Refugiados afegãos recebem ajuda humanitária no Aeroporto de Guarulhos (SP)
Voluntários distribuíram refeições no sábado (15) e domingo (16); famílias imigraram para o Brasil em busca de uma nova vida
Nos dias 15 e 16 de outubro, voluntários do Unisocial EVG prestaram assistência aos refugiados afegãos que aguardam no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP) pelo acolhimento do Governo brasileiro. Foram distribuídas 270 refeições para as famílias que vieram do Afeganistão em busca de uma nova vida no Brasil.
A Delegacia da Polícia Federal no aeroporto comunicou que, apenas em setembro deste ano, 653 afegãos chegaram ao solo brasileiro. Em outubro, até o dia 13, foram contabilizados 343.
Desde o fim do ano passado, o Afeganistão vive em guerra devido à retomada de controle do grupo armado Talibã no país. O Brasil passou a oferecer vistos humanitários para receber refugiados e encaminhar aqueles que não têm recursos a centros de acolhimento.
Com isso, o Brasil se tornou o destino de muitos afegãos que, mesmo sendo profissionais de alta patente, com formação superior e diploma na mão, deixaram tudo para trás, a fim de fugirem dos conflitos e encontrarem novas oportunidades. No entanto, sem condição de sobrevivência ou apoio, muitos acabam fazendo do aeroporto a sua nova casa.
“São pessoas que, além de tudo, têm dificuldade de comunicação por não falarem o nosso idioma – tivemos de nos comunicar com elas por meio de aplicativos. Ainda assim, onde há pessoas necessitadas, nós estamos dispostos a ajudá-las. Empregamos todos os nossos esforços para alimentá-los e fazer com que se sentissem acolhidos e amparados”, comenta o responsável pela ação, Anselmo Silva.
No sábado (15), os voluntários do Unisocial EVG levaram 150 marmitas até o Posto Avançado de Atendimento Humanizado ao Migrante, onde as famílias refugiadas receberam alimentação para o almoço. O programa social também retornou no domingo (16) para proporcionar o jantar aos abrigados no local.
O voluntário Lucas Matias afirma que cada ação social é um sentimento diferente. “Quando fiquei sabendo da situação deles [refugiados], não hesitei em ajudá-los. Saber que eles estão nestas condições, fora do país de origem e sem a devida assistência é muito triste. Me sinto grato em poder contribuir de alguma maneira”.
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