O coração que guarda segredos
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Você já morou em uma casa com um porão? Eu me lembro de uma onde morei, lá na Inglaterra. Só que, curiosamente, o porão ficava no teto. Como eu nunca tive coragem de subir até lá, até hoje não sei o que havia dentro.
Pois é, curiosidade nunca foi o meu forte. Mas me lembro bem do dia em que senti um cheiro ruim e decidi limpá-lo. Peguei uma escada, abri o acesso, e para minha surpresa, um rato morto quase caiu em cima de mim. Na verdade, nem sei se caiu, porque gritei tanto que tudo virou um borrão de tão nervosa que fiquei. Saí correndo, me tranquei no quarto e só saí quando o Renato tirou aquele bicho morto de lá.
Desde então, nunca mais me atrevi a abrir um porão. Porque, veja bem, você nunca sabe o que pode encontrar lá dentro. Não entra claridade, ninguém limpa, ninguém cuida.
E o coração da gente, quando guarda segredos, se parece muito com esse porão. Os segredos ficam escondidos, acumulados como ratos mortos: têm mau cheiro, são sujos e vivem no escuro. Segredos não desaparecem. Eles apenas acumulam podridão.
Por isso, desfaça-se deles. Confesse para quem de direito, abra esse porão e deixe a luz entrar. Só assim você terá paz e tranquilidade na sua consciência.