que eu nasci para ser jogador de futebol. Os amigos podiam me chamar para qualquer brincadeira que nada me animava, mas, se era para jogar pelada, lá estava eu, incansável, até me esquecer da hora. Minha mãe, que vivia uma rotina dura, ficava gritando meu nome para me fazer voltar para casa. Eu quase me esquecia de que precisava tomar banho e fazer o dever escolar. Coitada! Eu dava a maior canseira nela.

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Agora estou vivendo a melhor fase da minha vida. Já começo a colher os frutos dos muitos anos de sacrifício e trabalho para atingir  esta realização. Mas passa um filme em minha cabeça. Lembro-me de cada “não” que recebi; de cada porta que se fechou; dos olhares que me passavam dúvida acerca do meu futuro no futebol. Só sabe o quanto isso é difícil quem já viveu. Às vezes, voltar para casa era muito difícil… Eu ficava imaginando o que iria falar, já que mais uma vez a resposta era negativa.

Mas é aí também que aprendemos o valor da família. Meus pais passaram a sonhar o meu sonho, ou seja, tudo o que eles faziam era em função da minha carreira. Minha mãe trabalhava duro em um salão de beleza – próprio, mas que ela mantinha com dificuldade. Às vezes conseguia apenas uma cliente e o valor recebido vinha para as minhas mãos. Era com esse dinheiro que eu pagava minha passagem até a escolinha do Corinthians, onde tudo começou. Eu tinha 12 anos de idade.

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Disseram que meu futuro no esporte seria impossível

 

Hoje, aos 25 anos, quando marco um gol, sinto uma alegria enorme, como se meu coração fosse explodir. Pelos olhos humanos essa conquista seria impossível, pois eu estava condenado a nunca mais jogar bola. Isso aconteceu há muito tempo, quando sofri um grave acidente. Aos seis anos fui atropelado e quebrei as duas pernas e os médicos disseram que era melhor esquecer essa história de futebol, pois o destino havia escolhido outro caminho para mim. Foi a minha mãe que lutou contra essa palavra, com uma ousadia que me fez vê-la como um gigante. Ela disse: “Só se meu Deus não existir”. Na época, como eu era muito criança, não entendia bem as coisa, mas apenas tive certeza de que eu poderia continuar a sonhar, já que minha mãe falou – e a palavra dela tinha um peso enorme para mim. Essa força toda ela dizia que encontrava nas reuniões da Igreja Universal. E ela realmente sempre foi exemplo de força e coragem para nossa família. E eu me tornei como ela. Tornei-me como a Universal, o lugar onde aprendi a acreditar em mim.

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Mas vida de jogador de futebol não é nada fácil. Pergunta para a minha esposa! É nela também que encontro todo tipo de força e ajuda. Depois de Deus, ela é o meu tudo. É quem fica do meu lado sempre, a minha guerreira, a melhor amiga, em quem confio e acredito. Ela é uma parceira que adora conhecer lugares diferentes, e como temos que nos mudar sempre, isso nunca afeta nosso relacionamento, pois para ela tudo é aventura.

 

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Um breve resumo sobre mim

 

Aos 16 anos já atuava como profissional no Força Sindical de São Paulo. Depois, com 18, fiz um teste em um time na Sérvia, país europeu, e fiquei por lá quase dois anos. No final de 2010 voltei ao Brasil para jogar pelo Figueirense – na série A. Mas em 2011 rescindi meu contrato.

 

Logo em seguida, veio uma fase difícil, mas nada que me abatesse. Durante um período fiquei sem emprego e passei a vender chinelos para sobreviver. Quem me conhecia, comentava, mas eu sabia que minha hora chegaria. Pouco tempo depois fui para o CRAC, de Goiás, onde pude recomeçar com sede de vitória. De lá fui para o Penapolense como titular e pude dar algumas alegrias ao torcedor.

 

Atualmente, estou emprestado ao Joinville em um contrato até final do ano. Jogo em uma posição decisiva: volante – que tem a missão de fazer a ligação entre a defesa e o ataque. Em alguns momentos, o volante é inserido no grupo defensivo; em outras, no grupo do meio-campo, pois a missão dele é fazer a “ponte” entre ambos, participando ativamente nos dois papéis. Quem ocupa essa posição também é responsável pela marcação dos meias-de-ligação do adversário e por anular as jogadas ofensivas contra sua equipe e ainda atua como um distribuidor do jogo de contra-ataque. Deve ser um jogador com boa capacidade de marcação, inteligente e com algumas qualidades ofensivas, para partir para o contra-ataque. Quando não temos a posse de bola, é necessário marcar muito, para não tomar gol. É o famoso jogo de ataque e defesa, que torna o futebol bonito e produz resultados.

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O que é o futebol

 

Dizem que é sorte. Para mim é garra, suor, entrega. É por isso que treino duro diariamente. E sempre que estou em campo penso no meu passado, no sacrifício dos meus pais pela minha vitória, nos meus irmãos que torcem a cada jogo e em minha esposa que, de tão atenta aos jogos, parece ouvir as batidas do meu coração. Penso em meus companheiros de time, que acabam se transformando em minha segunda família, e em Deus, pois Ele nunca se esquece de mim.

 

Para mim futebol é amor à camisa, é respeito ao time e, principalmente, ao torcedor que vibra, sofre e empurra o time.

 

Eu sou o Washington Santana da Silva. Tenho 25 anos. Sou jogador de futebol. Eu sou a Universal!

 

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