Novela Jesus: saiba detalhes sobre o trajeto que o Messias fez levando a própria cruz

Diretor geral da trama, Edgard Miranda, e o responsável pela caracterização, Vavá Torres, falam sobre os desafios e detalhes técnicos da gravação desta cena no Marrocos

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A novela bíblica Jesus, que vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 20h45, na Record TV, está entrando na reta final. Diante de tantos acontecimentos, uma das sequências mais aguardadas da trama é a Via Crucis.

Trata-se do caminho pelo qual Jesus – ferido e exausto – percorreu, carregando sua própria cruz, da cidade de Jerusalém até o local da sua crucificação, na colina de Gólgota.

Gravação no Marrocos

Para que tudo fosse retratado com detalhes, as filmagens desta importante cena foram rodadas ainda no ano passado, em Marrocos, mais especificamente na cidade de Ouarzazate, a 197 quilômetros de Marrakesh.

Na oportunidade, o diretor geral da novela, Edgard Miranda, contou alguns detalhes técnicos sobre as filmagens da Via Dolorosa no continente africano. “Nós utilizamos quatro câmeras rodando a sessenta quadros para dar aquela sensação do slow motion (efeito de câmera lenta), quase uma fotografia viva. Na nossa equipe tinham 160 pessoas e mais 47 atores”.

Edgard Miranda também falou sobre as dificuldades que enfrentou no Marrocos durante as filmagens e elogiou o empenho do elenco na gravação. “As dificuldades foram várias, pegamos um calor no Marrocos desumano. A sensação térmica era de 62 graus. Eu tinha acabado de comprar dois tênis novos para a viagem, mas o calor era tanto que os solados ficaram grudados no piso. Fora essas adversidades, o resultado foi ótimo”, contou ele.

O diretor falou ainda que o protagonista Dudu Azevedo, que vive Jesus, foi sensacional. Os dois ladrões, Dimas e Gestas, vividos pelos atores Fifo Benicasa e Flávio Pardal, também fizeram um excelente trabalho. “Eles gravaram o dia inteiro, pendurados na cruz. Tem que tirar o chapéu para eles”, completou o diretor geral.

 Trabalho valioso

Para o protagonista Dudu Azevedo, filmar no Marrocos contribuiu para o trabalho de composição do personagem. “Gravar no meio do deserto foi uma escolha muito assertiva dos diretores, da Casablanca e da Record TV, porque o cenário arremessou a gente para o lugar certo, no clima certo. Pegamos carona em tudo isso, nós atores saímos do cotidiano pessoal e mergulhamos profundamente na atmosfera de trabalho e respiramos isso por quase 20 dias, acredito que isso contribuiu muito”, comentou ele.

Caracterização de Dudu Azevedo

Além de toda a representatividade da cena em si, outro fator que chamou atenção do público durante o capítulo foi a caracterização do protagonista. Esta levou cerca de 4 a 5 horas de preparação.

Para o resultado almejado, o trabalho foi feito pela equipe de Vavá Torres, que tornou esta sequência de cenas ainda mais crível. O profissional de caracterização deu mais detalhes sobre o trabalho feito e ressaltou a quantidade de sangue cenográfico que foi utilizado durante as filmagens.

“Primeiro se colava uma prótese de silicone para simular os ferimentos de chicote. Depois era utilizado até quatro tons de tinta para fazer a cor do sangue, para dar a sensação de um corte mais profundo e aquele sangue mais vivo que escorria pelo corpo”, explicou Vavá.

E não apenas isso, no rosto do ator foi utilizado uma prótese no olho e no nariz para dar a sensação de inchado e cortado. Os pregos que foram fixados nas mãos e nos pés do personagem na cruz foram criados em isopor para que fossem colados. “Só para esta cena, utilizamos cerca de 10 litros de sangue cenográfico, que era jogado através de uma bombinha hidráulica”, finalizou o profissional.

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Colaborador

R7 / Fotos: Edu Moraes/ Record TV