Todo o ciclo da vida se resume em um princípio – só recebe quem dá – é o que traz o verdadeiro sentido a nossa existência.

Carregamos no nosso ventre por 9 meses uma pessoa que não conhecemos, e nosso instinto nos leva a dar toda alimento, proteção e cuidados necessários para que cheguem a esse mundo sabendo que são queridos, que já são parte de nossas vidas.
Mas do que conhecer o rostinho daquele bebê, o que mais desejamos é que cada etapa de suas vidas seja uma conquista, um sucesso planejado, executado e comemorado, até que chegue o dia em que eles já sejam capazes de darem esses passos por si mesmos, sem intermediários.

Até então, não somos meras expectadoras. Somos a alavanca, o botão de “start”, o maior incentivo para que todo esse amadurecimento se realize.
Temos a habilidade para frear ou acelerar, incentivar e desmotivar. É uma batalha entre aquilo que desejamos e o que cremos – uma dura batalha, sem trégua.
Isso acontece quando você impulsa seu filho que recém aprendeu a ficar de pé a dar os primeiros passos – crer e incentivar ele a andar acaba vencendo o seu próprio receio de que ele se machuque.

Ensinamos a falar e quando devem se calar, a ouvir e também não dar ouvidos, a abrirem bem os olhos e a desviarem o olhar. A entenderem a eles mesmos e aos demais. Trabalhamos em tempo integral, em uma obra prima, cujo resulto final não dependerá de nossas decisões. Eles decidirão a hora de tomar suas próprias decisões, e quem terá influência sobre elas. O amadurecimento que independe de quantas velinhas de aniversário eles já apagaram.

Afinal, no final das contas, amadurecer não é um processo físico: é saber enfrentar as suas emoções – não se deixar dominar por elas.

Deus, como Pai, nos ensina isso a cada instante, inclusive quando nos dá o poder de escolha. E voltamos a Lei fixa, o princípio de tudo, que Ele mesmo criou – Ele dá, crendo que receberá, não importa o quão difícil ou demorado seja o processo do retorno.

Patrícia Barboza