“Encontro do não há preconceito” proporciona tarde diferenciada para pessoas em situação de acolhimento

Evento com apresentações culturais aconteceu na praia Porto Novo, em Caraguatatuba (SP)

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O programa social Universal Socioeducativo (USE) realizou, no dia 31 de abril, o “Encontro do não há preconceito” — um evento ao ar livre, que proporcionou uma tarde diferenciada e de descontração para pessoas em situação de acolhimento —, na praia Porto Novo, em Caraguatatuba (SP).

Segundo o responsável pela ação, Hichel Freire, a ideia do evento surgiu após refletirem que muitas pessoas que vivem em abrigos e casas de acolhimento não possuem a oportunidade de contemplar a natureza de perto. “Grande parte delas sofrem com a discriminação por não terem família ou por seus familiares estarem em condições de vulnerabilidade. Nosso desejo é que eles se sintam valorizados”.

No “Encontro do não há preconceito”, crianças e adultos em situação de acolhimento puderam contemplar o sol, o mar e toda beleza da natureza. Mas, além disso, a programação do evento contou com apresentações de banda, peça teatral e um café da tarde especial.

“Eu fui usuária de crack e maconha. Conheci o USE dentro do abrigo de mulheres onde eu estava, e, com as visitas dos voluntários, eu passei a me interessar por aquilo que eles estavam ensinando. Depois, eu saí do abrigo, e mesmo assim, eles não deixaram de me acompanhar, iam até a minha casa, levavam alimentos, me ajudavam a mandar currículos e me levavam para as atividades do grupo”, relata Bruna Gonçalves, de 29 anos.

“Quando fiquei sabendo do encontro, não via a hora de acontecer, pois todos os eventos realizados pelo programa social são muito bons e nos trazem uma nova visão sobre a nossa condição”, finaliza.

O evento mobilizou cerca de 100 voluntários, que ajudaram desde a decoração às apresentações culturais, além de prestar atendimento e apoio emocional aos presentes.

Para a voluntária Alessandra Godoy, o que ajudou muito o USE a organizar o encontro foi que o programa social busca acompanhar de perto cada acolhido. “Sabemos o que gostam de comer, sobre o que gostam de conversar, e com isso, conseguimos fazer um evento personalizado para eles”.

Ela ainda conta que as equipes da banda e do teatro ensaiaram muito para que tudo ocorresse bem, especialmente, porque alguns convidados nunca puderam assistir a uma peça de teatro e eles queriam lhes oferecer essa experiência.

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Colaborador

UNIcom