thumb do blog Fabiano Godinho – Surfista
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Fabiano Godinho – Surfista

 

 

“Como profissional sou um homem que acumula vitórias sem deixar prevalecer a vaidade.”

Sou o freesurfer Fabiano ‘Piruca’. Venci as maiores ondas da minha vida. Eu sou a Universal.

 

Quando a droga entrou em minha vida

 

Eu tinha 15 anos e para mim tudo era novidade, pura emoção…

Comigo aconteceu algo semelhante ao que acontece com a maioria: vi os amigos usar e passar a pertencer a um círculo social onde a “galera” estava. Para conseguir fazer parte dela, resolvi experimentar – a ideia inicial era apenas experimentar. Eu nem sequer imaginava que me tornaria um prisioneiro. Primeiro foi o álcool. Depois, atendendo ao chamado de um colega, resolvi experimentar a maconha – vi aí a possibilidade de me “enturmar” e ser aceito.

 

 

 

 

Nessa época, já estava surfando e,  até então, o meu foco estava no esporte e desejava me profissionalizar. Havia muito preconceito com a prática do surfe, pois muitos acreditavam – e alguns ainda acreditam – que nela há um acesso fácil às drogas. No meu caso, infelizmente, acabei me tornando uma confirmação.

 

A droga é devastadora – ela faz jus ao nome que carrega. E, como não poderia ser diferente, com o passar do tempo fui me afundando mais. Aos 18 anos já era dependente de álcool, da maconha, do lança-perfume e, por fim, da cocaína que passou a ser minha companhia diária. Assim, fui gradativamente desistindo do esporte e dos meus sonhos.

 

Já não conseguia dormir. Vivia em função das drogas e para obter mais e alimentar o vício até me tornei traficante. Durante 20 anos essa foi minha rotina: trafico, festas, muitas brigas em casa e a fuga constante da polícia. Me dói recordar, mas o pior momento foi quando, descontrolado, agredi fisicamente a minha mãe e a minha esposa – na frente dos meus filhos que, assustados, presenciavam uma cena ainda maior de horror: me viram quebrar a casa toda.

 

Sempre é possível mudar

 

Mesmo afundado nesta vida de perdição, não houve um só dia, quando dominado pela depressão, que não clamasse a Deus por ajuda. Na época, eu não sabia, mas Ele estava ouvindo todo o meu desabafo e vendo meu desespero! O problema é que para obter mudança era preciso uma ação da minha parte – apenas uma atitude minha poderia mudar aquele quadro. E não me acomodei. Determinei que recuperaria a dignidade e devolveria a alegria à minha família. Eu estava disposto a pagar o preço.

 

 

 

Nesse período de violência contra minha família, quando estava totalmente envolvido com o tráfico, durante o dia eu  trabalhava como vigilante. E foi neste local de trabalho que me falaram da minha importância para Deus. Por dois anos recebi vários convites para assistir a uma reunião na Universal e sempre recusava. Mas, depois que cheguei ao fundo do  poço, exatamente dois dias após a violência em minha casa, resolvi que iria buscar ajuda.

 

Paz interior

 

Se tivesse buscado ajuda há mais tempo, teria tido o alto privilégio de ser respondido mais rapidamente e assim obter essa conquista que considero a mais importante. A paz que o Espírito Santo me concedeu não tem dinheiro nenhum no mundo que pague. E agradeço muito à Universal por ter me apresentado a esse Deus que fez possível tantos milagres em minha vida.

 

 

 

Tenho certeza que sem a presença dEle não existiria mais o Piruca – como sou popularmente conhecido no esporte. Acredito que já estaria morto ou jogado em alguma cela fria por aí, mas consegui mais uma chance e hoje faço história através do esporte que se tornou também uma grande paixão para mim.

 

 

 

Viajando numa onda

 

Sem nenhum orgulho posso afirmar que hoje me tornei um exemplo para minha família e um herói para meus filhos.

Com muita dedicação ao esporte, tornei-me um profissional conhecido e dessa forma realizei o sonho de participar de competições em praias especiais para a prática do surfe, como em Fernando de Noronha – no Brasil, na Indonésia, no Peru, na França, no México, Chile, na Austrália e Nova Zelândia. Em cada um desses lugares tive experiências inesquecíveis que marcaram minha carreira.

 

 

 

As maiores ondas que peguei foram na Indonésia, com cerca de 4 metros, em Uluwatu, em Bali – uma realização para qualquer surfista. Mas a minha onda inesquecível foi no Peru, em Puerto Malabrigo, mais conhecido como Chicama – onde é possível presenciar a onda mais longa do mundo. Fiz uma onda durante 1min36 de cansar as pernas… Não dá para esquecer!

 

Hoje vivo do esporte literalmente,  além de ser empresário – tenho uma fábrica de pranchas e muitos atletas representam minha marca.

Meu surfe e meus apoiadores foram restaurados e atualmente tenho um projeto social com muitos alunos e dele, futuramente, poderão sair grandes profissionais.

 

 

 

 

O homem que me tornei

 

Não vou dizer que não passo por lutas, pois elas sempre acontecem, porém agora é diferente. Aprendi a lidar com as dificuldades usando a minha fé e, por isso, entendo que depois da tempestade certamente surge a bonança.  Minha casa, minha família e meus filhos hoje representam a melhor parte da minha vida. Mantenho meu objetivo que é seguir em frente de cabeça erguida para ver a concretização dos meus sonhos. Para isso, não deixo de sonhar nunca. Porém, para mim, ser feliz de verdade é estar de bem com minha família e com meu trabalho. E especialmente com Deus, com quem devo a cada dia estreitar meu relacionamento – é por isso que hoje sou forte.

 

 

 

Como profissional sou um homem que acumula vitórias sem deixar prevalecer a vaidade. Como em qualquer profissão, a carreira de atleta me proporcionou vitórias, derrotas, alegrias e tristezas também. Durante esses anos acumulei amizades e conquistei apoiadores e tenho obtido muito espaço em jornais, revistas e em programas de rádio e televisão. Mas o que me motiva a praticar o surfe há tantos anos é o que este esporte significa para mim: liberdade e tranquilidade.

 

 

 

 

Eu amo a vida que conquistei e tenho carinho especial por minha terra natal, afinal, depois de tanto sofrimento foi aqui também onde reconstruí minha história. Florianópolis é um pedacinho maravilhoso de terra perdido no mar. Eu costumo chamá-la de paraíso. Mas guardo em meu coração um carinho especial pela Universal que é minha segunda casa, minha universidade da vida, onde tenho aprendido cada dia mais. Nesta Igreja, vítima de tantos preconceitos, fui aceito sem preconceito algum quando a sociedade já não me aceitava. Por causa do amor que recebi, alcancei o que para as pessoas é impossível: a chance do renascimento. Na Universal, a pessoa é ajudada de verdade, sempre com uma palavra de fé e com orações que nos fazem realmente reagir e sair do buraco. Hoje tenho um lar, sou referência no esporte, sinto prazer na vida.

 

Conhecendo o surfe

 

Este é um dos esportes que mais cresce no mundo. Havendo disciplina proporciona qualidade de vida, mas é necessário se reeducar, como é comum em qualquer atividade física. Além de manter alimentação equilibrada, faz parte da rotina de um surfista acordar cedo, praticar alongamento, evitar o uso de drogas – pois sua mente tem que estar leve e focada – para manter o hábito de treinos diários, o que requer disposição.

 

 

 

Categorias:

Estreante: criança ou adulto

Mirim: até 14 anos

Junior: até 18 anos

Open: aberto a todos os atletas

Profissional

Freesurfe: nela estão  os atletas que já passaram por todas as categorias anteriores e atingiram o nível de só realizar viagens para sessão de fotos para revistas e jornais mostrando as marcas de seus apoiadores (eu me enquadro nela).

Longboard: prática com pranchas acima de nove pés (ondas de aproximadamente três metros).

Stand-Up: prática em pranchas maiores e com remos.

Boadboard: prática em pequenas pranchas nas quais o atleta fica deitado com pé de pato.

 

Sou o freesurfer Fabiano “Piruca”. Venci as maiores ondas da minha vida. Eu sou a Universal!

 

 

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